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Bolsas de valores espumantes e o euro se recupera. De olho na FCA, Mediaset cai

As bolsas europeias encerram uma semana turbulenta, apoiadas em todo o caso pelos frágeis resultados do Conselho da UE e pelos dados de inflação na Zona Euro. Até Wall Street brinda, impulsionada por contas e bancos da Nike. Unicredit vai bem em Milão, Prysmian se recupera. Espalha para baixo.

Bolsas de valores espumantes e o euro se recupera. De olho na FCA, Mediaset cai

Os progressos alcançados na questão dos migrantes al Cimeira de Bruxelas (embora já surjam muitas distinções) e o desempenho positivo de Wall Street apoiou as bolsas europeias, que fecharam em alta. A Piazza Affari sobe 0,9% e chega aos 21.626 pontos, favorecida pela recuperação da Prysmian (+4,66%) e pelo bom desempenho dos bancos (em especial Ubi +3,33% e Banco Bpm +2,11% Flat Entendimento -0,06%). A FCA valoriza, +1,82%, apesar de ter perdido força durante a sessão após a negativa do Hyundai Motor Group para uma aquisição das ações da fabricante automobilística ítalo-americana. Na pole position Exor +3,37% e Atlantia +2,3%.

As compras recompensam quase todos os setores, enquanto as vendas se concentram na Mediaset, -4,56%, devido ao rebaixamento do Morgan Stanley, com uma classificação de underweight de igual peso e um preço-alvo de 2 euros de 3,80 euros. O Biscione também corre o risco de Simon Fiduciaria, excluído ontem de participar da reunião, contestar as deliberações aprovadas. A empresa detém, a título fiduciário, 19,9% das ações da Mediaset de propriedade da Vivendi. Reduções modestas também para Tenaris -0,25%; Unipolsai -0,21%; Pós -0,14%.

Os títulos do governo fizeram barulho: o spread entre os BTPs de 10 anos e o Bund caiu 5,11%, para 237.70 pontos base, enquanto o yield caiu para 2,69%. As demais tabelas de preços do Velho Continente também estão em sintonia: Frankfurt +1,06%; Paris +0,91%; Madri +0,35%; Londres +0,3%; Zurique +1,62%.

A bolsa americana abre positiva, com o Dow subindo mais de um ponto percentual. A ação da Nike está viajando em níveis recordes, depois de apresentar contas trimestrais acima do estimado e a recuperação do setor financeiro continua, com os bancos de estrelas e listras passando nos testes de estresse do Federal Reserve. As ações do petróleo tiveram bom desempenho, na esteira do avanço do ouro negro: Brent +2,22%, 79,33 dólares o barril; Wti +1,07%, US$ 72,58.

O euro recuperou terreno face à moeda norte-americana, atingindo 1,166. A moeda única acelera após a publicação da leitura rápida dos dados de inflação em junho (2% ao ano, contra 1,9% em maio).

A área também se beneficia do acordo alcançado no Conselho Europeu sobre a questão dos migrantes. O documento assinado não resolve todos os nós, que já vêm à tona, mas pelo menos hoje foi percebido pelos mercados como um sinal positivo. Além disso, os chefes de estado e de governo da Zona Euro disseram sim ao pára-quedas financeiro (backstop) do Fundo de Resolução Bancária e ao acordo para "um roteiro, para iniciar as negociações políticas sobre o sistema único de garantia de depósitos".

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