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Eurovision, quanto custa organizá-lo? 4 cidades italianas para 2022

A vitória de Maneskin no Eurovision traz o evento de volta à Itália depois de mais de três décadas – Nosso país o organizará em 2022 – Quanto custa e qual é o potencial? – O Totocittà já começou

Eurovision, quanto custa organizá-lo? 4 cidades italianas para 2022

Maneskin venceu o Festival Eurovisão da Canção 2021, trazendo de volta à Itália uma vitória que faltava há 31 anos. Um sucesso histórico para o nosso país graças ao grupo de rock romano que conquistou Sanremo em março com a performance de "Shut up and Good" e que com a atuação na final em Rotterdam conseguiu convencer o júri e o público. A notícia deu a volta ao mundo e, deixando de lado as tão infundadas quanto difamatórias acusações contra o cantor da banda, trouxe a música italiana de volta ao topo do mundo. 

A vitória do Maneskin traz ainda outro resultado importante: em 2022 a Itália organizará o festival da música internacional que todos os anos, para a final, prega em frente à TV uma média de 200 milhões de espectadores. Um evento ao vivo de alcance global que vai prestigiar o país e para organizar que terá de começar com bastante antecedência.

EUROVISÃO: QUANTO CUSTA PARA ORGANIZÁ-LA?

Mas quanto custa organizar o Eurovision? Por dois dias esta questão tem circulado por toda parte. E então podemos responder que não existe um valor fixo, mas para entender o que nos espera no próximo ano podemos fazer duas comparações: uma com o Festival de Sanremo, o outro com os custos que outros estados arcaram nos últimos anos.

Vamos começar com Sanremo 2021. Entre maestros, convidados, cenografia, convenção anual a ser paga ao Município de Sanremo e assim por diante, o custo total de Sanremo 2021 foi igual a 17,4 milhões. Um valor elevado, mas decididamente bem gasto, visto que nos últimos anos as receitas diretas e indiretas produzidas pelo festival sempre superaram os custos. Este ano, por exemplo, sozinho 38 milhões de euros vieram de publicidade, 1 milhão a mais que em 2020. Um resultado que chegou apesar da emergência do Covid-19 sobrecarregar a organização e tornou possível graças a um público tradicionalmente muito alto: segundo elaboração do Studio Frasi sobre dados da Auditel, o público médio situou-se em 8.433.199 com uma participação de 47,72 por cento.

Vamos passar para as últimas edições do Eurovision. Para organizar a edição de 2021 em Rotterdam, a Holanda tinha orçado uma despesa de 26,5 milhões de euros. A este valor, porém, devemos acrescentar os custos de 6,7 milhões decorrentes do cancelamento do Festival Eurovisão da Canção 2020, ignorado devido à pandemia de Covid-19. Nos últimos dez anos, foi lá que se gastou o maior valor'Azerbaijão, que em 2012 pagou 51 milhões de euros pelo festival, 9 milhões por eventos colaterais e até 100 milhões pela construção do Baku Crystal Hall. Muito mais barato, em vez disso, o Eurovision organizado no ano seguinte por Suéciacustou um total de 15 milhões de euros. Fazendo a média das várias edições, podemos dizer que os custos totais de viagem em média cerca de 20-25 milhões de euros. 

RECEITAS INCRÍVEIS

Como referido, Rai conseguiu arrecadar 38 milhões de euros em publicidade, graças a uma audiência de 8,4 milhões de telespectadores. A noite final do Eurovision nos últimos anos foi vista por 200 milhões de pessoas, cerca de 25 vezes mais. As receitas potenciais decorrentes das receitas publicitárias são, portanto, enormes. E a estes devemos acrescentar o volume de negócios dos bilhetes, as repercussões a nível turístico e de imagem para a cidade organizadora e para todo o país. Se bem organizado, portanto, os lucros podem ser muito grandes. 

EUROVISÃO 2022: 4 CIDADES ITALIANAS NA CORRIDA

Diante de números dessa magnitude, fica fácil entender como toda cidade está disposta a falsificar documentos para vencer o certame. A vitória do Maneskin significa que nosso país tem o ônus de sediar o Eurovision em 2022 e 48 horas antes do final do festival o "totocittà" já começou. 

Até à data, a Itália acolheu duas edições da Eurovisão, a de 65 organizada em Nápoles e a de 91 realizada em Roma.

Parece haver 4 cidades na pole position para organizar a próxima edição: Milão, Roma, Turim e Bolonha. 

Aliás, lembramos que pesarão na escolha as ligações que a cidade é capaz de garantir, a capacidade de alojamento do local que será chamado a acolher milhares de turistas, mas também a presença de uma estrutura suficientemente ampla (no menos 10 lugares) para acomodar delegações e espectadores. A batalha entre as cidades já começou, mas no momento ainda estamos todos "Cala a boca e bem" por um tempo. 

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