Fogos de artifício e tapetes vermelhos no verão, críticas e vaias no outono. É a dura vida dos "hit"s do mercado, que passaram de salvadores do país a perfeitos bodes expiatórios em menos de dois meses. Por outro lado, porém, o contrário também é verdadeiro: há quem tenha cumprido suas promessas ou, no melhor dos casos, feito muito mais do que o esperado na véspera. Vamos então aproveitar a pausa para voltar ao mercado e fazer um balanço dos resultados top e flop da nossa Serie A.
FLORENTINO
Vamos começar com a maior surpresa do campeonato, os líderes que você não espera. O desempenho do grupo foi muito alto a começar por Paulo Sousa, um treinador que chegou entre os apitos (foi repreendido pelo seu passado na Juventus) e tornou-se, em pouco tempo, um verdadeiro ídolo de Fiesole. Das novas compras que eles gostam especialmente Kalinic e Blaszczykowski, capazes de se firmar no coletivo Viola com a força dos campeões. E pensar que o croata, que chegou no verão vindo do Dnipro por 5,5 milhões, havia sido recebido com ceticismo e indiferença e que o polonês, retirado do Borussia Dortmund por 7 milhões, parecia o clássico descarte da Bundesliga. Bem ao contrário de Mario Suarez, saudado no verão como o único acerto de Pradè e passou, em poucas semanas, de ponto fixo do Atlético de Madrid a banco permanente na viola de Sousa.
INTER
O top é definitivamente Stevan Jovetic, até agora o golpe de maior sucesso da premiada empresa Ausilio-Mancini, mas Felipe Melo também merece estar na parte "boa" do ranking. Os dois trouxeram respectivamente gols (3 para Jo-Jo antes do reto femoral traído) e caráter, além de um equilíbrio tático apenas parcialmente arranhado pelo desastre da Fiorentina. Por outro lado, Kondogbia e Ljajic entram nos flops pela direita, no momento sem conseguir justificar o dinheiro gasto para trazê-los ao Milan. Acima de tudo, os 36 milhões para o francês são impressionantes, até agora completamente desproporcionais em relação ao que se viu em campo. No limbo do purgatório Perisic, Biabiany e os zagueiros Miranda, Murillo e Alex Telles: porém, o julgamento logo chegará para eles também.
LAZIO
Capítulo à parte da Lazio de Pioli, principalmente porque o mercado era muito discreto e teve pouco ou nenhum impacto no onze inicial. A realidade, aliás, é que os Biancocelesti voltaram a correr quando os titulares regressaram, sobretudo Biglia, Djordjevic e Candreva. A exceção é representada por Milinkovic, a única compra de verão capaz de conquistar espaço e agregar valor ao time. Para avaliar o jovem Kishna (algo bom foi visto) e Matri (dois gols para ele antes de retornar ao banco para dar lugar a Djordjevic), rejeitou Hoedt (em Formello eles mal podem esperar para abraçar De Vrji) e Morrison ( fala-se mais de seus acessos de raiva do que de seu desempenho).
ROMA
Desempenho flutuante nas compras de amarelo e vermelho, em perfeita simbiose com a da equipa. Também aqui, como no caso do Inter, é sobretudo o fracasso do reforço mais esperado que dá notícia, aqueleEdin Dzeko recebido como um rei e agora na mira de críticos e fãs. De fato, antes da lesão, seu desempenho havia sido bastante decepcionante: apenas um gol (em agosto, contra a Juve) e muitas exibições insuficientes, justificadas apenas em parte pelas dificuldades da equipe. Rudiger também está mal, tanto que Garcia prefere retirar De Rossi a contar com ele. Na parte de cima, porém, nada de surpresas: para brilhar, como era de se esperar, está sobretudo Salah. Não será o Messi do Egito como o apelidaram em casa mas o jogador vale a pena, e como vale. Szczesny também está bem, embora os erros de Borisov o impeçam de ser elogiado.
NAPOLI
Topos e fracassos inesperados também para o Napoli de Sarri, ironicamente traído por seu homem de confiança. A decepção, aliás, corresponde ao nome de Valdifiori, que chegou do Empoli para explicar o jogo do técnico aos companheiros e se viu admirando-o do banco. Assim também a inclusão de Hysaj, porém capaz de minar Maggio desde o onze inicial e de Chiriches, agora reserva fixa de Koulibaly. Grandes alegrias vêm em vez de Allan e Reina, e se havia poucas dúvidas sobre o goleiro espanhol, não foi o caso do brasileiro. Todo o verão falando sobre Valdifiori e depois se encontrando em outubro para admirá-lo, uma grande mais-valia do meio-campo napolitano. Gols contra Lazio e Milan, mas sobretudo pulmões e cérebros. Tudo ao serviço de Insigne, Higuain e Callejon, que se tornaram devastadores como nunca antes. Em suma, 12 milhões gastaram bem, muito bem mesmo.
MILÃO
O topo é Kucka e isso já seria suficiente para explicar grande parte da crise do AC Milan. Sério, o Milan está em grande dificuldade e o mercado de transferências está sob acusação. Eles eram 86,5 milhões investidos para reforçar a equipe, mas, entre San Siro e Milanello, quase ninguém percebeu. Faz sorrir então que as melhores compras, com desempenho em mãos, tenham sido as menos caras: Kucka precisamente (do Genoa por 3 milhões) e Balotelli (empréstimo gratuito do Liverpool). O Supermario esteve bem até agora, mas os 229 minutos jogados ainda são poucos para fazer um julgamento. No purgatório, em clara descida em relação ao início, estão Bacca, Luiz Adriano e Romagnoli: em boa largada (principalmente os dois atacantes) foram se fundindo aos poucos com a mediocridade geral. Porém, o flop é outro e aqui a carteira de Berlusconi parece clamar por vingança. Falemos de Bertolacci, até agora símbolo de um Milan em grandes dificuldades, muito além das previsões mais pessimistas. Os 20 milhões desembolsados ao amigo Preziosi já pareciam muito no verão, agora se tornaram simplesmente absurdos. O San Siro já o colocou na mira, tem a missão de fazê-lo mudar de ideia.
JUVENTUS
Também aqui há poucos motivos para sorrir, apesar dos últimos resultados levarem a um optimismo cauteloso para o recomeço dos jogos. Sabia-se que a Juve era um mercado difícil, por outro lado numa revolução desta magnitude os erros são quase óbvios. Hernanes e Alex Sandro acabam no banco dos "maus", o primeiro (do Inter por 11 milhões) lento e desajeitado como sempre, o segundo objeto misterioso e reserva fixo. Dados os 26 milhões gastos para arrebatá-lo ao Porto, esperava-se muito mais, mas neste momento, porém, pouco ou nada se viu do brasileiro. Nos topos, por outro lado, terminam por direita Cuadrado e Khedira, não surpreendentemente entre os poucos a se salvar da tempestade em preto e branco. O colombiano está no mesmo nível da Fiorentina, o alemão parece estar em Madrid, quando Mourinho não o tirava nem sob tortura. Bem, mas não muito bem, Dybala: o desempenho é bom, mas é uma pena que Allegri tenha dificuldade em vê-lo entre os donos. A rever Mandzukic, Zaza e Lemina, com o croata a bastar até à lesão (1 golo na Liga dos Campeões, 0 no campeonato) e os outros dois obrigados às migalhas deixadas pelos seus companheiros.