Em breve os mercados poderão saborear uma flexibilização quantitativa no molho japonês. O governador do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, disse que sua instituição seguirá uma "política forte de flexibilização quantitativa". capaz de impulsionar o crescimento do país. Shirikawa está determinado a combater a deflação para atingir a meta de inflação de 1% e reconhece que "a economia japonesa enfrenta um desafio crítico para retornar a um ritmo de crescimento sustentável com estabilidade de preços". Finalmente, o governador exortou os seus colaboradores a estarem atentos para que a crise da dívida da zona euro não se transmita ao Japão através dos canais dos mercados financeiros.
A decisão do banco central japonês sobre como lidar com a situação será tomada em sua próxima reunião, no dia 27 de abril. Na última reunião, encerrada ontem, um membro do conselho havia proposto novas medidas de flexibilização quantitativa, por meio da compra de ativos adicionais de 5 trilhões de ienes - após o aumento anunciado surpreendentemente em fevereiro. Mas a proposta foi rejeitada.
Enquanto isso, o iene se confirma como porto seguro no mercado de câmbio. Enquanto o euro e o dólar se estabilizaram, graças às medidas do BCE e do Fed, o iene continua se valorizando. Após a decisão do Banco do Japão de não optar pela flexibilização quantitativa, evitando assim ser esmagado pelas pressões do mercado, a moeda japonesa atingiu uma alta de um mês em relação ao euro e ao dólar. Mas depois da publicação de ontem do último boletim do Fed, que mostra uma leve recuperação nos EUA, o iene enfraqueceu em relação à moeda norte-americana, um sinal de que talvez os investidores estejam voltando a preferir o dólar ao iene.
