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Campeões: Juve conquista Moscou e ganha passe, Atalanta para o City

Depois de um jogo sem cor, feito de Douglas Costa dá vitória à Juve aos 92 minutos, hipotecando assim a passagem aos oitavos-de-final a dois jogos do fim – Atalanta marca um golo histórico ao City e empata o primeiro 1-1

Campeões: Juve conquista Moscou e ganha passe, Atalanta para o City

Juve voa para as oitavas de final, Atalanta ainda pode ter esperança. Uma quarta-feira festiva para o futebol italiano depois das desilusões da véspera, com os bianconeri a vencerem em Moscovo e assim apurados a duas jornadas do fim e os de Bérgamo a conseguirem travar o Manchester City, mantendo-se assim na corrida a uma passagem que seria realmente de o sensacional. Mérito de Douglas Costa de um lado e… o 3 a 3 entre Dinamo Zagreb e Shakhtar de outro, fatores que permitem sorrir a Sarri e Gasperini, ainda que por motivos diferentes.

Até o minuto 93 não havia sido uma noite feliz para o Juventus, atolado em 1-1 em Moscou depois de uma exibição que não foi nada brilhante, em linha com as últimas do campeonato. Mas então Douglas Costa assumiu a cadeira, substituindo Khedira aos 70 minutos e capaz de uma jogada simplesmente fantástica, com a ajuda de Higuain, para o gol que congelou o Lokomotiv e deu o passe para a sua equipe para as oitavas de final.

“Acho que alguém com as qualidades dele pode jogar em qualquer posição, mesmo que ainda não tenha recuperado 100% da condição física – elogiou Sarri. – Não foi uma das nossas melhores atuações, desistimos em alguns contra-ataques, mas depois mostramos que queríamos vencer a todo custo e conseguimos com essa grande jogada. Mas agora chega de falar em "resultistas" ou "jogadores de jogo": isso é besteira, no final é quem ganha que jogou bem...".

O debate sai da hora que encontra graças ao resultado, mas sem o número de Douglas estaria muito mais quente. Aliás, a Juventus voltou a mostrar um jogo demasiado lento e previsível, em que as iniciativas pessoais dos indivíduos fazem a diferença, mais do que os esquemas, ao mesmo tempo que concede oportunidades a mais aos adversários. Em suma, estamos longe daquele "sarrismo" que até foi parar nos dicionários, mas entretanto as vitórias vão chegando e isso, no fundo, é o mais importante.

O jogo em Moscovo começou logo de cara graças a um golo de Guilherme, que aos 4 minutos deixou escapar um livre de Ronaldo e rematou à baliza de Ramsey. Tudo parecia ir por água abaixo mas o Lokomotiv, tal como na primeira mão, mostrou que não estava na Liga dos Campeões por acaso, primeiro empatando com o Miranchuk (12’), depois chegando perto do 2-1 com o mesmo avançado , desta vez com um cabeçalho. Além de algumas jogadas de Higuain, os bianconeri não conseguiram mais se tornar perigosos apesar da posse de bola contínua, inclusive arriscaram insultos quando o ex-jogador do Inter João Mário chutou com chute certeiro, mas encontrou a defesa na linha de Bonucci (78').

Tudo sugeria um empate, mas depois Douglas Costa decidiu descartar meia do Lokomotiv e a Juve encontrou o 2-1 com qualificação embutida. No entanto, Ronaldo não esteve presente para festejar o golo do brasileiro, substituído por Sarri aos 81 minutos e nada contente por ter saído, como se pode constatar pelas imagens televisivas.

“Ele estava bravo porque não estava se sentindo bem, está com um pequeno problema no joelho há alguns dias e o adutor está afetado – explicou, porém, o técnico. – Já no final do primeiro tempo ele estava nervoso porque o adutor estava lhe causando problemas. Quando ele acelerou ele fez um movimento que eu não gostei, fiquei com medo dele se machucar e troquei”.

Em suma, nenhum caso, pelo menos oficialmente. Melhor focar na classificação e em um primeiro lugar cada vez mais próximo: a derrota para o Atlético de Madrid em Leverkusen, de fato, permitirá aos bianconeri terminar na liderança já na partida direta da próxima rodada.

Não vai ser tão simples embora Atalanta, mas o fato de falarmos sobre isso já é um sucesso. Os jogadores do Bergamo, até ontem em zero, conquistaram o primeiro ponto contra o Manchester City, pararam em 1 a 1 e colocaram as cordas na corda bamba durante boa parte do segundo tempo. Um resultado que até deixa um gosto amargo na boca, porque se é verdade que os ingleses poderiam ter ido bem além do golo de Sterling nos primeiros 45' (7', Gabriel Jesus falhou uma grande penalidade aos 43 minutos), também é que a final tinha começado da melhor forma possível, com a equipa de Guardiola em 10 a XNUMX pela expulsão do guarda-redes Bravo e sem alterações, pelo que Walker, lateral de profissão, acabou por ficar entre os postes.

O City tremeu mas a experiência em perder tempo e manusear a bola fez a diferença, deixando aos bérgamonos a única alegria do golo de Pasalic (49'), bem como do 3-3 em Zagreb. Uma igualdade, aquela entre Dínamo e Shakhtar, que ainda deixa alguma esperança não só para o terceiro lugar, mas até para o segundo.

“É uma pena porque na final havia condições de vencer o City com 10 jogadores e um jogador no gol, mas jogamos muito pouco e nosso despreparo apareceu um pouco – comentou Gasperini. – O grupo está equilibrado, temos chances tanto para a Liga dos Campeões quanto para a Liga Europa. Gostaria de continuar, mas não podemos errar mais, o importante é que ainda estamos vivos”. Para concretizar o sonho, seriam necessárias duas vitórias com Dínamo e Shakhtar, além de um City invicto contra ucranianos e croatas: uma missão difícil, extremamente difícil, afinal era deter Guardiola. É por isso que, no fundo, Bergamo começa a acreditar nisso seriamente.

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