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Assonime ao Governo: 20 propostas de crescimento

No documento, a associação que reúne as sociedades anónimas italianas apela a intervenções para aliviar a crise de liquidez e de crédito das empresas, incluindo as anunciadas medidas destinadas a agilizar os pagamentos por parte da administração pública às empresas.

Assonime ao Governo: 20 propostas de crescimento

Vinte propostas para melhorar o setor público e apoiar o crescimento. É este o teor do documento que Luigi Abete, presidente da Assonime, enviou esta manhã ao Governo. Além do primeiro-ministro Mario Monti, o texto também foi recebido pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Corrado Passera, pelo chefe de Relações com o Parlamento, Piero Giarda, e pelo vice-ministro da Fazenda, Vittorio Grilli. 

No documento, a associação que reúne as sociedades anónimas italianas espera intervenções para aliviar a crise de liquidez e de crédito das empresas, incluindo as anunciadas medidas destinadas a acelerar os pagamentos da administração pública às empresas. Assonime convida ainda o Governo a prosseguir com determinação a contenção da despesa pública e sublinha a necessidade de libertar recursos para o crescimento, através da redução dos impostos sobre o trabalho e as empresas. Por último, a associação indica algumas medidas destinadas a melhorar o enquadramento legal da atividade empresarial.

Aqui está um resumo da lista de propostas: 

SEGURANÇA NOS PAGAMENTOS E NO COMPORTAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 

Proposta 1: Saldar as dívidas comerciais acumuladas pela administração pública através da alienação de bens públicos. Transpor de imediato a nova diretiva europeia sobre atrasos de pagamento.

Proposta 2: Impondo por decreto que nos processos de autorização, incluindo os em curso, exista sempre um decisor de última instância, dentro de determinado prazo, accionando sempre que necessário poderes substitutivos. Sancionar o comportamento inercial das administrações.

Proposta 3: Para as infraestruturas geradoras de novas receitas públicas, prever que a contribuição pública possa ser coberta com uma parte das receitas mais elevadas produzidas pelo investimento.

Proposta 4: Concluir rapidamente as iniciativas legislativas que visam circunscrever e limitar as compensações às autarquias locais pela construção de centrais e infraestruturas.

CONTER E MELHORAR AS DESPESAS PÚBLICAS DE FORMA ESTÁVEL

Proposta 5: Reduzir em 10 por cento a despesa anual com salários da administração pública através de intervenções de bloqueio da rotatividade, fusão de funções e administrações, mobilidade de quadros, reforço da autonomia da gestão e implementação de políticas salariais de incentivo.

Proposta 6: Definir a meta de reduzir os custos de consumo intermediário em 10%, aumentando a eficiência dos processos de seleção e a concorrência entre fornecedores. Alargar a possibilidade de utilização das centrais de compras também no sector das obras públicas.

Proposta 7: Aplicação de custos standard a toda a despesa pública, sobretudo nas regiões e administrações locais, e desflorestação de empresas pertencentes a autarquias locais, com poupanças na ordem dos 9 mil milhões de euros.

Proposta 8: Separar quem compra serviços de saúde de quem os presta e dar aos cidadãos o direito de escolha na atribuição da quota per capita do fundo nacional de saúde, com os devidos ajustamentos para assegurar o serviço público em todo o território nacional e o seu financiamento.

Proposta 9: Realizar uma reforma universitária baseada na plena autonomia financeira, gerencial e educacional das universidades e na alocação de fundos universitários com base nas opções de matrícula dos alunos e na avaliação da qualidade dos centros de ensino.

REDUZA OS IMPOSTOS SOBRE OS MENOS MARAVILHOSOS, EMPREGO E NEGÓCIOS E SIMPLIFIQUE O SISTEMA TRIBUTÁRIO 

Proposta 10: Para travar a espiral deflacionista, evitar o aumento da taxa ordinária de IVA e da taxa reduzida de 10%, que está previsto para Outubro próximo, encontrando recursos alternativos.

Proposta 11: Dispensar a derrogação ao regime ordinário do IVA, que permite a aplicação da taxa super-reduzida de 4 por cento a uma lista de bens, destinando integralmente a receita acrescida a transferências de apoio ao rendimento das famílias menos favorecidas.

Proposta 12: Reduzir a alíquota do IRPEF da primeira faixa de renda de 23% para 20%.

Proposta 13: Avançar para um sistema em que todas as deduções específicas de impostos e deduções sobre rendimentos pessoais sejam substituídas por um limite único de dedutibilidade do IRPEF para cada contribuinte, acrescido de um montante fixo por cada familiar dependente.

Proposta 14: Para conter o custo do trabalho, atribuir 5 mil milhões de euros a incentivos à contratação permanente de trabalhadores pouco qualificados e com contratos atípicos, desempregados de longa duração, jovens e mulheres.

Proposta 15: Tornar permanente e reforçar a desoneração do salário de produtividade negociado ao nível da empresa.

Proposta 16: Visar a eliminação de todas as contribuições e isenções fiscais das empresas, e a sua substituição, tanto para efeitos de IRES/IRPEF como de IRAP, por uma única dedução das despesas de investigação, inovação e eficiência ambiental do período, dentro de um limite fixado proporcionalmente a base tributária.

MELHORAR O QUADRO INSTITUCIONAL PARA A ATIVIDADE EMPRESARIAL 

Proposta 17: Retorno à competência legislativa exclusiva do Estado: grandes redes de transporte e navegação, aeroportos de importância comercial, portos comerciais de importância nacional; a produção e transporte de energia de importância nacional; a ordem de comunicação (excluindo comunicação de interesse regional exclusivo).

Proposta 18: Evitar a introdução de constrangimentos à atividade empresarial através do decreto de emergência. Assegurar, através da avaliação preventiva de custos e benefícios, que as intervenções são necessárias e proporcionais à consecução de objetivos de interesse geral.

Proposta 19: Reduzir o tempo necessário para a justiça cível com melhor organização, eliminando escritórios menores e sucursais e fundindo os tribunais de apelação. Tornando a fase de execução mais eficiente.

Proposta 20: Voltar a pautar as escolhas gerenciais, as compras e a gestão das empresas públicas por critérios rígidos de eficiência, excluindo interferências indevidas da política. Alienar participações públicas não estratégicas.

 

Baixe o PDF com o documento completo:


Anexos: 20 propostas para melhorar o setor público e apoiar o crescimento.pdf

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