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Desemprego juvenil, culpa dos jovens. Empresas ofereceram mais de 45 assentos

O desemprego juvenil é galopante (nos primeiros nove meses de 2011 menos 80 postos de trabalho na faixa etária dos 18 aos 30 anos) mas um quadro paradoxal emerge dos dados do CGIA de Mestre: em 2011, as empresas teriam oferecido mais de 45 postos de trabalho a essa mão-de-obra reservatório. No entanto, nenhum deles atendeu aos critérios procurados.

Desemprego juvenil, culpa dos jovens. Empresas ofereceram mais de 45 assentos

Os jovens não encontram trabalho? Há quem vire a omelete e os culpe. De acordo com uma análise da Cgia do Mestre, em 2011 as empresas procuravam 45.250 jovens, mas não encontraram ninguém que cumprisse os seus critérios. Os motivos incluídos são a falta de resposta às propagandas (47,6%) ou o preparo insuficiente verificado durante a entrevista (52,4%). Os dados, retirados do Ministério do Trabalho, mostram que os setores em que houve maiores dificuldades para encontrar trabalhadores jovens foram: empenhado (cerca de 5.000 empregos difíceis de encontrar); garçons (2.300 lugares); cabeleireiros/esteticistas (mais de 1.800 lugares); informática e telemática (1.400 lugares); contadores (1.270 lugares); eletricistas (1.250); mecânica de automóveis (aqui 1.250 lugares); técnicos de vendas (1.100 lugares); encanadores e montadores de tubos e bartenders (cerca de 1.000 lugares).

Quando o relatório de recrutamento de 2011 for divulgado nos próximos meses, esta notícia será confirmada, o que soa paradoxal num contexto de crise em que o desemprego juvenil atinge os 30%. Certamente precisamos "reavaliar, também do ponto de vista social, o trabalho braçal e as atividades empreendedoras que oferecem essas oportunidades", como sublinhado pelo governador de Veneto Giuseppe Bortolussi. E talvez devêssemos repensar um sistema universitário que oferece diplomas que não preparam adequadamente os alunos, enchendo-os de falsas esperanças.


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