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Sinal verde para a nova Constituição e a reforma do Senado

Com 361 votos a favor, sete contra e duas abstenções, a sexta e última leitura da reforma constitucional foi aprovada: apenas a maioria votou, enquanto M5S, FI, Lega, Fratelli d'Italia e a esquerda italiana saíram da sala - Renzi: " Passe histórico, agora a Itália é um país estável” – Agora a palavra cabe aos cidadãos com o referendo de outubro – Vídeo Ansa.

Sinal verde para a nova Constituição e a reforma do Senado

Acabar com o bicameralismo perfeito: essa é a principal novidade que foi lançada com a aprovação definitiva da lei (que, no entanto, será submetida a referendo em outubro) de reformas constitucionais, que também prevê um novo federalismo, novas regras para referendos e a extinção da Cnel.

A novidade mais importante da chamada lei Boschi, aprovada hoje com 361 votos a favor e sete contra (as oposições saíram da Câmara na hora da votação) é a reforma das duas Câmaras. Lá Câmara dos Deputados ela continuará sendo eleita da mesma forma que agora: sempre serão 630 deputados e só eles poderão votar pela confiança nas medidas do governo. Além disso, o segundo cargo do Estado, que substitui o Presidente da República em caso de necessidade, não será mais o do Senado, mas o da Câmara.

O Senado, por outro lado, é fortemente reduzido: membros vão de 315 para 100, dos quais 95 eleitos pelos conselhos regionais (21 prefeitos e 74 vereadores-senadores) mais 5 indicados pelo Presidente da República que permanecerão no cargo por 7 anos. Assim, desaparecem os senadores vitalícios (aos 100 se somarão os atualmente em exercício, mas não serão nomeados outros). Se o referendo confirmativo do próximo outono validar a lei, o novo Senado só terá competência legislativa sobre reformas e leis constitucionais, ratificações de tratados da UE e leis eleitorais: no que diz respeito às leis ordinárias, poderá solicitar à Câmara que as modifique, mas A Montecitorio não será obrigada a dar seguimento ao pedido. As indenizações atualmente em vigor para os ocupantes de assentos no Palazzo Madama também serão suspensas, mas a imunidade parlamentar está prevista.

Notícia importante também para o Tribunal Constitucional: de 15 juízes, dos 5 que pertencem ao Parlamento, 3 serão eleitos pela Câmara e 2 pelo Senado. Nas duas primeiras votações, para a sua eleição será necessária a maioria de dois terços da assembleia, enquanto na seguinte bastará a maioria de três quintos.

O projeto de lei Boschi propôs mudanças significativas noeleição do presidente da Repúblicapara. O lugar dos delegados regionais será ocupado pelos novos senadores, mas a mudança mais importante sem dúvida diz respeito ao quórum a atingir: nas três primeiras votações tudo se mantém inalterado e o Chefe de Estado será eleito apenas com a presença da maioria de dois terços da Assembleia. A partir da quarta votação, o quórum cairá de maioria absoluta para maioria de três quintos de toda a Assembleia, enquanto a partir da sétima votação deverá chegar a três quintos dos votantes.

O número de assinaturas necessárias para enviar um referendo popular passará de 500 para 800 (e também será necessária uma declaração de admissibilidade do Tribunal Constitucional), enquanto 150 em vez de 50 serão necessários para um projeto de lei. A reforma também prevê a introdução na Constituição de dois outros tipos de referendo: popular proativo e endereçamento. Caberá à Câmara aprovar uma lei que estabeleça as formas de implementação.

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