“O termo shadow banking foi introduzido em agosto de 2007, quando um funcionário do mercado em um discurso no simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole apontou que naqueles anos uma forma de intermediação baseada em uma variedade de veículos de investimento altamente alavancados, conduítes e outras estruturas fora do sistema bancário. Na ocasião foi ainda explicado que o shadow banking system, ao contrário dos bancos tradicionais, financiava-se através do mercado "expondo-se a uma potencial falta de liquidez, com o risco de ter de vender activos em carteira à força e a preços reduzidos ou pedir pelo apoio às entidades patrocinadoras".
Estas são as palavras de Carmelo Barbagallo, chefe do departamento de supervisão bancária e financeira do Banco da Itália, que falou ontem no World Finance Forum 2015 promovido pela New International Finance Association da Universidade Católica de Milão e do qual anexamos o link de toda a intervenção.
Sabemos quais são os riscos do shidaw banking para os mercados financeiros e para o sistema bancário, mas Barbagallo os reviu analiticamente e se concentrou em particular nas iniciativas regulatórias internacionais e nas do Banco da Itália.
“É essencial – explicou Barbagallo – evitar gerar riscos sombra de natureza sistêmica também na Itália” e isso inspirou as recentes intervenções do Banco da Itália. Em particular, a Via Nazionale previu "regras prudenciais para evitar uma transferência de risco de crédito dentro de conglomerados financeiros do setor bancário para o setor de seguros com o único objetivo de reduzir os requisitos de capital", insistiu a nível da UE que os Fundos Europeus de Investimento de Longo Prazo (Eltif) “são fundos exclusivamente fechados, para evitar riscos de liquidez e transformação de vencimentos”, e por fim estabelecem “limites rígidos de alavancagem”.
