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Nusat, a torta de abóbora das "sete ceias" medievais.

Hoje é principalmente uma sobremesa. Na verdade, Nusat nasceu como uma torta salgada para a "Noite dos sete jantares" na véspera do Natal que tem origem medieval. A receita original.

Nusät é um bolo à base de polpa de abóbora que pertence à tradição gastronômica de Oltrepò Pavese.

A receita que propomos aqui, cortesia da Associazione Zucca Berrettina di Lungavilla, foi transmitida oralmente por gerações. Com o tempo, graças também às maiores possibilidades económicas, cada um adaptou-o ao seu gosto e enriqueceu-o com novos ingredientes, desde mostarda a fruta cristalizada, passas, amêndoas, mascarpone, cacau em pó.

No entanto, as variantes modernas distorceram o clássico "nusät", transformando a modesta torta salgada em um produto de confeitaria feito com os poucos ingredientes disponíveis no inverno nas despensas das casas de campo: polpa de abóbora, uma pitada de sal, pão ralado e parmesão queijo amarrado com um ovo e refogado em óleo, manteiga e cebola.

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Como o nome evoca nozes, quem tinha dinheiro costumava enfeitar o bolo com miolo de miolo, porém introduzindo um “ingrediente” que não constava na receita original.

Não se sabe ao certo a que época remonta o primeiro "nusät", mas é certo que fazia parte dos sete pratos que compunham a ceia de Natal. Desde a Idade Média, na noite de 23 de Dezembro era costume fazer-se um jantar magro mas muito farto, com nada menos que sete pratos, pois a partir da meia-noite, em observância do jejum eucarístico, já não seria possível comer qualquer coisa até a meia-noite do dia 24 de dezembro, momento em que, com a celebração da Santa Missa de Natal, teria terminado o tempo penitencial do Advento.

A obrigação de jejuar a partir da meia-noite para receber a Comunhão foi reduzida para três horas pelo Papa Pio XII na década de XNUMX e posteriormente para uma hora pelo Papa Paulo VI na década de XNUMX. A tradição da "Noite dos Sete Jantares", porém, não foi totalmente abandonada, e se hoje são sobretudo os restauradores mais atentos à salvaguarda do património gastronómico local que a propõem inteiramente em chave secular, mesmo em às famílias de Lungavilla algumas dessas antigas receitas, muitas vezes revistas e corrigidas, continuam a ter boa sorte.

Em primeiro lugar o "nusät", que tem sido uma das melhores formas de consumir aquela extraordinária reserva de nutrientes que é a abóbora desde tempos imemoriais.

cabaça berfretina floral

ingredientes:

– 800g. de abóbora limpa

– 60g. de queijo grana padano

– 60g. de pão ralado

– Um ovo inteiro

- Uma cebola

Preparação:

Cozinhe a abóbora de uma das seguintes maneiras a gosto: no vapor por cerca de 20 minutos ou cozida em água por cerca de 15 minutos ou assada a 180° por cerca de 40 minutos.

Corta-se uma cebola e tosta-se em azeite e manteiga, retira-se a cebola e deixa-se o azeite e a manteiga. Depois de cozida a abóbora, passe-a pelo espremedor de batatas e misture com a farinha de rosca, o queijo parmesão, o ovo, a noz-moscada e o sal.

Junte a mistura com o azeite e a manteiga previamente preparados. Espalhe a mistura em uma assadeira ou assadeira (2 – 3 cm de altura) untada e polvilhada com farinha de rosca.

Passe um garfo sobre a superfície para criar uma decoração e adicione alguns flocos de manteiga.

Leve ao forno por 35 minutos a 150°

Opcional: depois de retirar o nusät do forno, coloque alguns grãos de noz na superfície.

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