"Vamos esperar que a situação não piore." De qualquer forma para o presidente da Confindustria Giorgio Squinzi o 2013 que a Itália espera não será o ano da recuperação econômica, como espera o primeiro-ministro Mario Monti. “Infelizmente, as previsões de PIB que nosso Centro de Estudos já havia indicado de maio a junho, as de uma queda de 2,4% no PIB, foram confirmados”, afirmou Squinzi durante o encontro dos industriais da Latina em Fossanova. E, acrescentou com pesar, “não tivemos dúvidas”.
Apesar de pessimista, porém, o presidente dos industriais não se deixa abater. “Como eu digo, como ciclista… você nunca deve parar de pedalar, tem que continuar“. E Squinzi nos convida a ter mais fé nas capacidades de nosso país. “Não há muitas alternativas, temos de esperar um recomeço que pode vir de muitas coisas, mas sobretudo pode partir de nós se acreditarmos nisso e se voltarmos a investir em nós, nas nossas atividades, em o que o país precisa: pesquisa e infraestrutura”.
Mas há uma coisa que assusta o presidente da Confindustria: a carga tributária. “Usando a implementação completa de todas as medidas fiscais previstas pelas últimas manobras financeiras”, disse ele, “a carga tributária italiana seria de cerca de 45% nos próximos anos ante 42,1% em 2011, que chega a quase 55% se o cálculo for feito subtraindo o PIB subterrâneo”.
No caso decreto Squinzi não se pronuncia. “Não tenho mais direito de falar sobre isso”, já que o Lingotto não faz mais parte da Confindustria. Mesmo assim, ele destaca como "um grande país como a Itália não pode deixar de ter uma grande montadora".
