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UE-CELAC: inversão de tendência nos fluxos comerciais

Os fluxos de bens de consumo entre os países da UE e os mercados da CELAC registaram um saldo positivo significativo nos primeiros nove meses de 2012, invertendo assim a tendência 2003-2011. Brasil, México, Argentina e Chile são os mercados mais lucrativos.

UE-CELAC: inversão de tendência nos fluxos comerciais

Por ocasião da Cúpula UE-CELAC, Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada em 26 de janeiro em Santiago do Chile, Eurostat publicou as últimas atualizações sobre o comércio entre os dois parceiros comerciais. Durante os anos 2003-2008, o intercâmbio de bens de consumo cresceu de forma sustentada, entrando em colapso em 2009 e desde então empreendendo uma recuperação decisiva, com um valor que passou de 75 bilhões de euros em 2009 para 101 em 2011. Entre 2003 e 2011, a UE registou sempre saldos negativos, com o défice que em 2011 ascendeu a 12 mil milhões. Apesar disso, os primeiros nove meses de 2012 registaram um crescimento constante das exportações europeias (+16%), superando o peso das próprias importações (+2%), com o resultado de inverter a tendência e, assim, trazer a balança comercial de volta ao superávit.

Entre os mercados europeus, A Alemanha foi de longe o maior exportador (24,4 bilhões, 28% do total), seguida pela Itália (10,6 bilhões, 12%), Espanha (10,4 bilhões, 12%) e França (9,7 bilhões, 11%). Em termos de importações, a Holanda lidera (17 bilhões, 20%), Espanha (15,5 bilhões, 18%), Alemanha (13,5 bilhões, 13%), Reino Unido (9,9 bilhões, 11%) e Itália (7,7 bilhões, 9 %). Assim, os maiores saldos positivos registaram-se na Alemanha (+10,9 mil milhões), França (+3,8 mil milhões) e Itália (+2,9 mil milhões), enquanto os défices atingiram mais fortemente os Países Baixos (-9,8 mil milhões), Espanha (-5 mil milhões ) e Reino Unido (-3,9 bilhões).

Entre os 33 países membros da CELAC, O Brasil representa, ao mesmo tempo, o maior mercado de destino (29,6 bilhões, 34%) e fornecer (28,5 bilhões, 33%) dos países da UE, seguido pelo México (20,7 bilhões, 24% exportação; 14,3 bilhões, 17% importação), Argentina (6,5 bilhões, 8% exportação; 7,7 bilhões, 9% importação) e Chile (6,1 bilhões, 7% de exportação; 7,4, 9% de importação). Seis saldos positivos mais rentáveis Em relação ao México (+6,3 bilhões) e Panamá (+1,8 bilhões), os maiores déficits foram registrados na Costa Rica (-4,4 bilhões), Colômbia (-2,3 bilhões) e Peru (-2,2 bilhões).

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