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A vacina empurra o Dow para máximas históricas e Tesla entra no S&P

Vacina anti-Covid da Moderna transmite euforia às bolsas e também relança ações inadimplentes: a Piazza Affari também se beneficia, que arrecada um aumento de 2% em 22 semanas

A vacina empurra o Dow para máximas históricas e Tesla entra no S&P

Touro avança sustentado por vacinas. As extraordinárias atuações suscitadas pelas promessas de drogas apresentadas pela Moderna tiveram como efeito despertar as existências embalsamadas, sobretudo no mundo do turismo e das viagens. A marcha das tabelas de preços asiáticas continua assim, embora em velocidade reduzida. O Nikkei de Tóquio, que subiu ontem para sua maior alta em 29 anos, ganha 0,3%. Hang Seng de Hong Kong +0,1%, Taipei +0,4%, Cingapura +1%, Mumbai +0,3%. O índice MSCI Asia Pacific, que não inclui o Japão, mostrou pouco movimento, no seu nível mais alto desde 1987. A bolsa chinesa está mais cautelosa, como quer o partido: o índice CSI 300 das listas de Xangai e Shenzen -0,4%.

O S&P500 de Wall Street fechou em alta de 1,1% ontem à noite, atingindo máximas históricas; o futuro caiu 0,4% esta manhã. O Dow Jones subiu 1,6% e o Nasdaq 0,8%.

A notícia do dia diz respeito à Tesla: a empresa de Elon Musk (positivo para Covid) foi admitida no índice S&P+13%. Espera-se que a fabricante de carros esportivos movidos a eletricidade ocupe a décima posição entre as maiores empresas no índice de referência de Wall Street.

CORRIDA MODERNA (+8,5%). AIRBNB REPENSA O IPO

Nos escudos Moderna (+8,5%), mas em detrimento de BioNTech e Pfizer. A vacina, baseada no “mensageiro” estabelecido no RNA (extraordinária descoberta destinada a revolucionar a medicina para além da Covid) teve também por efeito reiniciar o processo de listagem da Airbnb, já uma joia do turismo pré-Covid, que parecia destinado a acabar na lista dos sonhos abortados prematuramente. Pelo contrário, o IPO da empresa de aluguer temporário para turismo de bricolage está pronto para recomeçar.

O petróleo WTI subiu ligeiramente, a US$ 41,6 o barril, tendo subido 3% ontem. A Reuters noticia que dentro da OPEP alargada prevalece a vontade de adiar por pelo menos três meses a mudança de regime na produção que deverá entrar em vigor no início de 2021.

HUNGRIA NÃO PARA O FUNDO DE RECUPERAÇÃO

Nuvens escuras se destacam no céu das tabelas de preços da UE. O veto da Polónia e da Hungria bloqueou o acordo sobre o orçamento da UE 2021-2027 (de 1.074 mil milhões) e os recursos necessários para garantir os Eurobonds nos mercados. É um obstáculo que, se não for removido, impossibilitará o desembolso do dinheiro do Fundo de Recuperação, 207 bilhões para a Itália. A Polónia e a Hungria, para as quais seria destinada uma montanha de dinheiro, não querem que esses fundos estejam ligados ao artigo 7.º do Tratado, que obriga os países membros a respeitar o Estado de direito. Ou seja, separação de poderes, independência do judiciário, liberdade de imprensa. Caberá a Angela Merkel – a única que exerce pressão suficiente sobre o bloco oriental – convencer a Polônia e a Hungria a, de alguma forma, refazer seus passos.

A lei orçamentária italiana para 2021 se baseia em parte no uso de adiantamentos do Fundo de Recuperação: 14 bilhões do total de 38 no valor da manobra.

LISTAS DE PREÇOS SPRINT: LOCAL DE NEGÓCIOS +22% EM DUAS SEMANAS

A Piazza Affari está no topo das listas europeias: o índice subiu 1,98%, para 21.317 pontos, a máxima em sete meses. Em duas semanas, o índice das 40 maiores blue chips da Piazza Affari acumulou uma alta de quase 4 mil pontos base, para um ganho global de mais de 22%, para pesar dos que entraram em pânico no final de outubro.

BBVA GANHA DINHEIRO NOS EUA E OLHA PARA SABADELL

Madrid melhorou (+2,6%) sob a pressão do Banco de Bilbao Vizcaya Argentaria (Bbva), +16%. O instituto vendeu os seus activos americanos ao grupo norte-americano Pncla por 9,7 mil milhões de dólares à vista e está em conversações com o Banco de Sabadell para uma possível fusão que daria origem a um grupo com uma capitalização de 23,7 mil milhões.

PEUGEOT +3.9%: APÓS FUSÃO COM FCA, CHINA NA BRIGA

Paris +1,7% “Só os mais ágeis, no seio darwiniano, conseguirão”. Carlos Tavares, administrador-geral da Peugeot (+3,89%) e em breve também da Stellantis, disse ontem esperar novos movimentos de consolidação no setor automóvel. A fusão com a FCA, acrescentou, está em andamento, "mas agora precisamos de um salto de qualidade na China".

Londres +1,64%. A cruz euro-libra moveu-se ligeiramente. O chefe da delegação britânica para a negociação do Brexit com a União Europeia escreveu ontem no Twitter que houve alguns avanços nas últimas semanas. Finalmente, há o rascunho do que poderia se tornar o tratado definitivo.

Frankfurt mais fraco (+0,52%). A economia alemã está estagnada ou em contração, com atividades não essenciais e exportações afetadas por restrições internas e externas para conter a segunda onda da pandemia de coronavírus. É isso que emerge do relatório mensal do Bundesbank.

BTP, SPREAD ABAIXO DE 120, RECORDA DESDE MAIO DE 2018

Btp em 0,64%, pouco movimentado, enquanto, por efeito da subida simultânea da yield do bund alemão, o spread cai abaixo dos 120 pontos base pela primeira vez desde maio de 2018.

O valor da carteira de títulos do governo italiano em poder de estrangeiros aumenta. De acordo com os dados constantes do suplemento ao boletim “Finanças públicas, necessidade de financiamento e dívida”, editado pelo Banco de Itália, o valor de agosto é de 703,087 mil milhões de euros, acima dos 698,416 mil milhões de julho (revistos de 698,218 mil milhões).

LEONARDO DECOLA NOS EUA, OS TÍTULOS DO PETRÓLEO RECUPERAM

Leonardo decola na Piazza Affari (+7,79%). O Departamento de Defesa dos Estados Unidos concedeu à sua subsidiária AgustaWestland Philadelphia Corp um contrato adicional de 171 milhões para 36 helicópteros TH-73A. A produção e as entregas serão concluídas até dezembro de 2022.

As petrolíferas brilham na onda do aumento das matérias-primas: Eni +4%, Saipem +5%, Tenaris +8%.

Snam +0,3%: Bnp corta a classificação. Quatro anos após o início das obras o Oleoduto Trans Adriático (Tap) foi aberto que trará gás azeri para a Itália. A empresa de gasodutos, controlada em 20% pela Snam, informou no domingo que iniciou as operações comerciais ao longo dos 878 quilômetros que terão capacidade para transportar 10 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Espera-se que o gás comece a fluir antes do final de 2020.

NEXI LÍDER NA EUROPA, POSTE ITALIANE FAZ COMPRAS

Nascido, após o acordo no fim de semana, o novo gigante europeu de pagamentos digitais Nexi, que, antes de se fundir com a italiana Sia, se casará com a dinamarquesa Nets. Partindo do antigo Istituto Banche Popolari, sob a liderança de Paolo Bertoluzzo (no comando desde o verão de 2016), e graças à fusão italiana com o grupo controlado pelo CDP, em cinco anos o Nexi tornou-se um gigante de capitalização de 22 bilhões, 2,9 1,5 biliões de faturação, 10 biliões de EBITDA e cerca de XNUMX pessoas. As aquisições da Sia e Nets também foram todas feitas em ações da Nexi, para não sobrecarregar as empresas com dívidas.

Tim +2,8%. O governo italiano deu autorização condicional para a venda de uma participação minoritária na rede de última milha da Telecom Italia ao fundo norte-americano KKR. A empresa também assinou um acordo com a Atos, líder mundial em transformação digital, para o desenvolvimento de uma plataforma digital para a Cloud.

Poste Italiane teve um bom desempenho (+1,3%) após o acordo para a compra do Grupo Nexive. Diasorin (-0,3%) está entre as poucas blue chips no lado negativo.

IMPULSO ESPANHOL PARA BANCOS: BPER +6,50%

Compras com mãos cheias no Bper que apresenta um aumento de 6,50%. As notícias vindas do BBVA impulsionaram o setor para cima. A recuperação das fusões na Europa também é boa para outros bancos: Mediobanca +2,69%, Unicredit +2,26%, Banco Bpm +1,51%.

RECORDE DE CONTAS POR FILA (+11%), PROMOVIDO PELA EQUITA

Fila rally (+10,86%): Banca Akros e Equita Sim promoveram a ação de compra após o relatório trimestral. Interbomba efervescente, com aumento de 5,08%. As ações mais penalizadas pelo bloqueio se recuperaram: Autogrill +11% e Technogym +17%.

OVIESSE PREPARANDO-SE PARA COMPRAS

A Ovs (-1,7%) vai convocar uma assembleia geral extraordinária em dezembro para propor um aumento de capital até 80 milhões de euros para aproveitar “as melhores oportunidades de consolidação do setor”.

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