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IMU, verbas rescisórias e demissões: aqui está o decreto

Ontem à noite o Conselho de Ministros aprovou o decreto de abolição do IMU 2013 nas primeiras habitações - A taxa de serviço chegará a partir do próximo ano, que incluirá também o Tares sobre os resíduos - Fundo de despedimento refinanciado em 0,5 mil milhões - Salvaguardou mais 6.500 expatriados – Pagamentos recebidos das dívidas da AP por mais 10 mil milhões de euros.

IMU, verbas rescisórias e demissões: aqui está o decreto

O IM 2013 na primeira casa, terrenos agrícolas e habitação rural é cancelado. Em seu lugar, chegará a partir do próximo ano uma taxa de serviço, ou seja, uma taxa que vai incorporar várias taxas municipais, entre as quais o joio sobre os resíduos. No entanto, o novo imposto terá um caráter mais progressivo, pois levará em conta o tamanho das casas. 

Do ponto de vista político, o Conselho de Ministros realizado ontem à noite foi um sucesso. O PDL reivindica a vitória, alegando ter cumprido a promessa feita aos eleitores. O Partido Democrata, por outro lado, consegue não dar aos seus aliados-adversários um bom pretexto para minar a maioria e, ao mesmo tempo, põe na calha uma disposição que considera financeiramente sustentável.

Na verdade, no plano econômico, o jogo ainda não acabou. No momento as coberturas são suficientes para cancelar apenas a primeira parcela do IMU: a solução final para o saldo de dezembro, por outro lado, virá com uma segunda provisão a ser lançada em meados de outubro, ou diretamente com a lei de estabilidade. A promessa é resolver o problema sem aumentar os impostos. 

Entretanto, no que diz respeito ao adiantamento, os 2,4 biliões necessários virão do extra IVA associado ao adiantamento de uma nova tranche de 10 biliões de pagamentos em atraso da Administração Pública, do jogo (nomeadamente da regularização do disputa contábil sobre a nova máquina caça-níqueis) e novos cortes nos gastos públicos.
 
"Com a introdução do imposto sobre serviços queremos criar um mecanismo de responsabilização federal, com municípios que não serão apenas arrecadadores - comentou o premiê, Enrico Letta –. O imposto sobre serviços é um imposto federalista que aciona o mecanismo de responsabilidade. Os prefeitos serão os protagonistas”.

Quanto às finanças públicas, “não vamos alterar os nossos compromissos com a Europa – acrescentou o Primeiro-Ministro -. Continuamos abaixo de 3%" na relação déficit-PIB". Do lado político, porém, para Letta o decreto aprovado ontem é "uma vitória do governo" e marca o fim das dúvidas sobre a posição da maioria: "Não há mais prazo".

Satisfação também do PDL: “Uma promessa cumprida – escreveu Silvio Berlusconi em nota –. Ponto cardeal prático e simbólico do programa que queríamos como escolha qualificadora nos acordos que levaram à formação de um governo de entendimentos amplos. O presidente Letta respeitou os acordos com o PDL. Os efeitos positivos beneficiam todos os cidadãos”.

Para o vice-primeiro-ministro Angelino Alfano, por outro lado, com a abolição do IMU sobre primeiras habitações “optou-se por criar uma pedra angular do pacto do governo fundador. Os noticiários e os jornais vão trazer notícias maravilhosas para os lares dos italianos: eles tiveram que pagar um imposto e não vão pagar. É uma medida feita da maneira certa, é isenta de impostos”.

Mas o decreto ontem aprovado pelo governo não contém apenas a previsão sobre o IMU. Aqui estão os outros tamanhos de pacote.

fundo de despedimento refinanciado em 0,5 mil milhões

“Refinanciamos o fundo de despedimento em meio bilião de euros – voltou a anunciar Letta na conferência de imprensa -. Neste momento, a emergência do emprego parece-nos uma emergência significativa a par das medidas de crescimento. É uma resposta inicial muito importante”. 

SOLUÇÃO PARA 6.500 EXODATIAS

"Com o dispositivo hoje aprovado identificamos a categoria mais desfavorecida em todo o mundo dos despedimentos, o indivíduo despedido - explicou o Premier - antes da aplicação da reforma das pensões e que, devido ao prolongamento dos tempos, se encontra sem salário e pensão. São 6.500 pessoas às quais hoje damos uma resposta estrutural. Após três intervenções do governo Monti, esta é a quarta intervenção para encerrar o caso do êxodo". Em particular, uma quantia entre 700 milhões e um bilhão de euros será destinada para permitir que essas pessoas se aposentem com a legislação anterior à reforma de Fornero. 

MAIS 10 BILHÕES EM PAGAMENTO DA DÍVIDA DO PA

“Decidimos inserir no sistema os novos 10 bilhões de créditos que as empresas têm com as administrações públicas – continuou Letta -. Dez bilhões de novos créditos que serão imediatamente introduzidos no sistema e servirão para gerar giro econômico e emprego. Naturalmente trarão também mais receitas fiscais do que o IVA e servirão para cobrir parcialmente esta provisão” do IMU.

O ministro da Economia, Fabrizio Saccomanni, sublinhou que "com mais 10 mil milhões em amortizações, as dívidas da administração pública pagas pelo governo às empresas subirão para 30 mil milhões". No que diz respeito ao capítulo das casas, Saccomanni explicou que as casas não vendidas serão isentas do IMU e o cupom seco cairá de 19 para 15%. 

AS REAÇÕES DE MONTI E OS 5 ESTRELAS

O ex-primeiro-ministro Mario Monti criticou duramente a decisão de abolir o IMU, definindo-a como uma “renúncia do Pd, Enrico Letta e do ministro Saccomanni, a quem tenho grande estima, às pressões do Pdl. Todos os cidadãos vão acabar por pagar tudo isto com pequenos aumentos de pequenos impostos e com taxas de juro crescentes”.

Segundo os deputados do Movimento 5 Estrelas, por outro lado, “a pantomima do Imu é o último episódio do teatro das grandes confusões. A maioria está desmoronando e hoje o governo está remendando uma situação que está caindo no abismo. A taxa de serviço promete ser confusa, malfeita, opaca. E verá os cidadãos no habitual papel de vítimas destinadas a poupar dinheiro por um lado e pagar mais por outro através do joio e taxas sobre os chamados serviços indivisíveis”.

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