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Brasil: produção industrial parou em 2007, confiança dos empresários cai

Estudo da Grant Thornton International mostra que apenas 61% dos empresários brasileiros se dizem otimistas com a economia para os próximos 12 meses: no início do ano era de 86% - Enquanto isso, as expectativas de crescimento do PIB seguem em queda - Banco Central reduz as estimativas para +1,9%.

Brasil: produção industrial parou em 2007, confiança dos empresários cai

Sinais desencorajadores vindos do Brasil. A gigante do ouro verde, que nos últimos anos se consolidou como um verdadeiro Eldorado para os empresários, começa a apresentar sintomas cada vez mais fortes de um enfraquecimento geral de sua economia.

Na verdade durante a semana Banco Central reduziu ainda mais as estimativas de crescimento do produto interno bruto, agora abaixo de +1,9%. Corte também feito pelo Fundo Monetário Internacional que prevê +2,5% para 2012. Mesmo o governo brasileiro, depois do otimismo mostrado no início do ano (+4,5%), provavelmente será obrigado a reduzir as estimativas em 3% ou mesmo 2,7%.

A situação internacional negativa pesa sem dúvida, com sinais preocupantes vindos da Europa, mas a queda na confiança também se deve a uma situação interna desconfortável. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, de fato, os dados relativos à produção industrial esta semana: em maio deste ano ela foi idêntica à de agosto de 2007.

Em um ano, produção caiu 4,3%: as medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff para estimular o consumo interno de bens duráveis ​​parecem não ter surtido efeito. A produção sofreu colapso em vários setores: celulares (-37%), automóveis (-5,3%) e motocicletas (-16,8%) só para citar as quedas mais evidentes.

Dados que também se refletem nootimismo demonstrado pelos empresários brasileiros: se no início do ano, 86% deles diziam estar confiantes em relação a 2012, hoje esse percentual caiu para 61%. Um colapso que coloca o Brasil na oitava posição no ranking mundial de otimismo empresarial contido no International Business Report 2012 elaborado pela Grant Thornton International.

De fato, apesar do enorme potencial, o Brasil convive com problemas estruturais que minam sua capacidade de crescimento: falta de mão de obra qualificada e salários crescendo mais rápido que a produção, grande falta de infraestrutura (portos, rodovias e aeroportos) e um cunha fiscal que recai pesadamente sobre as empresas.

Enquanto isso, a presidente Dilma, participando da Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, tem tentado nos últimos dias jogar água na fogueira: "Um grande país deve ser medido pelo que faz pelas crianças e adolescentes. Não é o PIB, mas a capacidade do país, do governo e da sociedade de proteger o que é seu presente e seu futuro”. 

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