A Foxconn, empresa chinesa que produz smartphones e outros dispositivos de alta tecnologia para gigantes do calibre da Apple, Microsoft e Samsung, tristemente conhecida no passado por seu recorde de suicídios entre trabalhadores, decidiu substituir 60 funcionários tendo seus trabalhos feitos para robôs.
Um dos gerentes da fábrica localizada na província de Jiangsu, Xu Yulian, disse ao South China Morning Post que "a força de trabalho foi reduzida de 110 para 50 graças à introdução de robôs", a fim de reduzir os custos trabalhistas. “Estamos a aplicar a robótica e outras tecnologias de produção para substituir as operações repetitivas feitas pelos funcionários que por sua vez se focam mais noutros processos produtivos”, explicou a mesma empresa à BBC.
Até à data, a empresa asiática ainda não deu a conhecer se irá repetir a experiência num futuro próximo, mas garantiu que não haverá despedimentos em massa, uma vez que os robôs serão utilizados para substituir funcionários nas tarefas mais repetitivas que permitem “funcionários humanos” para realizar tarefas de “maior valor”.
Já em agosto de 2011, o presidente da Foxconn, Terry Gou, havia anunciado a intenção de substituir até 500 mil funcionários da fábrica, pelo menos em funções consideradas mais simples. Um projeto que há um ano parecia repensado porque, segundo a empresa, a mecanização não se compara à habilidade manual, em algumas etapas da produção.
A iniciativa da Foxconn confirma as previsões contidas no relatório apresentado durante o último Fórum Econômico de Davos, segundo o qual, nos próximos quatro anos, os robôs roubarão 4 milhões de empregos de humanos em todo o mundo. De acordo com outro estudo publicado em 2013 pela Deloitte e pela Universidade de Oxford, 20% dos empregos no Reino Unido e quase 35% dos empregos nos EUA poderiam ser feitos por robôs nos próximos 50 anos.
