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Fed, taxas e dólar: os mercados esperam por Powell

Além das incógnitas sobre tarifas e impeachments, os mercados estão de prontidão diante da intervenção de hoje na reunião de Jackson Hole do presidente do Fed, Jerome Powell – Na Itália a fuga dos BTPs continua e o spread sobe – Tim: Genish novamente na balança e o Ação cai para o nível mais baixo desde 2013 – Juventus voa (+7,3%)

Fed, taxas e dólar: os mercados esperam por Powell

Deveres, mas também a sombra de um possível impeachment. Enquanto esperava que Jerome Powell explicasse a estratégia do Fed sobre as taxas e o dólar hoje em Jackson Hole, os mercados foram mantidos em tensão por Donald Trump. O presidente, visivelmente afetado pelas investigações de seus colaboradores, não se limitou a aumentar as tarifas sobre as importações da China, como esperado, mas foi à loucura com a África do Sul, ameaçando sanções contra a reforma agrária e alertando os mercados: se eu cair, Muro Rua desaba.

Neste clima turbulento, os mercados estão esperando para ver. A bolsa japonesa começa a fechar em alta de 0,6% enquanto as bolsas chinesas estão em baixa (-0,5%). Hong Kong -0,7%.

Enquanto aguarda a intervenção de Powell, o dólar ganha posições: a cruz dólar-iene sobe pelo quarto dia consecutivo para 111,5. O yuan enfraquece para 6,88 em relação ao dólar. O euro é negociado a 1,155. Esta noite, a rupia indiana atingiu uma nova baixa histórica em relação ao dólar, em 70,2. O índice BSE Sensex de Mumbai está estável.

Enquanto um acerto de contas no governo ocorreu em Canberra, com a respectiva demissão do primeiro-ministro Malcom Turnball, a Bolsa de Valores de Sydney registrou um leve aumento. O novo primeiro-ministro da Austrália é Scott Morrison, ex-tesoureiro do partido no poder.

Uma noite de volumes realmente modestos ontem em Wall Street, mas também de movimentos insignificantes. O iDow Jones fechou em queda de 0,3%, o S&P500 caiu 0,2%. NASDAQ -0,1%.

A curva de rendimento dos títulos do governo dos EUA continua achatando, agora a distância entre os dez anos e os dois anos é de apenas 20 pontos base, a menor desde 2007.

O petróleo Brent foi negociado esta manhã a 75,1 dólares o barril, em uma alta de cinco semanas.

Tenaris brilha na Piazza Affari (+1%): Jefferies começou a proteger o estoque com a compra.

O ministro da Energia da Arábia Saudita negou um boato, relatado anteriormente pela Reuters, de que a estatal petrolífera Aramco retirou o processo de IPO. Mas o Financial Times revela que uma linha de crédito de 11 bilhões levantada pelos principais bancos (JP Morgan, Goldman Sachs e Morgan Stanley envolvidos) está pronta para financiar os planos de Mohammed bin Salman mesmo na ausência do IPO.

EUROPA PLANA, MILÃO PERDE 0,44%

As bolsas europeias encerraram uma sessão sem cor, face aos desenvolvimentos nas negociações comerciais entre os EUA e a China. Os dados macro não ajudaram: o PMI industrial da zona do euro está no menor nível em 21 meses, mesmo que as perspectivas econômicas possam ser "salvadas" pela estabilidade do setor de serviços. A confiança do consumidor europeu também caiu. O BCE se alinhou ao Fed e teme o protecionismo, principal ameaça ao crescimento econômico. É o que resulta da ata do Banco Central Europeu, publicada ao início da tarde, relativa à última reunião do Conselho do BCE.

Em Milão, a Bolsa fechou em baixa de 0,44%, a 20.608,51 pontos. Frankfurt está em baixa (-0,16%), Paris está quase estável (-0,02%). Madri -0,13%. Londres também caiu (-0,15%).

CARROS SOB FOGO, MAS A PIRELLI RESGATE

Na Europa, novas quedas para o setor automotivo, já ontem penalizado pela forte queda da Continental -4,29% (após -13% na quarta-feira). Em particular, em Paris Peugeot, Michelin e Renault perderam respectivamente 3,21%, 2,25% e 1,82%, enquanto em Frankfurt principalmente BMW (-1,47%) e Daimler (-1,61%).

Por outro lado, a Pirelli (+1%) reage ao crash causado pelo alerta de lucro da Continental: em nota, a empresa confirmou as estimativas já apresentadas no relatório semestral.

Fiat Chrysler -1%: Il Sole 24 Ore relança hoje a notícia do negócio na Magneti Marelli. John Elkann e Mike Manley seriam propostos a um venda para Kkr por um valor entre 5 e 6 bilhões de dólares (incluindo dívida).

PROPAGA EM ASCENSÃO. O VOO DAS BTPs CONTINUA

Mercado secundário em baixa à tarde. Pese a expectativa dos leilões da próxima semana. O spread do Bund a 10 anos voltou a quase 280 pontos e depois fechou com uma subida de 5 pontos face ao fecho anterior nos 276 pontos. O rendimento de 3,09 anos subiu para 3,05%, de 1,13%. A taxa de dois anos subiu para 1,08%, de 274%. O diferencial com o Bund alemão é de XNUMX pontos base.

Os últimos dados fornecidos pelo Banco da Itália mostram que nos últimos dois meses houve um êxodo de investidores estrangeiros de títulos do governo: -33 bilhões de euros em junho, após -34 bilhões de euros em maio.

No leilão de final de mês, o Tesouro oferecerá CTZs bienais por um valor que varia de um mínimo de 1,25 bilhão a um máximo de 1,75 bilhão.

UNICREDIT, ENTRADA NO EUROSTOXX 50 EM RISCO

O aumento do spread pressionou o setor bancário italiano (índice do setor -1%). A Unicredit pagou o preço (-1,5%). A crise na Turquia e as tensões sobre a dívida italiana também podem desacelerar o esperado retorno do Unicredit ao nobre índice EuroStoxx 50 por ocasião da iminente revisão do índice no final de agosto. A capitalização bolsista ajustada pelo free float caiu abaixo da Socgen, atualmente presente no índice das 50 maiores ações da zona euro, e segundo um estudo da Macquarie, citado pela Bloomberg, isso pode representar um obstáculo intransponível.

Mediobanca (-1,1%) e Banca Generali (-1,8%) também estão sob pressão. O Intesa (-0,4%) colocou uma obrigação sénior a cinco anos no valor de mil milhões de euros a uma taxa igual ao mid-swap mais 188 pontos base, igual a 2,15%. O cupom está em um nível inferior às expectativas iniciais. É a primeira emissão de um banco desde que o governo verde-amarelo assumiu.

Vittorio Malacalza aumenta sua participação no Banca Carige (+1,12%) e, em vista da assembleia de acionistas do final de setembro, lança uma chapa excepcional: Pietro Modiano, deputado de Lucrezia Reichlin, será proposto como presidente, com Fabio Innocenzi como gerente diretor.

TIM NO BAIXO DESDE 2013, FERRAGAMO NO RALLY

Telecom caiu acentuadamente -1,67%, caindo para 0,6004, o preço mais baixo desde 27 de setembro de 2013. Os rumores sobre o destino do CEO Amos Genish estão crescendo.

Entre as notas positivas, destaca-se a Ferragamo +4,7% depois de ter inclusive pontuado +6% na sequência de um importante pedido de compra. O rali desencadeado pela nomeação do CEO Micaele Divelec, ex Gucci, continua. Moncler também sobe +0,89%. Brunello Cucinelli -4%.

10 dias após o colapso da ponte Morandi em Gênova, administrado por sua subsidiária Autostrade per l'Italia (Aspi), o Atlantia fechou em +2,5%. O ministro da Infraestrutura Danilo Toninelli descartou a hipótese de uma intervenção do CDP na capital da Aspi, enquanto o CEO da Cassa Depositi e Prestiti Fabrizio Palermo se limitou a não comentar.

CHUVA DE COMPRAS NA JUVENTUS (+7,3%)

A Juventus está em grande forma, subindo 7,28% com volumes mais que o dobro da média dos últimos 30 dias. Segundo as últimas estimativas, a nova Liga dos Campeões garantiria ao clube da Juventus 58 milhões de euros, mesmo que não vença um único jogo, segundo noticiou a Gazzetta dello Sport.

Entre as small caps, Safilo +3,3%, Juventus +5%.

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