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Campeões: Roma-Real Madrid, noite de paixão no Olímpico

Noite especial no Olímpico para o grande jogo da Liga dos Campeões entre a Roma, regenerada por Spalletti, e o novo Real Madrid de Zidane – Dzeko ou El Shaarawy como falsos nueve à frente do ataque da Roma.

Campeões: Roma-Real Madrid, noite de paixão no Olímpico

Empresa sim, milagre não. A Roma é apresentada ao jogo contra o Real Madrid como azarão, mas não sem a chance de se classificar. Pelo menos é o que repetiu várias vezes Luciano Spalletti, o verdadeiro arquiteto do renascimento Giallorossi após o outono negro da gestão Garcia.

“Gostamos de fazer surpresas, jogamos para dar impulsos fortes – explicou ontem na conferência de imprensa. – Estamos no caminho certo e não me admiraria lutar até ao último minuto da segunda mão para disputar o apuramento, mesmo que fôssemos nós a passar”.

Verdadeira confiança ou fachada? A dúvida é no mínimo legítima, principalmente se considerarmos os precedentes de Roma. No passado dia 23 de novembro, por exemplo, na véspera do jogo com o Barcelona, ​​Garcia fez declarações mais ou menos semelhantes e depois as coisas não correram muito bem.

Mas o 6-1 no Camp Nou faz parte de outra era, pelo menos olhando para os últimos resultados dos Giallorossi. As 4 vitórias consecutivas conquistadas no campeonato colocaram a classificação e a moral em ordem, bem como uma situação ambiental que voltou ao normal após meses de "alerta vermelho".

De fato, esta noite o Olímpico viverá mais uma vez uma noite de paixão, como demonstram os mais de 50 ingressos vendidos na pré-venda. Claro, alguns virão para ver CR7 e seus associados, mas a maioria estará lá porque acredita na empresa e Spalletti deve ser agradecido acima de tudo por isso.

“O crédito vai para a equipe porque certos resultados só vêm com a presença de um trabalho sério – encobriu o treinador. – Estou muito confiante, tenho visto os meninos treinarem bem e crescerem dia após dia. Estamos prontos para jogar esta partida com o melhor de nossas forças”.

Nenhum espanto do Real Madrid, talvez também em virtude de um precedente que ainda faz sorrir os amarelos e vermelhos. Em 5 de março de 2008, na segunda mão das oitavas de final, a Roma conquistou o Bernabéu com um sensacional 1 a 2 e se classificou para as quartas de final.

Desde então praticamente tudo mudou (Taddei e Vucinic marcaram) incluindo o papel de Totti, na altura titular permanente e agora suplente regular, exceto por uma coisa: a presença de Spalletti.

“Mas também sofri derrotas importantes (ele estava lá na vitória por 7 a 1 em Manchester 2007, ed) mas não vamos pensar nessas coisas – explicou o técnico. – Temos de colocar todas as nossas qualidades em jogo e estou convicto de que nos sairemos bem”.

Pela frente, porém, estará um Real Madrid em grande forma, como comprovam as 5 vitórias e 1 empate conquistados por Zidane durante a sua gestão. Zizou teve o grande mérito de devolver a serenidade a um balneário dilacerado por Benítez, detalhe a particular visto que, com o clima certo, as estrelas voltam a ser as estrelas.

“A Liga dos Campeões é sempre especial para nós, temos a pressão certa para jogar o nosso melhor – confirmou o treinador. – Estamos preparados para enfrentar a Roma, fisicamente estamos bem e vamos dar tudo para seguir em frente”.

Declarações importantes, apesar de muitas ausências: Bale e Pepe, de fato, permaneceram em Madri e até mesmo Marcelo, apesar da convocação, certamente não está no seu melhor. Mas Zidane ainda poderá colocar em campo um esquadrão respeitável: seu 4-3-3 terá Keylor Navas no gol, Carvajal, Varane, Ramos e Marcelo (ainda favorito sobre Danilo) na defesa, Isco, Modric e Kroos no meio-campo, James Rodriguez, Benzema e Cristiano Ronaldo no ataque.

Spalletti, que recuperou De Rossi e Totti in extremis, parece determinado a responder com a formação 4-2-3-1 que o tornou famoso durante seu primeiro reinado amarelo e vermelho. Na defesa, à frente da baliza de Szczesny, actuarão Florenzi, Manolas, Rudiger e Digne, Pjanic e De Rossi no meio-campo, Salah, Nainggolan e Perotti na linha da frente, Dzeko no ataque, ainda que a hipótese de El Shaarawy como um "falso nueve “permanece vivo”.

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