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Olimpíadas de Londres 2012 – Atletismo, não apenas a Jamaica: o Caribe em primeiro lugar no quadro de medalhas!

Não são apenas Bolt e seus companheiros que se opõem à superpotência norte-americana no atletismo: somando as medalhas dos países da América Central, este cantinho do planeta é o primeiro no quadro de medalhas - Obrigado sobretudo à Jamaica, mas também ao grande retorno do dominicano Felix Sanchez e às estreias históricas de Granada, Porto Rico e Guatemala.

Olimpíadas de Londres 2012 – Atletismo, não apenas a Jamaica: o Caribe em primeiro lugar no quadro de medalhas!

Não são só Bolt e Jamaica que surpreendem nestes Jogos. Fazendo frente às superpotências dos EUA, China e Rússia, além da senhoria Grã-Bretanha, vencedora de 3 medalhas de ouro em uma noite, há toda uma área do planeta, a meio caminho entre os Estados Unidos e a América do Sul e ao redor da ilha deu origem aos fenômenos da velocidade, que ameaça seriamente mudar a geografia do atletismo.

Com efeito, já o está a fazer, com rapidez mas não só: vêm do Mar das Caraíbas, e dos seus estados microscópicos e ilhotas, 11 medalhas até agora, sendo 4 de ouro, que praticamente projetam esse cantinho do planeta até para o primeiro lugar no quadro de medalhas do atletismo. Na frente, Estados Unidos pararam em 9 (2 ouros) e Rússia e China, com apenas um ouro cada.

Passos para os já aclamados (e isso não é tudo) triunfos jamaicanos, e para o grande retorno do dominicano Felix Sanchez, ex-atleta olímpico em Atenas 2004 nos 400m com barreiras, o "Caribe" está escrevendo uma verdadeira página da história aqui em Londres, bem na casa de seus principais colonizadores. A final dos 400m, além de ver o outro dominicano Linguelin Santos (segundo) e o trinidad e tobago Jehue Gordon (terceiro) no pódio, realizou o sonho do menor país a ter conquistado uma medalha nas Olimpíadas: Granada, com 109 mil habitantes em apenas 344 quilômetros quadrados, vestiu-se de ouro graças à façanha da muito jovem Kirani James, de apenas 19 anos e autor de um excelente 43”94.

Hat-trick caribenho, mas isso não é tudo. E não apenas em velocidade. Anteriormente, na caminhada de 20 km Erick Barrondo da Guatemala conquistou uma histórica medalha de prata, a primeira medalha olímpica de seu país. Até Cuba, à espera de boxeadores e saltadores, deu sua contribuição à causa com mais uma prata no salto com vara feminino, graças a Yarisley Silva consegue fazer melhor que a atual campeã, a russa Elena Isinbaevaapenas terceiro. E sempre na noite mágica de Sanchez havia outra primeira vez histórica: Javier Culson, bronze nos 400m com barreiras, deu a Porto Rico sua primeira medalha olímpica.

A ilha caribenha, sempre sob uma forma particular de protetorado dos Estados Unidos, finalmente teve seu momento de glória. E com ela, da Jamaica à Guatemala, também outros estados da América Central. Pequenas ilhas e países, alguns famintos por vingança, outros não, que juntos provavelmente não atingem a população de Nova York, mas que correm (até agora) muito mais rápido do que uma nação inteira de mais de 300 milhões de habitantes. Davi contra Golias: não só participando, mas também vencendo. Quem sabe o quão satisfeito De Coubertin ficaria.

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