No entanto, A marca do New York Times é uma das mais fortes e respeitadas do mundo e o salário não é ruim: no ano passado, Robinson ganhou mais de 5 milhões de dólares. As receitas da empresa são sempre consideráveis e atingiu 2,3 bilhões de dólares em 2011. O local de trabalho fica na Oitava Avenida, no centro da cidade; mais importante do mundo para quem trabalha na mídia. Em suma, deveria haver uma competição vistosa para agarrar o cargo, mas quase dois meses não foram suficientes para identificar um sucessor.
O New York Times não está enfrentando essas dificuldades sozinho: a Associated Press não consegue substituir o CEO Tom Curley, e a Dow Jones está procurando um diretor há algum tempo. Quase parece que os cargos de responsabilidade no setor editorial já não são tão cobiçados, mesmo ao mais alto nível. Em suma, os riscos são muitos e as chances de sucesso diminutas. Examinando as demonstrações financeiras do New York Times (e inúmeros outros jornais) na última década, fica claro que o antigo modelo de negócios está em apuros e ainda não há um novo para substituí-lo. Os próximos dois ou três anos serão decisivos e nunca antes será necessário escolher os homens certos.
Mas fazer o quê? Ser muito orientado para o futuro corre o risco de prejudicar o valor central da empresa, aquele que ainda produz renda. Olhar muito para o passado significa apenas prolongar uma longa agonia sem chance de recuperação. Enquanto isso, as cópias vendidas estão diminuindo e a publicidade impressa está diminuindo a uma taxa de 40 milhões de dólares por ano. Mas algum gerente corajoso precisará inventar algo em breve. O New York Times, apesar de toda a sua arrogância, ainda é um dos baluartes da sociedade americana, uma das poucas instituições capazes de fazer os homens de Washington mudarem a agenda política. É impossível pensar em ficar sem ele ou apenas testemunhar seu declínio doloroso.