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Empresas inovadoras: a Apple lidera, mas a China entra

O ranking elaborado pelo Boston Consulting Group premia Cupertino, enquanto Alphabet e Amazon continuam no pódio – Salto de Huawei e Alibaba, que entram no top 10, do qual o Facebook está quase fora.

Empresas inovadoras: a Apple lidera, mas a China entra

A Apple volta a ser a empresa mais inovadora, destronando a Alphabet e a Amazon que, no entanto, continuam no pódio. Mas a verdadeira notícia do “The Most Innovative Companies 2020” compilado pelo Boston Consulting Group é a irrupção de dois grandes grupos chineses no top 10: o Alibaba, que passa do 23º lugar em 2019 para o sétimo, e sobretudo a Huawei, a gigante que tanto assusta Trump na corrida pelo 5G e, portanto, pela supremacia tecnológica, que foi apenas 48º no ano passado e hoje é o sexto, logo atrás da coreana Samsung, que se confirma como quinto. O resultado é que outro monstro sagrado do Vale do Silício, o Facebook, se encontra quase fora dos dez primeiros, logo na décima posição desde a oitava posição em 2019, ultrapassado pela Sony e pressionado pela Tesla. A proeza do Dragão é confirmada pelo 14.º lugar da Tencent, que no ano passado esteve mesmo fora dos 50, que integra a única “italiana”, FCA, 46.ª.

Mas como é feito esse ranking, com que critérios? Entretanto, o julgamento do Boston Consulting Group não deixa de ser impiedoso, no sentido de que o ranking é sempre altamente variável. eu sou de fato apenas oito empresas ocupam um lugar permanente no top 50 desde 2005: Alphabet (Google), Amazon, Apple, HP, IBM, Microsoft, Samsung e Toyota. Os autores do estudo, realizado antes da pandemia de Covid-19, entrevistaram mais de 2.500 gestores de todo o mundo, premiando sobretudo empresas com uma estratégia inovadora de alto padrão e de longo prazo.

Se a persistência compensa, os investimentos também importam. Ostentar o título de inovador conta, mas apenas 45% dos entrevistados se declaram inovadores comprometidos – ou seja, que veem a inovação como prioridade absoluta e sustentam esse compromisso com investimentos significativos – e pouco mais de um terço tem a inovação entre as três principais prioridades da empresa. 30% então pertencem aos "inovadores céticos", aqueles que não consideram a inovação uma prioridade estratégica ou um objetivo significativo de financiamento. Os 25% restantes são “inovadores confusos”, em que há um desequilíbrio entre a importância que atribuem à inovação e os investimentos feitos para realmente inseri-la na estratégia.

O estudo do BCG sugere que os inovadores engajados são os verdadeiros vencedores. Quase 60% dos entrevistados dizem ter gerado um volume crescente de vendas de produtos e serviços lançados nos últimos três anos, ante 30% dos céticos e 47% dos confusos. A maior porcentagem de inovadores engajados ele está no setor financeiro e farmacêutico (56%), enquanto a menor encontra-se em bens industriais (37%) e comércio atacadista e varejista (32%).

A análise também guarda algumas surpresas. A Amazon, por exemplo, deve ser considerada líder em inovação no setor de saúde, enquanto o Alibaba, que lida principalmente com comércio eletrônico, é um player particularmente inovador no setor financeiro. Isso nos diz que a atividade intersetorial, a versatilidade desses grandes grupos aumentou 20% desde 2016 e não diz respeito apenas a empresas já conhecidas por terem se expandido para outros setores, assim como a Amazônia. Agora, até mesmo fabricantes de automóveis, empresas químicas, varejistas e produtores industriais mudaram de ritmo e estão competindo em diferentes realidades por oportunidades em novos modelos de negócios. Os dados mostram que esse tipo de disruptor gerou um retorno anual para os acionistas de 2,7% de 2016 a 2019, em comparação com empresas que se concentraram apenas em defender seu território. 

Por fim, o tamanho das empresas. A classificação anual do Boston Consulting Group é mais uma confirmação de que as grandes empresas têm uma vantagem na frente da inovação. Mais de 40% das grandes empresas, ou seja, aquelas que vendas de US$ XNUMX bilhão ou mais, consegue ultrapassar as maiores dificuldades do processo de implementação que, geralmente, dizem respeito à falta de método na alocação de recursos e à dificuldade em alinhar a organização interna com a estratégia de inovação. O resultado é que, em comparação com a média de seu setor, eles estão ganhando quatro vezes mais porcentagens de vendas.

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