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CONGRESSO ASSIOM-FOREX: Visco: “PIB de 2015 acima de 0,5% e luz verde para bancos ruins e reforma Popolari”

Segundo o governador do Banco da Itália, Ignazio Visco, falando no congresso Assiom-Forex, o crescimento do PIB italiano será superior a 2015% em 0,5 e chegará a 1,5% em 2016 – sinal verde para o mau banco fornecido não é a ajuda do Estado e a reforma dos bancos cooperativos que corresponde à necessidade expressa há algum tempo pelo Banco da Itália

CONGRESSO ASSIOM-FOREX: Visco: “PIB de 2015 acima de 0,5% e luz verde para bancos ruins e reforma Popolari”

Aprovação da reforma dos bancos cooperativos, abertura ao banco Bad desde que não seja ajuda estatal e confiança no crescimento com novas estimativas revistas em alta graças ao contributo do Quantitative easing do BCE. Estes são os principais pontos do discurso do governador do Banco da Itália Ignazio Visco em seu habitual discurso anual na Assiom Forex (atualmente em sua 21ª edição em Milão).

BANCOS POPULARES, ADAPTAÇÃO NÃO SIGNIFICA SUCESSO AOS ESTRANGEIROS - Visco defendeu a posição expressa pelo ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, sobre a reforma dos bancos cooperativos, destacando que "responde a necessidades que já vinham sendo sinalizadas há algum tempo - por nós, por pelo Fundo Monetário Internacional e pela Comissão Europeia e agora tornada mais premente pela transição para o sistema único de supervisão". Adaptar-se ao novo quadro internacional – explicou Visco – não significa sucumbir a um capital estrangeiro não identificado”. Visco manifesta assim o seu consentimento à reforma, sublinhando que a adaptação ao quadro internacional significa “aumentar a capacidade produtiva, organizativa e de capital num contexto mais amplo que o nacional”.

SIM A UM BANCO MAU QUE NÃO É AJUDA DO ESTADO – Uma passagem importante do discurso de Visco então dizia respeito à possível constituição de um banco mau, hipótese que já se discute há algum tempo com vista a libertar o sistema bancário italiano do peso da inadimplência que impede a liberação de recursos para o desembolso de novos empréstimos. “O desinvestimento do crédito malparado – disse Visco – é crucial para permitir que os bancos encontrem recursos para alocar no financiamento da economia real”. Assim, Visco abriu a hipótese de uma intervenção direta do Estado para fazer face à deterioração dos créditos induzida pela severidade e duração da recessão, bem como pela necessidade de garantir fluxos de financiamento adequados à economia. No entanto, Visco precisou ao mesmo tempo que uma intervenção deve ser realizada "não para remediar a assunção de riscos excessivos por bancos individuais" e que deve ocorrer "no âmbito de um esquema que, em conformidade com as regras europeias de concorrência, preveja pela plena participação dos bancos nos custos da operação e uma adequada remuneração dos apoios públicos”. Em seguida, deveriam ser implementadas as "desenvolvimentos fiscais adequados" ou a "concessão de garantias públicas sobre os activos decorrentes da alienação de crédito malparado", o que criaria "condições mais favoráveis ​​para o desenvolvimento de um mercado privado de crédito malparado .

REFORMAS NA DIREÇÃO CERTA DO QE PARA O CRESCIMENTO – O apoio ao trabalho de Matteo Renzi também chegou de Visco, cujas reformas “vão na direção certa”. As novas estimativas do Banco da Itália prevêem um crescimento de mais de 0,5% em 2015 e 1,5% em 2016, em comparação com as previsões anteriores de +0,4% e +1,2% (Boletim Econômico). Um impulso ao crescimento, estimado de forma conservadora, que vem do Qe do BCE, que terá um efeito de um ponto percentual no período de dois anos. Sobre o Qe do BCE, porém, Visco quis esclarecer que "uma plena partilha de riscos teria sido mais coerente com a unidade da política monetária", acrescentando que "a decisão de deixar os balanços dos BCN individuais bancos) os riscos associados a possíveis perdas nos títulos públicos por eles adquiridos leva em conta a preocupação, presente no Conselho do BCE, de que no atual arranjo institucional da área esta ação de política monetária possa levar a transferências de recursos entre países não aprovados por legitimados a fazê-lo". Ao mesmo tempo, o número um da Via Nazionale lembrou que “a compra de títulos públicos não torna menos necessárias, nem menos prováveis, as reformas destinadas a aumentar o potencial de crescimento dos países da área. Ao contrário, pode favorecê-los, com a melhora e menor incerteza das perspectivas macroeconômicas”.

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