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Ilva, Bentivogli: "Apelo ao alcatrão pode explodir tudo"

"Mandar tudo de volta para o Tar corre o risco de distanciar ainda mais o processo de ambientalização, muito anunciado e pouco praticado". Assim, Marco Bentivogli, secretário-geral do Fim Cisl, sindicato dos metalúrgicos do Cisl, comenta o recurso ao Tar no processo de venda da siderúrgica Taranto.

“A questão ambiental em Taranto vem de longe, o ar nestes dias no bairro de Tamburi testemunha que ainda há um longo caminho a percorrer e que, ao lado do choque de papéis e responsabilidades, precisamos começar a fazer coisas concretas”. Como Marco Bentivogli, secretário geral da Fim Cisl, sindicato dos metalúrgicos da Cisl, comentando o recurso ao Tar no processo de venda da siderúrgica Taranto.

“É compreensível – acrescentou Bentivogli – o pedido de envolvimento das instituições locais no processo de elaboração dos decretos, mas mandar tudo de volta ao Tar corre o risco de distanciar ainda mais o processo de ambientalização, demasiado anunciado e pouco praticado. Concretamente, o DPCM (Decreto do Presidente do Conselho de Ministros) prevê o adiantamento da construção dos parques mineiros no âmbito do AIA (que conta com a assinatura das instituições locais) e a dotação de € 400 milhões destinados especificamente para a construção dos parques. Uma nova suspensão, que já atrasou a ambientalização e o enfrentamento sindical, corre o risco de explodir tudo".

"O recurso ao TAR - conclui Bentivogli - não resolve a necessidade de envolver as instituições ou ter impactos pontuais (como seria necessário) no meio ambiente, há necessidade de operar o mais rápido possível para a eco-sustentabilidade da produção, depois de tantos anos de conversa. 
A negociação para a venda da fábrica vai ser muito dura, vai ser preciso atingir os objectivos de defesa do emprego, relançamento da produção, eco-sustentabilidade, enfim haverá escrutínio por parte do anti-trust europeu. O caso Ilva foi dramatizado por responsabilidades industriais e políticas e por um embate institucional entre os poderes do Estado que não tem permitido avançar no emprego, no meio ambiente e no desenvolvimento. A saúde dos trabalhadores e a defesa do trabalho não podem ficar reféns de disputas de outra natureza, é hora de voltar a pressionar todos para alcançar esses objetivos”.

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