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Juve perde pela primeira vez no campeonato, Nápoles encurta

Os campeões italianos pagam os esforços da Liga dos Campeões e a ausência de Cristiano Ronaldo e caem pela primeira vez no campeonato nas mãos do Génova (2-1) que os fura com o ex-Sturaro e com Pandev – Napoli aproveita desta para vencer a Udinese por 4 a 2 e encurtar a distância dos líderes para 15 pontos

Juve perde pela primeira vez no campeonato, Nápoles encurta

E chegou o dia em que a Senhora caiu. À 28. ª jornada, depois da beleza de 24 vitórias e 3 empates, a Juventus conhece o sabor da derrota, até então desconhecida no campeonato. O mérito vai para o Génova, a única equipa da Europa a ter defrontado os alvinegros duas vezes sem perder um sequer, mas obviamente grande parte do contributo veio do cansaço europeu, decisivo tanto no desempenho dos jogadores como nas escolhas formativas.

Aliás, Allegri, além de Cristiano Ronaldo (nem sequer no banco), também fez Szczesny, Chiellini, Bernardeschi e Matuidi suspirarem: uma decisão muito compreensível para quem, de cima de uma enorme vantagem na classificação, pode e deve abdicar de algo em virtude de um sonho chamado Champions, mas evidentemente decisivo para o resultado.

“Com certeza a partida da Copa pesou – reconheceu Allegri – Felizmente o mata-mata chegou agora, teremos uma pausa para recarregar física e psicologicamente. Esta é uma derrota que nos pode fazer bem, mais cedo ou mais tarde tinha de acontecer e por isso vamos tentar valorizá-la. Já havíamos arriscado no primeiro tempo, depois no segundo, apesar de melhorar, chegaram os dois gols. De qualquer forma, acho que os meninos estão indo muito bem, você certamente não pode pensar em vencer todos os jogos”.

Discurso compartilhável, especialmente porque o ko em questão não levará a nenhum tipo de consequência. Do 2-0 de Marassi (72' Sturaro, 81' Pandev), porém, surgem alguns elementos que podem, se não alarmar, pelo menos preocupar o treinador e o clube. As atuações de Perin, Rugani e Dybala, só para citar os três piores, confirmam que a diferença entre Juve A e Juve B existe, e como se existe, e nem sempre os episódios são suficientes para anulá-la.

De qualquer forma, a derrota pode ser considerada indolor: a vitória do Napoli sobre a Udinese, de fato, não muda praticamente nada em termos de Scudetto. No entanto, os 3 pontos eram necessários para os Azzurri de qualquer maneira, tanto por questões de classificação (o segundo lugar tinha que ser garantido) quanto por moral. Missão cumprida, ainda que com as habituais preocupações: um encontro que parecia encerrado em menos de meia hora graças a um duplo assinado por Younes (17') e Callejon (26') reaberto de forma sensacional com golos de Lasagna (30') e Fofana (36').

Porém, mais do que a Udinese, o maior susto partiu de Ospina, que desabou ao solo desacordado devido a uma pancada na cabeça, de rajada retardada, na sequência de um embate com Pussetto. O guarda-redes foi transportado para o hospital onde, felizmente, recuperou a consciência, permitindo aos seus companheiros viver uma segunda parte sem preocupações. E agradeceram encontrando primeiro o 3-2 com o habitual Milik (57'), depois o definitivo 4-2 com um belo pé esquerdo de Mertens (70').

"Foi um desafio aberto contra um adversário que jogou bem - análise de Ancelotti - Quando você joga nas noites de quinta-feira não pode estar mentalmente fresco, a Europa gasta muita energia e essas dificuldades são esperadas, mas conseguimos ganhar. Agora precisamos de três vitórias para garantir o segundo lugar, depois vamos pensar no Arsenal”.

Em suma, os desafios mais importantes virão na frente europeia e isso une, sem sombra de dúvida, Juve e Napoli. Porque o duelo entre os grandes rivais dos últimos anos certamente não para na frente da classificação.

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