comparatilhe

Derby della Mole – Turim-Juventus: granada de salvação, bianconeri perto do título

Um cruzamento mais do que nunca cheio de significados e tensões o do clássico de Turim: os granata jogam em casa e ainda buscam pontos decisivos para a salvação, mas acima de tudo querem parar os odiados primos negros e brancos, que no caso O Napoli não vence em Pescara, ao vencer comemoraria antecipadamente o 29º campeonato.

Derby della Mole – Turim-Juventus: granada de salvação, bianconeri perto do título

A primeira vez é sempre uma incógnita, e por isso consegue despertar curiosidade e medo ao mesmo tempo. O mesmo vale para este dérbi de Turim, que se sobrepõe a circunstâncias completamente novas. No domingo, no Stadio Olimpico (o antigo Comunale, até o local evoca romance), Toro e Juve jogam suas respectivas temporadas. Com sucesso, as granadas poderiam alcançar a salvação, os bianconeri o scudetto. Os gols também estão atrelados aos resultados dos respectivos rivais, principalmente no que diz respeito à Velha Senhora, cujo título depende do Napoli, engajado hoje no campo do Pescara. Se os Azzurri arrebatassem os três pontos, a festa seria adiada, independentemente do resultado do dérbi. É o que esperam os dirigentes da Prefeitura e da Lega Calcio (mas ninguém jamais o admitirá publicamente), apavorados com as contraindicações de ordem pública que um campeonato da Juventus poderia ter no estádio granada. No entanto, os torcedores não pensam assim: os jogadores da Juventus (especialmente os de Turim) chegariam ao paraíso dos sentidos ao comemorar o título diante de seus primos mais infelizes. O que, por sua vez, veria um dos maiores pesadelos de todos os tempos se concretizar, desde que a festa não seja arruinada. Aí sim, a tarde do Toro se tornaria memorável, daquelas para serem lembradas nos livros de história (do futebol). Discursos que um tanto deixam o tempo que encontram (se não ganharem a Juve amanhã só vão adiar a festa, e até a salvação das granadas agora parece ter sido feita), mas por outro lado os dérbi são partidas à parte, e não é um lugar comum.

Nos bares da cidade não se fala de outra coisa, e o duplo risco (ganhar para gozar, ou perder e afundar na vergonha) toma conta das duas margens do Pó. Ver a pré-venda é acreditar: está quase esgotada (só alguns restam centenas de ingressos), com o Torino que poderia comemorar o recorde de público (e bilheteria) no Olímpico. Nos últimos dias espalhou-se o boato de que foram sobretudo os torcedores da Juventus que compraram os ingressos, mas da casa do Toro eles fazem saber (com uma pitada de orgulho) que 80% do estádio será granada. Um calor fundamental para tentar o que seria uma façanha para todos os efeitos. Os líderes são sem dúvida a equipa mais forte do campeonato, vivem um momento de forma extraordinário (estamos com 6 vitórias consecutivas), e também não parecem temer tanto o efeito derby. Por outro lado, os números falam por si: o Toro não vence um dérbi desde o já longínquo 9 de abril de 1995 (1-2 na Juve, dois golos de Rizzitelli). Desde então, também graças à Série B, as equipes se enfrentaram 13 vezes, com 9 vitórias alvinegras e 4 empates. A Juventus vem então de 3 vitórias consecutivas, a última no Estádio em dezembro passado, um seco 3-0 que não permitiu respostas. O lendário "coração Toro" (aquele da reviravolta por 3-2 em março de 1983, mas também do 3-3 em 2001, completo com um pênalti falhado por Salas aos 90 minutos) parece ter perdido o rumo. Ele será capaz de se encontrar no derby dos veredictos?

Comente