Os governos europeus devem aproveitar o spread mais apertado para reduzir a dívida. Para dizer que é Banco Central Europeu em seu boletim econômico, com um lembrete que também chega aos ouvidos do governo italiano que, segundo a Eurotower, assim como os governos belga e francês, deveria utilizar mais as economias atreladas aos juros mais baixos para reduzir a dívida do que aumentar os gastos.
O BCE também sinaliza que a Itália e a Bélgica, com a aprovação da Comissão da UE, fizeram correções de déficit muito menores do que as previstas pela nova regra da dívida.
Segundo o boletim do instituto central, a recuperação económica da Zona Euro está destinada a continuar, ainda que a um ritmo lento, também devido às dificuldades dos países emergentes, que pesam nas exportações. As estimativas de crescimento do BCE foram reduzidas desde junho e agora estão em +1,4% para 2015, +1,7% em 2016 e +1,8% em 2017.
Em todo o caso, o banco central voltou a dizer que está pronto para implementar novas medidas de estímulo à economia, caso se mostrem necessárias, especialmente para atingir o objetivo de aproximar a inflação dos níveis desejados (cerca de 2% ao ano). No momento, porém, qualquer intervenção é considerada "prematura" pelo BCE.