A grande tela retrata o ateliê do artista repleto de suas pinturas e esculturas, móveis e objetos de decoração. Esta exposição reúne obras de arte exibidas no The Red Studio pela primeira vez desde que deixaram o ateliê de Matisse. A apresentação também inclui material de arquivo inédito e pinturas e desenhos relacionados. Em exibição no MoMA de 1º de maio a 10 de setembro de 2022, Matisse: The Red Studio é organizado por Ann Temkin, curadora-chefe de pintura e escultura de Marie-Josée e Henry Kravis, Museu de Arte Moderna, e Dorthe Aagesen, curadora-chefe e pesquisadora sênior, SMK – Galeria Nacional da Dinamarca; com a ajuda de Charlotte Barat, Madeleine Haddon e Dana Liljegren; e com a colaboração de Georges Matisse e Anne Théry, Archives Henri Matisse, Issy-les-Moulineaux, França. dApós a sua apresentação no MoMA, a exposição estará patente na SMK – The National Gallery of Denmark, em Copenhaga, de 13 de outubro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023.
The Red Studio by Matisse retrata o ambiente de trabalho do artista na cidade de Issy-les-Moulineaux, nos arredores de Paris. A obra foi pintada como parte de uma sequência de obras solicitadas por Sergei Shchukin, o patrono mais leal e corajoso de Matisse. Shchukin comprou ansiosamente o antecessor da pintura, The Pink Studio, mas se recusou a adquirir o The Red Studio. A pintura permaneceu na posse de Matisse por 16 anos, período durante o qual viajou para a Segunda Exposição Pós-Impressionista em Londres em 1912 e para Nova York, Chicago e Boston para o Armory Show de 1913. O Red Studio foi finalmente comprado em 1927 por David Tennant, o fundador do Gargoyle Club of London., um clube exclusivo para membros que atendia artistas e aristocratas. A pintura ficou pendurada no Gargoyle Club até o início dos anos 40; logo depois foi comprado por Georges Keller, diretor da Bignou Gallery em Nova York. Em 1949, o Red Studio foi adquirido para a coleção do MoMA. Desde então, manteve-se como uma das obras mais influentes do Museu e foi particularmente apreciada por artistas ao longo dos séculos XX e XXI.
O núcleo da exposição apresenta The Red Studio juntamente com as seis pinturas sobreviventes e às quatro esculturas nele representadas. Criados entre 1898 e 1911, esses objetos vão desde pinturas de família, como O Jovem Marinheiro (II) (1906), a obras menos conhecidas, como o Córsega, O Velho Moinho (1898)e objetos cuja localização foi descoberta recentemente. Três dessas pinturas - Banhistas (1907), Le Luxe (II) (1907–08) e Nude with White Scarf (1909) – pertencem a SMK, enquanto a placa de cerâmica de 1907 do artista, retratada em primeiro plano, é da coleção do MoMA.
A exposição também inclui uma série de pinturas e desenhos intimamente relacionados ao The Red Studio, como Studio, Quai Saint-Michel (1916–17) e Large Red Interior (1948), que ajudam a contar a complexa jornada da pintura desde o estúdio de Matisse até suas subsequentes viagens internacionais e eventual aquisição pelo MoMA. Uma rica seleção de materiais de arquivo, como cartas e fotografias, muitas nunca antes publicadas ou expostas, revelam novas informações sobre o assunto, a evolução e a recepção da pintura. A exposição inclui ainda um vídeo dedicado à ciência da conservação, que apresenta descobertas recentes sobre o processo de realização da pintura. Um espaço criativo dentro da exposição convida visitantes de todas as idades a desenhar, escrever e refletir sobre os espaços e as cores que os inspiram.
Pintura da capa: Henri Matisse. O estúdio vermelho. 1911. Óleo sobre tela, 71 1/4" x 7" 2 1/4" (181 x 219.1 cm). Fundo Mrs Simon Guggenheim, Museu de Arte Moderna de Nova York. © 2022 Sucessão H. Matisse / Artists Rights Society (ARS), Nova York
