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Roma, referendo Atac: o guia em 7 pontos

Domingo, 11 de novembro, é votado o referendo para o concurso do serviço de transporte público do Capitólio - 12 horas para dizer sim ou não, até os não residentes podem votar - Quais são as razões para Sim, quais para Não? Aqui está tudo o que você precisa saber sobre uma consulta que tem implicações políticas claras a favor ou contra o Giunta Raggi

Roma, referendo Atac: o guia em 7 pontos

No domingo, 11 de novembro, em Roma, votaremos o referendo sobre a licitação do serviço público capitolino, mais conhecido como referendo Atac, no que parece ser a consulta menos divulgada e conhecida da história da Itália. Ninguém – além dos promotores, claro – fala sobre isso e não há certeza sobre o que vai acontecer durante e depois. O que é certo, porém, é que para os romanos é uma data a ser marcada em vermelho no calendário, talvez até acrescentando um sublinhado para destacá-la ainda mais por se tratar de um encontro que (teoricamente) teria a possibilidade de influenciar dos piores problemas que Roma tem enfrentado nos últimos anos: o transporte público.

O objetivo do referendo é, de fato, pedir ao cidadãos digam Sim ou Não à licitação do serviço, tirando assim o monopólio de sua gestão das mãos da Atac para colocá-la nas mãos de outros súditos que poderiam administrá-la de forma diferente e (esperamos) mais eficiente. Deve-se ressaltar, no entanto, que é um referendo consultivo e, portanto, o Campidoglio não é obrigado a respeitar o resultado da votação, mesmo que, em caso de vitória do Sim, as repercussões políticas sejam evidentes.

ROMA: COMO É ATAC?

Atac tem sido frequentemente descrito como "o grande doente" entre as subsidiárias públicas do Capitólio. Nos últimos meses, as vicissitudes da empresa de transporte público local liderada por Paolo Simioni chegaram às primeiras páginas de todos os jornais nacionais devido às inúmeras vicissitudes das quais a empresa é protagonista: das idas e vindas contínuas de altos executivos a às avarias e aos incêndios que têm afetado o metro e os autocarros, das inúmeras greves de pessoal às contas no vermelho vivo, sem esquecer os desserviços diários que irritam os utentes.

O colapso do orçamento em particular tem estado no centro do interesse nacional: Atac tem 1,3 mil milhões de euros em dívida com a qual ele não consegue lidar. Por esse motivo, o Município solicitou e obteve acesso ao procedimento para a empresa acordo preventivo em continuidade o que evitou a falência imediata da empresa. Foi apresentado um plano de reestruturação societária e bloqueadas as ordens de pagamento de credores e fornecedores que, de acordo com o previsto no acordo, serão apenas parcialmente reembolsadas e só posteriormente.

Também é importante ressaltar que, para permitir a reestruturação da Atac, o Município prorrogou o contrato de prestação de serviços de 2019 para 2021.

REFERENDO ATAC: QUANDO VOCÊ VOTA E QUEM PODEOU VOTAR

Após uma série de adiamentos, a data do referendo foi marcada para Domingo 11 de novembro. Haverá 12 horas para votar: das 8.00h20.00 às XNUMXhXNUMX. A contagem começará imediatamente após o encerramento das urnas, portanto o resultado do referendo poderá ser anunciado já durante a noite. Têm direito a voto os cidadãos inscritos nas listas eleitorais de Roma Capital, mas também os que pertençam a uma das categorias previstas peloarte. 6 do Estatuto desde que especificamente registados entre 1 de Outubro e 31 de Dezembro do ano anterior ao da realização dos referendos. De acordo com o art. 6 também poderão votar:

  • cidadãos não residentes em Roma que gozem dos direitos de eleitorado ativo e aí exerçam a sua atividade laboral principal;
  • estudantes não residentes em Roma que realizam sua atividade de estudo comprovada em escolas ou universidades;
  • os estrangeiros que tenham completado dezoito anos de idade, que estejam legitimamente presentes no território nacional e residam em Roma ou aí tenham o seu domicílio por motivo de estudo ou trabalho.

Para votar, terá de apresentar o seu documento de identificação e cartão de eleitor na sua assembleia de voto.

ROMA, REFERENDO ATAC: AS PERGUNTAS

À chegada à assembleia de voto, cada eleitor receberá duas cartas de cores diferentes, um para cada questão. Sob as perguntas haverá dois retângulos com as palavras SIM / NÃO dentro para colocar o X apropriado.

Il primeira pergunta lê-se: «Quer que a Roma Capitale confie todos os serviços relativos aos transportes públicos locais de superfície e subterrâneos ou rodoviários e ferroviários através de concursos públicos, também a uma pluralidade de operadores e garantindo formas de concorrência comparativa, no cumprimento dos regulamentos em vigor para a salvaguarda e realocação de trabalhadores em fase de reestruturação dos serviços?».

Il em vez disso, pergunta: «Quer que a Roma Capital, sem prejuízo dos serviços relativos aos transportes públicos locais de superfície e subterrâneos ou rodoviários e ferroviários em qualquer caso confiados, também favoreça e promova o exercício do transporte coletivo não regular na área local para empresas que operam em concorrência? ».

ROMA, REFERENDO ATAC: LÁÉ UM QUÓRUM? TALVEZ…

As polêmicas que há meses se concentram neste referendo também afetaram o quórum. As duas frentes "em batalha" - o Capitólio de um lado e os radicais do outro - não estão de fato de acordo sobre quais regras devem ser aplicadas.

De fato, até poucos meses atrás, o Estatuto de Roma previa um quórum de33% dos que têm direito. O Capitólio, porém, só neste ano, mudou o Estatuto, eliminando também o quórum. Apesar disso, para o Município neste caso aplica-se a “legislação anterior que prevê o quórum”, enquanto para os Radicais aplica-se a nova.

ROMA, QUEM VOTA SIM E POR QUEÉ

Referendo Comitê Atac do Sim
Vamos mobilizar Roma

Como mencionado, em favor de Sim, existem os radicais e o movimento "Vamos mobilizar Roma" que também são os súditos que promoveram o referendo coletando as 30 assinaturas necessárias. De facto, segundo eles: "Depois de anos de ineficiências, desperdícios e lógicas patronais, finalmente com o voto sim poderemos acabar com o monopólio da Atac e colocar o serviço de transporte público a concurso, com uma ou mais empresas, sob o controle direto do município de Roma que, por exemplo, continuará a estabelecer o preço do bilhete e as rotas necessárias para cada distrito. Nas atuais condições da Atac, fracassadas na prática, qualquer outra proposta seria inviável e levaria à venda do serviço a um único particular. Os que dizem não a este referendo alegam que querem manter a empresa "pública", mas o público na Atac é apenas a dívida e o desconforto contínuo dos cidadãos", explica a comissão do sim no site Vamos mobilizar Roma. Vale ressaltar que os promotores descartaram peremptoriamente que o objetivo do referendo é privatizar a Atac.

A favor do Yes, depois de realizada uma consulta entre seus membros, há também o Partido Democrático Romano. “Se eu fosse cidadão de Roma, votaria a favor do referendo proposto pelos radicais, ou seja, contra a gestão imprudente dos transportes públicos por parte de Virginia Raggi. Não é possível que em Roma os ônibus queimem no horário, que o serviço Atac seja tão insuficiente. E a responsabilidade é do acionista, o Município de Roma”. Estas são as declarações de Matteo Renzi contidas em um vídeo publicado no Facebook.

ROMA, REFERENDO ATAC: QUEM VOTA NÃO E PORQUÊÉ

Tomar partido do Não é a Movimento Romano 5 Estrelas: “O Movimento 5 Stelle Roma convida você a votar não. Querem fazer crer que a licitação do transporte público com a possível entrada de outros operadores” trará “maior eficiência, mas não é o caso. A cidade sofre de um défice infraestrutural” e “estamos a trabalhar para resolver esta questão”, disse o presidente da Comissão de Transportes Enrico Stefano (M5S).

Ele expressou seu apoio público ao Não também João Alemão: “Vou votar não no referendo. Baseia-se no equívoco de que o Atac não funciona porque é público. Não é assim”, declarou o ex-prefeito de Roma nos microfones da Rádio Cusano Campus.

Por outro lado, não houve declaração oficial da prefeita de Roma, Virginia Raggi, que, no entanto, sublinhou repetidamente sua disposição de manter a Atac pública.

ROMA, REFERENDO ATAC: E SE O SIM GANHAR? E SE O NÃO GANHAR?

O referendo é consultivo e, portanto, em caso de vitória do Sim, não é automático que o transporte público capitólio seja licitado. A consulta serve para dar uma indicação muito precisa de qual é a vontade dos cidadãos. Simplificando, se o Sim vencer, o governo pentastellata poderia legitimamente ignorar o resultado do referendo, mesmo que politicamente, ele se encontraria em grandes dificuldades, considerando também que as 5 Estrelas da "democracia direta" são seu princípio básico há anos.

Tomando um exemplo do que aconteceu em outro lugar, o do Brexit também foi um referendo consultivo, mas o governo do Reino Unido decidiu respeitar a vontade expressa pelos cidadãos ao buscar a saída do Reino Unido da UE.

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