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Fed, taxa de juros zero a zero. BTPs são abocanhados, indústria da UE Sos

O presidente do Fed, Powell, não descarta novas intervenções de liquidez para os EUA, mas nega juros zero

Fed, taxa de juros zero a zero. BTPs são abocanhados, indústria da UE Sos

Taxas negativas? "Sem chance". Novo estímulo monetário? “Eles provavelmente serão necessários”, mesmo que não sejam indolores. Mas todo esforço deve ser feito para evitar que a crise de liquidez das empresas se transforme em crise de solvência. O presidente do Fed, Jerome Powell, não deixou vestígios de otimismo em seu discurso ontem no Peterson Institute: estamos diante, repetiu, do risco de um período prolongado de recessão capaz de causar danos permanentes ao sistema produtivo. As palavras de Powell congelaram Wall Street, também porque coincidem com outros sinais negativos. Entre elas, a ordem de Donald Trump aos principais fundos de pensão de não investirem em ações chinesas, que já provocou reações em Pequim: o yuan está enfraquecendo novamente. Nesse clima, a esperança de uma saída rápida da emergência se esvai.

TÓQUIO (-0,7%) ALIVIA A EMERGÊNCIA

Os mercados de ações asiáticos caíram esta manhã. O Nikkei de Tóquio perde 0,7%: em poucas horas, o primeiro-ministro Shinzo Abe deve anunciar uma flexibilização do estado de emergência, com reabertura parcial das atividades. O Hang Seng de Hong Kong caiu 1,1%, o Shanghai Composite 0,5%, o Kospi de Seul 1,1%.

As reações ontem nos mercados norte-americanos foram bem mais marcantes. O índice Dow Jones (-2,17%) caiu mais de 500 pontos. S&P 500 -1,75%, Nasdaq -1,55%.

TRUMP: “ALARME É MATÉRIA DE ESPECULAÇÃO DE RICO”

A América está cada vez mais dividida entre aqueles que querem reabrir todos os negócios o mais rápido possível – seguindo o exemplo de Elon Musk, que reiniciou a fábrica da Tesla na Califórnia apesar da proibição estadual – e aqueles que confiam no virologista Anthony Fauci.

Trump discordou dos diagnósticos, que ele diz serem muito pessimistas, de Wall Street, que servem para solicitar novos auxílios. “São manobras de ricos que visam ganhar dinheiro com descontos”, tuitou o presidente.

OS FUNDOS INVESTIDOS EM OURO ADIANTAM

A avalanche de cruzeiros continua: a Royal Caribbean (-5%) hipotecou 28 navios contra um empréstimo de 3,3 bilhões.

O petróleo Brent tem alta de 1,3%, para 29,3 dólares, de -2,5% ontem.

Ele contém apenas o ouro. O fundo Gold & General da Blackrock subiu 55,8% no acumulado do ano.

Futuros sinalizam abertura fraca nesta manhã na Europa: Londres -0,6%.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DA UE NO MÍNIMO

O eco do pessimismo de Jerome Powell contribuiu ontem para acentuar a fragilidade das bolsas europeias, na vã procura de pelo menos uma nota de optimismo. Os novos dados sobre a conjuntura económica não ajudam: o Eurostat divulgou dados sobre a produção industrial da zona euro, que mostram uma queda em março de 11,3% mensalmente e 12,9% anual. Esta é a contração mais forte de todos os tempos. A Itália (-28,4%) está com a camisa preta.

COMEÇOU O DECRETO DE RELANÇAMENTO: 484 PÁGINAS, 55 BILHÕES

O Conselho de Ministros finalmente aprovou o decreto de relançamento, um pacote de 55 mil milhões de medidas para combater a recessão através do apoio às famílias e empresas: 25,6 mil milhões serão mobilizados para apoiar os trabalhadores, através do prémio aos independentes e do refinanciamento do Cig. Depois das batalhas na maioria, também foi confirmada a anistia para a regularização dos trabalhadores estrangeiros empregados no setor agroalimentar, bem como dos empregados domésticos e cuidadores. Outros 16 bilhões serão investidos para apoiar empresas de diversas formas. Para todos aqueles com faturamento inferior a 250 milhões, a parcela do Irap de junho será suspensa.

LOCAL DE NEGÓCIOS - 2,14%, COMMERZBANK ASSUSTA FRANKFURT

Bancos e Exor derrubaram Piazza Affari Piazza Affari: -2,14%, para 17.183 pontos base.

Também em Frankfurt (-2,62%) a queda está ligada à tendência do crédito: o Commerzbank, uma empresa estatal, deixa 6,8% no chão após uma perda trimestral inesperada de 295 milhões. O Deutsche Bank, por sua vez, perdeu 3,4% após a notícia de que os principais gerentes do grupo abrirão mão de um mês de salário fixo para tentar cortar custos.

CHIPS AMS SOFREM, STM PERDE 2,8%

A crise também afeta Amsterdã. O Ing também ficou no vermelho pela primeira vez desde 2013 (-5,4%): no trimestre o défice foi de 395 milhões após provisões de 1,1 mil milhões para cobrir o crédito mal parado. A fabricante de chips Ams entra em colapso (-8,16%). Em Milão, Stm caiu 2,8%.

As perdas mais pesadas são de Paris (-2,85%). Ao contrário da Scor: após o rompimento com a Exor, a Covéa pode reabrir o diálogo com a empresa na qual detém 8,4%. Melhor Madrid (-1,9%) e Londres (-1,55%).

BTPS SÃO ROUBADOS NO LEILÃO, SPREAD ABAIXA PARA 231

Fim crescente para o mercado de títulos após a boa resposta aos leilões de médio prazo.

O Tesouro cedeu todos os 9 bilhões oferecidos: a quinta tranche do BTP de três anos com vencimento em junho de 2023 (faixa ofertada de 4 a 4,5 bilhões), rendeu 0,87%, de 0,86% em meados de março; a décima primeira tranche do BTP de 7 anos com vencimento em janeiro de 2027 (faixa ofertada de 2 a 2,5 bilhões), taxa de 1,53%, de 1,37% em meados de março; oitava tranche do BTP de 20 anos em março de 2040 (intervalo oferecido 0,750-1 bilhão), rendimento de 2,49% de 1,97% em meados de março. Por fim, a sexta tranche da BTP off-the-run em março de 2,23 com uma vida residual de 2035 anos, emitida em setembro de 15 (faixa de oferta € 2018-0,750 bilhão) foi colocada a uma taxa de 1%.

O spread entre os títulos italianos e alemães de dez anos diminui para 231 pontos básicos; a alíquota do BTP cai para 1,79%.

EXOR -7%. ELKANN PEDE 175 MILHÕES DE INDENIZAÇÃO

A Exor (-7%) pagou caro pela decisão da Covéa de não honrar o contrato de compra da Partner Re devido à recusa da holding Agnelli em conceder um desconto (aparentemente 2 bilhões) sobre o preço acordado de 9 bilhões. O grupo francês, segundo Les Echos, havia proposto pagar 80% dos 9 bilhões já acordados em dinheiro enquanto o restante seria liquidado em três anos, uma vez verificados os efeitos do coronavírus no mercado. Agora a batalha se volta para a compensação. A Exor exige o pagamento da indenização de 175 milhões prevista no pré-acordo. A Covéa responde que não pagará mais do que os 50 milhões já pagos na época do acordo.

A Mediobanca Securities já reviu o preço-alvo de 86 para 62 euros, mas dado o potencial upside de 32% face ao atual preço de mercado, o rating mantém-se em outperform. Banca Imi também confirmou a compra.

Em forte queda Fiat Chrysler (-2,89%). A queda da Cnh Industrial foi contida (-0,33%). A Ferrari está piorando (-1,47%) depois de romper com Sebastian Vettel.

DIASORIN VOA, TÍTULO DE LÍDER DE 2020

A melhor ação foi a Diasorin, que atingiu o pico de +7,48%, a 172,5 euros, começando a fechar em novos máximos históricos. A empresa de biotecnologia de Saluggia é de longe o maior estoque da Piazza Affari: +89,35% nos últimos 12 meses. Ontem o Canadá também deu luz verde aos testes sorológicos.

Dia ruim para os bancos, também retidos pelos julgamentos das empresas de rating. Acima de tudo, Unicredit recua (-3,85%): a Fitch baixou seu rating de médio prazo para BBB-. A opinião da Fitch vale também para a Intesa Sanpaolo (-1,91%). Sinal negativo também para Ubi (-3,8%) e Bper (-3,33%).

Poste Italiane Negativo (-4,1%).

O DECLÍNIO DA PUBLICIDADE RETRAVE A MEDIASET

A Mediaset também caiu (-2,99%) depois de o relatório trimestral ter fechado com um resultado líquido consolidado de 14,6 milhões de euros face a 36,7 milhões no período homólogo de 2019.

As concessionárias tiveram bom desempenho: A2A +2,15%; Acea +2,5% após confirmação do guidance comunicado em março de 2020, que prevê um aumento do EBITDA entre 6% e 8% em relação a 2019.

RENZO ROSSO (DIESEL) JUNTA-SE À MASI AGRÍCOLA

A queda de Ima continua (-4,6%): Kepler Cheuvreux reduziu a recomendação de espera para reduzir, com o preço-alvo caindo de 48 para 46 euros.

No capital da Masi Agrícola (+2,9%), líder na produção de Amarone, Renzo Rosso, industrial dono do grupo Diesel, aparece com 5% de participação.

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