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Tóquio é a cidade mais cara do mundo para estrangeiros. Milão 38, Roma 42

Segundo o Inquérito Mundial sobre o Custo de Vida 2012 compilado pelo estudo Mercer, a capital do Japão ultrapassou Luanda (Angola), rainha de 2011 - O ranking tem em conta as despesas dos expatriados, pelo que a dinâmica cambial tem um forte peso por que a Europa, com a crise do euro, custa cada vez menos, enquanto a África e a Oceania sobem.

Tóquio é a cidade mais cara do mundo para estrangeiros. Milão 38, Roma 42

Felizmente está do outro lado do planeta, mas nestes tempos de crise, nem caia na tentação. Em Tóquio, de fato, um café custa o equivalente a 8,15 dólares, e o aluguel mensal de um apartamento de três quartos faria inveja a uma cobertura no centro de Roma: 5 dólares por mês, não negociáveis.

Isso é o que emerge Pesquisa Mundial de Custo de Vida 2012 elaborado pelo estúdio Mercer, que todos os anos cria um ranking das cidades mais caras do mundo para estrangeiros. E assim a metrópole japonesa destronou assim a capital de Angola, Luanda, rainha do ranking em 2011. Em defesa parcial dos japoneses, porém, é preciso dizer que a avaliação de Mercer é feita tomando como cidade de referência em Nova York, tendo assim em conta a evolução das moedas locais face ao dólar. A valorização significativa do iene em relação ao dólar certamente também contribuiu para o terceiro lugar de Osaka, que anteriormente era o sexto, e a entrada no top ten de Nagoya.

Ao contrário, a grande incerteza do euro beneficiou, por assim dizer, a imagem e a acessibilidade de muitas cidades europeias, notoriamente caro: Londres, por exemplo, caiu da 18ª para a 25ª posição, ultrapassada por Pequim, enquanto Paris é apenas 37º, logo à frente de Milão (que perde 13 posições), e Roma que cai do 34º para o 42º lugar. A própria Nova York, aliás, caiu uma posição da 32ª para a 33ª colocação.

As cidades europeias mais caras são Moscou, Genebra e Zurique, respectivamente em quarto, quinto e sexto lugar no ranking, que leva em consideração os gastos com transporte, alimentação, hospedagem, vestuário, entretenimento e as principais despesas incorridas, todos calibrados com base na moeda e nos parâmetros econômicos de uma empresa que deseja expatriar um de seus funcionários.

Segundo esse critério, portanto, além das cidades japonesas, também subiram as da América do Norte (já que o dólar valorizou-se frente a um grande número de outras moedas mundiais), enquanto a maior presença no top 50 pertence ao continente africano: do segundo lugar em Luanda ao 50º em Dakar, estão representadas 12 cidades. A Ásia também avança, confirmando Hong Kong e Cingapura entre os dez primeiros e trazendo Xangai e Pequim para o 16º e 17º lugares. Mas o maior salto, justamente em virtude da grande valorização monetária, foi dado pela Austrália e Nova Zelândia. Sydney é agora décimo primeiro, Melbourne décimo quinto, e Perth (de 30º para 19º), Canberra, Adelaide e Brisbane também subiram, todos os seis no top 30. Sem falar na ilha dos kiwis: Auckland e Wellington subiram 62 lugares (o maior salto), terminando em 56º e 74º, respectivamente.

Os resultados da América do Sul são contrastantes. As mais caras estão confirmadas como São Paulo e Rio de Janeiro (números 12 e 13), mas são menos do que no ano passado, enquanto Caracas disparou da 51ª para a 29ª, ultrapassando Brasília, que ficou bem mais barata (apenas 45ª, contra 33ª em 2011). O maior salto foi dado pela capital da Argentina, Buenos Aires, com a inflação disparando para elevar a cidade da 159ª para a 121ª posição.

E o lugar mais barato do planeta para imigrantes? E' Karachi, a cidade mais populosa do Paquistão (mais de 12 milhões de habitantes), que ocupa a 214ª e última posição entre os centros analisados.

Leia o site de Mercer

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