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As superestrelas do BTP e o rali do mercado de ações infectam Wall Street e a Ásia

Btp em recorde e spread abaixo de 170 enquanto todas as bolsas estão em alta – La Lagarde, próximo presidente do BCE, abre para Eurobonds – Cuidado com Brexit e Argentina

Quando a incerteza cresce, o dinheiro se refugia em portos seguros. A regra é confirmada pelo forte aumento dos fluxos de compra de títulos e ações dos EUA: 64 bilhões de dólares em junho, último dado disponível, o maior em 14 meses. A julgar pela tendência dos índices americanos, não é difícil entender que a maior parte do capital acabou em títulos T de dez anos, que esta manhã, apesar de uma ligeira recuperação dos mínimos, ainda estão sendo negociados bem abaixo dos títulos de dois anos , como aconteceu em 2007, às vésperas da recessão. A alta dos títulos, porém, promete ser uma panaceia para o Tesouro italiano e para os bancos do Bel Paese, a nota mais feliz para a economia global. A forte recuperação dos preços é uma ajuda importante para a revitalização da economia italiana, uma oportunidade surpresa que já está despertando o interesse das grandes casas de investimento nas blue chips do nosso país. Ai de desperdiçar esta chance. Enquanto isso, a semana financeira está se aproximando de uma conclusão positiva. Nos céus da guerra comercial, paira no ar uma iminente retomada do diálogo entre os Grandes. Mas no domingo as novas tarifas dos EUA contra os produtos chineses entrarão em vigor.

HONG KONG, LÍDER DE PROTESTO PRESO, VOA PARA SEUL

As listas de preços asiáticas subiram esta manhã. A corrida é liderada pelo Nikkei de Tóquio (+1,2%), à frente de Hong Kong (+0,6%). Mas durante a noite a polícia prendeu um dos líderes do protesto contra Pequim.

As ações chinesas sobem. O índice CSI 300 das ações de Xangai e Shenzhen subiu 0,3%. Em alta também Sydney (+1,4%). O Kospi da Bolsa de Valores de Seul ganha 1,8%: o Banco Central da Coreia do Sul confirmou as taxas nos níveis atuais e a produção industrial superou as expectativas em julho (+0,6% contra -3% esperados), não será apreciada.

O yuan permanece próximo das mínimas, em 7,15 em relação ao dólar. Em agosto, a moeda de Pequim recuou 3,7% em relação à americana, a queda mais acentuada em um quarto de século.

Um porta-voz do Ministério do Comércio de Pequim disse ontem que o encontro entre as delegações será marcado para setembro em Washington. Mesmo assim, deixou de lado a possibilidade de a China pretender responder na mesma moeda aos últimos aumentos de tarifas anunciados na sexta-feira por Donald Trump.

WALL STREET REDUZ PERDAS DE AGOSTO

Os sinais de alívio da tensão favoreceram a recuperação dos mercados americanos: Dow Jones +1,25%, S&P 500 +1,27%. O Nasdaq subiu 1,48%. Apesar dessas altas, o mês de agosto fechou no vermelho, como não acontecia desde maio.

Os efeitos da crise de importação/exportação são sentidos: Abercrombie & Fitch quebra (-15%), Best Buy sofre (-8%).

BUENOS AIRES À BEIRA DA INADIMPLÊNCIA

A crise na Argentina volta a explodir: o peso argentino cai 3%, a bolsa cai 4,5% e o risco-país dispara para níveis não vistos desde 2005, depois que o governo anunciou planos de alongar o prazo de cerca de US$ 100 bilhões de sua dívida.

O ouro está sendo negociado nos mercados financeiros asiáticos a US$ 1.525 a onça, uma queda de 0,2%.

O petróleo Brent teve leve movimentação, a 61,2 dólares o barril, após três dias consecutivos de altas. Na Piazza Affari Tenaris -1%, Saipem +1%, Eni +1,7%.

Euro enfraquece pelo quinto dia consecutivo, a 1,104 em relação ao dólar, antes da divulgação dos dados de inflação na Zona do Euro em agosto, a expectativa é de alta de 1% ante +1,1% em julho, mas a desaceleração pode ser mais abrupta , face ao que se registou na Alemanha no mesmo mês, um abrandamento mais acentuado do que o esperado dos preços no consumidor.

A ALEMANHA APOIA O GOVERNO DO CONTE

A formação de um novo governo de coalizão italiano é uma boa notícia para a Europa e Berlim vê com bons olhos um executivo "estável e progressista". O ministro da Fazenda alemão, Olav Scholz, não escondeu sua satisfação com a bem-vinda e surpreendente reviravolta na crise italiana, saudada pelos mercados com uma sensacional recuperação dos títulos de dívida. Tal entusiasmo, é claro, não deve ser decepcionado nem pelo novo executivo nem pela atitude da Comunidade.

Mas Christine Lagarde pensou em incutir novo otimismo nos mercados, que substituirá Mario Draghi a partir de XNUMXº de novembro. “O BCE tem uma rica caixa de ferramentas à sua disposição e deve estar pronto para agir”, argumentou ele em um documento escrito para responder a perguntas do comitê de assuntos econômicos do Parlamento Europeu. A nova presidente do instituto de Frankfurt disse-se favorável ao lançamento dos Eurobonds, que “poderiam favorecer uma gestão mais eficiente da política monetária”.

No final da tarde, os mercados europeus desaceleraram, travados pelo não a mais um QE chegado por Klass Knot, presidente do banco central holandês que há muito ocupa cargos distantes dos de Mario Draghi. Knot disse que o mercado está se sobrecarregando com expectativas de novos estímulos monetários.

MARKET PLACE AINDA NO TOPO, LONDRES SOBE EM CHAMAS

A Piazza Affari também liderou a corrida dos mercados europeus ontem. O índice (+1,98%) subiu para 21.336 pontos base. Os outros mercados também foram positivos: Frankfurt subiu 1,2%; Paris +1,5%; Madri +0,6%.

Londres também está avançando, em um ponto percentual. A libra permanece estável em relação ao euro após a queda de ontem. Conservadores críticos do Brexit estão se preparando para se aliar contra Boris Johnson antes de uma votação de última hora no Parlamento.

OS 10 ANOS RETORNAM MENOS DE 1%, SPREAD PARA 167

Yield do BTP atingiu mínima de 0,91% ontem, novo recorde; agora está em 0,95%.

O novo contrato de 4 anos foi adjudicado em leilão por 0,96 mil milhões de euros a uma taxa bruta de XNUMX%.

O spread Itália-Alemanha diminui para 167 pontos-base, de 174 ontem. Uma baixa foi atingida em 162 durante o dia.

A yield do Bund sobe para -0,69% (+3 pontos base).

Na Alemanha, a inflação harmonizada com as práticas da UE desacelerou em agosto para +1% de +1,1% em julho. O consenso esperava +1,2% ano a ano.

BANCOS FUNCIONANDO: MPS COM TURBO

Sob o impulso da queda do spread, as ações dos bancos brilham junto com a Poste Italiane (+4,7%) na onda da reavaliação do estoque de BTPs adquiridos nos últimos meses. Azimute animado (+3,1%).

O índice de crédito está no maior nível em quatro anos. Monte Paschi levanta voo: +13% na crença de que o novo governo está mais inclinado a encontrar soluções de mercado.

PRYSMIAN, LEONARDO, CNH: CORRETOR NO ATAQUE

A atenção dos corretores favoreceu o despertar de algumas blue chips. A Prysmian está em alta (+4,6%) depois que o Goldman Sachs promoveu a ação para 'comprar' de 'neutra', melhorando o preço-alvo para 22,5 de 17,5 euros.

Leonardo +4,2% impulsionado pelo recente relatório do Morgan Stanley.

Cnh + 5,2% em antecipação ao Capital Market Day de terça-feira.

A recuperação da Tim (+2,4%) e das concessionárias continua: Italgas +2,7%, Enel +1,7%, Hera +1%.

Por outro lado, a Pirelli sofre, -2,2% após a venda do Citi.

As ações de luxo pouco se movimentaram. Brunello Cucinelli cai, -1,8% após as contas.

MEDIASET: O JUIZ ADIOU A DECISÃO

Mediaset -1,29%. O juiz do tribunal de Milão reservou-se o direito de decidir sobre o pedido da Vivendi para poder exercer o direito de voto na assembleia geral extraordinária da Mediaset a 4 de setembro, que terá em cima da mesa a fusão das atividades em Espanha e Itália, a mudança para a Holanda e consequente revisão da governação.

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