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Sacos em movimento, mas o spread diminui. Os bancos ainda são assustadores

Piazza Affari incerta após o dia negro de ontem - As outras listas europeias estão melhores - O spread cai, mas continua acima de 330bps - A piora da economia e o ressurgimento do risco soberano ainda assustam os mercados - Esperando a cúpula da UE no fundo salvar- Estados - Bancos na tempestade - Premafin e Fonsai ko - Grande limpeza para a Telecom Italia

Sacos em movimento, mas o spread diminui. Os bancos ainda são assustadores

MILÃO, O MEDO ESTÁ À BEIRA DO SPREAD. BANCOS NOVAMENTE NA EXPLOSÃO, FONSAI COLAPSA

Ásia fecha no vermelho a semana financeira que viu o medo voltar nas bolsas. O quadro foi animado pela Sung Hun Kai Properties, a segunda imobiliária de Hong Kong, terra da última bolha imobiliária: o presidente foi preso ontem por corrupção, a ação caiu 12%, o índice Nikkei de Tóquio perde 0,47%. Após fortes quedas, final positivo para a Bolsa de Valores de Xangai +0,4 por cento.  

Surpreendentemente, portanto, o Urso começou a coçar de novo. De fato, para desfazer os pedaços da lista italiana, a mais atingida pela onda de descontos. Em Milão, o índice FtseMib fechou em baixa de 3,3%. As outras Bolsas também caíram, mas com quedas menos acentuadas: Londres -1,1%, Paris -1,4%, Frankfurt -1,7%. 

Mesmo em Wall Street, os índices estão em baixa, mas com quedas limitadas, até porque os últimos dados macroeconômicos de hoje são reconfortantes: PIB dos EUA no quarto trimestre de 2011 cresceu 3%, em linha com as expectativas dos economistas. Os novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada caíram para 359, o menor desde abril de 2008, ante 364 na semana anterior. Entre as blue chips de Wall Street, os bancos sofrem: Banco da América  -1,4% JPMorgan -1,2% Citigroup  -1,4%. 

Por que essa queda? O receio de um abrandamento da economia mundial volta a fazer-se sentir e é o espectro do risco da dívida pública para a Zona Euro reapareceu. A este propósito, às vésperas da cimeira da UE que terá de decidir o montante de munições financeiras para fazer face a novas crises, a Standard & Poor's alertou que a Grécia poderá ser forçada a uma nova reestruturação da dívida. O alerta do presidente do Fed, Ben Bernanke, continua ecoando nos EUA: a recuperação dos EUA não é "garantida".

Pontualmente, o termômetro do spread volta a sinalizar o estado febril da dívida do sul da Europa: o yield do BTP de 10 anos subiu 12 pontos base para 5,18%, o spread com o Bund aumentou para 340 pontos base, demonstrando que a Itália continua sendo o especial observador das tensões na zona euro.

Enquanto isso, na revista de ações do banco, a mina explodiu Monte Paschi -10,44% no dia da apresentação das contas no final de 2011. O deslizamento de terra de Rocca Salimbeni (a limpeza do balanço não assusta, pelo menos as decepcionantes contas da direção industrial) arrasta para baixo Banca PopMilan -10%. Unicredit fechou em queda de 5,8%, segue Intesa -5,3% Banco Popolare -7,4% Ubi 6,5%, e. Banca Popolare de emilia -6,3%. também cai Geral -4,5%. Muito mais dramática é a descida de Pré-mafinfondaria Sai caiu 14%, Unipol -3%.

Todas as blue chips da lista milanesa terminaram em quedas acentuadas, com exceção de Finmeccanica alta de 2,9% depois que a administração apresentou ontem aos analistas as perspectivas de relançamento do grupo para 2012 e 2013. No setor automotivo, sob pressão em toda a Europa (-2,6% o índice do setor), decreto caiu 2,4%, decreto Industrial -2,7% Pirelli -1,6%.

Operação de limpeza para 7,3 bilhões, contas no vermelho para 4,7. Assim podem ser resumidas as demonstrações financeiras de 2011 Telecomunicações Itália –2,65%, que em qualquer caso termina com a distribuição de um dividendo de 4,5 cêntimos por cada ação ordinária e 5,4 cêntimos para as ações de poupança. O conselho queria proceder à baixa de parte do goodwill formado na sequência das operações das gestões anteriores (Olivetti e Telecom Italia entre 1999 e 2003, recompra dos minoritários da Tim em 2005). Do ponto de vista industrial, a queda na Itália (faturamento -5,2%) foi amplamente compensada pelo crescimento no Brasil (que já vale 24,% do grupo) e na Argentina (10,7%). O faturamento total chega a 29,9 bilhões, a dívida é reduzida para 30,4 bilhões.

Impregile-o caiu 1,1%, apesar dos ventos da guerra pelo controle: o grupo Gavio disse que não descarta o lançamento de uma oferta pública de aquisição para garantir o controle da empresa. Abaixo Ferragamo -3,7%, após o Deutsche Bank cortar a recomendação de "manter" de "comprar".

Pela primeira vez em muitos anos, a posição financeira do grupo Prada está no preto por 15,8 milhões. Esta é a principal novidade do primeiro balanço após a listagem do grupo em Hong Kong. Outros dados daquele que para Patrizio Bertelli foi “o melhor ano de sempre”: faturação 2,55 mil milhões (+24,9%); lucro líquido 431,9 milhões (+72%), margem operacional bruta 759,3 milhões (+41,7%).

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