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Crise do governo, aqui estão todos os cenários possíveis

Não é certo que seja o governo Conte que levará a Itália às eleições: o presidente Mattarella pode apostar em um governo de garantia. Enquanto isso, Salvini apresenta a moção de censura a Conte. Líder do grupo no Senado às 16h desta segunda-feira. As datas de votação e as hipóteses de campo.

Crise do governo, aqui estão todos os cenários possíveis

Assim que o governo Legastellato for desligado, o que acontecerá agora? Liga de Matteo Salvini pressiona para ir à votação imediatamente e já apresentou a moção de desconfiança ao primeiro-ministro Conte: nos planos de Carroccio, sem governos litorâneos e sem governos técnicos. O Movimento 5 Estrelas, que está no auge das pesquisas, tentará, ao contrário, arrastá-lo, para aprovar algumas medidas consideradas cruciais, como a redução do número de parlamentares, talvez buscando o lado do Partido Democrata.

O Partido Democrata, por sua vez, não contempla a hipótese da muleta por enquanto e se declara pronto para votar, assim como Forza Italia e Fratelli d'Italia. Como disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte, no entanto, não cabe ao Ministro do Interior decidir quando e como a crise ocorrerá, que entretanto passará pelas vias parlamentares, passando a ser gerida pelo Presidente da República Sergio Mattarella. Começa na segunda-feira às 16 no Palazzo Madama, onde o presidente do Senado Casellati convocou a conferência dos líderes do grupo. Aqui estão as várias fases previstas e o que pode acontecer.

PARLAMENTO

Salvini exigiu que o primeiro-ministro Conte imediatamente apresentasse sua renúncia nas mãos de Mattarella. Mas Conte, após a entrevista da tarde de quinta-feira no Quirinale, esclareceu que se apresentará no Parlamento e, segundo algumas fontes, conseguiu uma reabertura extraordinária da Câmara e do Senado nos próximos dias. Presumivelmente depois de meados de agosto, considerando os tempos técnicos. O governo Conte vai, portanto, submeter-se a um voto de confiança: a Liga já apresentou a moção de censura, que será votada até 20 de agosto.

CONSULTAS: GOVERNO CONTE (OU FICO) OU GOVERNO GARANTIA

Realisticamente, como não há coalizões alternativas, o presidente Mattarella terá apenas que demitir o Parlamento e convocar novas eleições. Mas quando? Quanto mais a data se afasta, mais ganha força a hipótese de um executivo de garantia eleitoral, que não pode ser qualificado como técnico e sem representantes partidários, com a missão única de fixar o voto. Algo semelhante ao ocorrido em 2018 com Cottarelli, que deveria buscar apoio parlamentar (o que Cottarelli não conseguiu). Naturalmente, o terceiro resultado possível das consultas é a dissolução das Câmaras, e até agora parece ser o mais provável.

ELEIÇÕES: A DATA MAIS PROVÁVEL SERIA 27 DE OUTUBRO

Em caso de dissolução imediata das Câmaras, fica aqui o voto. Duas datas possíveis, dada a manobra iminente: 20 e 27 de outubro. Esta última é a hipótese mais concreta: as Câmaras são de fato dissolvidas entre 70 e 45 dias antes das consultas. A orientação, para permitir o voto dos italianos no exterior, é de 60 dias. Em suma, para garantir o retorno às urnas em 20 de outubro, os debates em sala de aula sobre a desconfiança em Conte devem ocorrer antes de 20 de agosto e concluir as fases subsequentes (consultas, eventuais mandatos exploratórios) até 27 de agosto. A solução das urnas abertas em 3 de outubro daria a Mattarella mais sete dias. Menos provável, um adiamento para o primeiro domingo de novembro, XNUMX.

NOVO GOVERNO

O momento da formação de um novo executivo dependerá obviamente do resultado eleitoral. Se as pesquisas derem uma certa maioria a uma força política ou a uma coalizão (como espera Salvini, apoiado por pesquisas que dão a seu partido mais de 35%) o próximo governo poderá se formar dentro de algumas semanas, mesmo em novembro, caso contrário o início da atividade do novo executivo – considerando também os tempos de juramento e confiança nas Câmaras – poderá ser adiado para o início de 2020. Conte, em 2018, foi empossado 88 dias após as eleições. Letta, em 2013, o fez 62 dias após as eleições.

LEI ORÇAMENTÁRIA

A grande questão que paira sobre as próximas manobras é a caducidade da manobra financeira. Antes do final de setembro, de fato, o governo deveria, em tese, apresentar a Nota de Atualização do Def, enquanto o documento orçamental deve ser apresentado à Comissão da UE até 15 de outubro e no dia 20 de outubro (na verdade 21, segunda-feira) a lei orçamentária é aguardada nas Câmaras, que devem aprová-la até 31 de dezembro. A UE poderia conceder uma derrogação, justificada justamente pela crise do governo. Mas a preparação dos documentos financeiros, nos prazos referidos, caberia em todo o caso ao Governo cessante, a cargo dos assuntos ordinários. Em que clima, em plena campanha eleitoral, você realizaria essa tarefa?

LEI ELEITORAL

Uma pequena dúvida também pode surgir sobre os métodos de votação, caso – difícil, mas não tão improvável – a maioria grillina consiga aprovar de forma limpa a lei sobre a redução do número de parlamentares (345 a menos): em que caso iríamos votar para eleger 230 deputados e 115 senadores a menos, com todas as consequências do caso nas listas e círculos eleitorais. A votação daquele dispositivo está marcada para 9 de setembro, portanto fora do prazo caso as Câmaras fossem dissolvidas, mas com uma artimanha o 5 Estrelas poderia antecipá-la, através de um pedido de agendamento urgente.

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