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Bocconi e Goldman Sachs: M&A, com a crise retorna mais que o dobro

Pesquisa de Bocconi em colaboração com o Goldman Sachs analisou 12 anos de transações de M&A na Europa chegando à conclusão de que as ações das empresas adquirentes superam o mercado em 5,34% nos períodos mais incertos, contra 2,62% em tempos normais – Sobretudo americanas, As empresas japonesas e asiáticas aproveitaram a oportunidade.

Bocconi e Goldman Sachs: M&A, com a crise retorna mais que o dobro

Além da crise, é justamente em períodos de recessão como o que atravessa a economia global que as empresas, principalmente as financeiramente mais saudáveis, não devem perder a oportunidade de obter duplo retorno extra por meio de fusões e aquisições.

É o que afirma um estudo realizado por Carefin Bocconi e Goldman Sachs, apresentado hoje na universidade milanesa, que contém uma análise de Stefano Gatti e Carlo Chiarella da Carefin: o documento de posição tem analisou 1.248 operações de M&A com valor médio de 1 bilhão de euros realizadas na Europa desde o início de 2001 até o final de 2012, nas quais tanto a empresa adquirente quanto a empresa-alvo estavam listadas em bolsa. Pois bem, as 348 fusões e aquisições concretizadas nos períodos de crise que se seguiram ao rebentamento da bolha tecnológica em 2002, à bolha do mercado imobiliário em 2008 e à crise da dívida soberana em 2011 concretizaram Retornos extras em dobro em comparação com as 900 transações concluídas em tempos normais. 180 dias após a conclusão da operação, as ações das empresas compradoras venciam o mercado em 2,62% em períodos de calmaria econômica e em 5,34% em momentos de crise.

No entanto, o resultado contrasta com a observação (também confirmada pelos dados desta pesquisa) de que em tempos de incerteza económica o número de operações de M&A diminui significativamente. Por um lado, de fato, a turbulência econômica dificulta a avaliação das empresas-alvo, desvaloriza a experiência do comprador em transações do mesmo tipo e dificulta a fase pós-integração. Por outro, porém, tempos de crise apresentam uma grande janela de oportunidade para os melhores compradores, ou seja, empresas financeiramente sólidas que têm liquidez, têm forte poder de negociação e podem, portanto, escolher os melhores alvos.

Os dois estudiosos também observam que as características das transações em tempos de crise não diferem substancialmente das de F&A em tempos normais. As únicas diferenças substanciais são a diminuição significativa no valor das operações de aquisição hostil e maior utilização do método de pagamento em ações, ao invés de em dinheiro, mesmo ao custo de reconhecer ao alvo um prêmio maior do que sua avaliação de mercado.

A evolução histórica do número e valor das transações concluídas de 2007 a 2012 mostra que Empresas americanas, japonesas e asiáticas souberam reagir à situação de incerteza e, após a quebra generalizada registada entre o final de 2008 e o início de 2009, reabsorveram o choque e regressaram ao mercado. Por outro lado, as empresas europeias não aproveitam a oportunidade de crescimento externo oferecida pelo mercado de M&A: no terceiro trimestre de 2007 a Europa representava 42% do mercado global de M&A e caiu para 21% no quarto trimestre de 2012.

Baixe o painel de posição completo 

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