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Tim: Amos Genish é o novo CEO, de Puyfontaine as estratégias, Recchi a segurança

A diretoria do grupo telefônico definiu a estrutura da alta administração e completou as nomeações. A governança decidida em julho passado foi substancialmente confirmada: o CEO trabalhará ao lado do homem forte da Vivendi. Recchi torna-se presidente do Comitê Estratégico. E o governo avança com as sanções à Vivendi: "Ele violou as obrigações de notificação no controle"

Tim escolheu o novo CEO: é Amos Genish, atual gerente geral que é cooptado para o conselho de administração e assume os poderes executivos previstos nos estatutos. Isso foi decidido por unanimidade pelo conselho de administração do grupo telefônico que se reuniu em Roma na tarde de quinta-feira. Arnaud de Puyfontaine, presidente executivo, mantém poderes sobre a definição de estratégias e diretrizes de desenvolvimento para o grupo, esta última de acordo com o diretor-geral. O vice-presidente Giuseppe Recchi obtém a responsabilidade organizacional da função de Segurança, especifica o comunicado divulgado pela Tim, "responsável - entre outras coisas - pela supervisão de todas as atividades e ativos relevantes para fins de segurança e defesa nacional dentro da TIM e de as outras empresas italianas do Grupo (em particular: TI Sparkle SpA e Telsy SpA). Ponto delicado dada a intenção do governo de recorrer à poderes especiais (poder dourado) logo na Sparkle e na Telsy, as empresas que encerram os cabos submarinos para comunicações intercontinentais. Ainda na tarde de quinta-feira, o comitê de poder dourado, instalado no Palazzo Chigi, concluiu a investigação sobre a obrigação de notificar a Vivendi sobre o controle e decidiu prosseguir: agora Tim arrisca uma multa de 300 milhões (e talvez mais). A decisão, ligada à legislação sobre poderes especiais, é contestada pelo grupo telefónico: "Não houve obrigatoriedade de notificação - dizem fontes do grupo - nunca tendo sido adoptada qualquer deliberação, escritura ou operação que tivesse por efeito alterar a titularidade do controlo ou a disponibilização da rede de comunicações electrónicas sujeita às disposições legais sobre golden power, rede que, por isso, sempre se manteve sob a plena titularidade, controlo e disponibilidade da Tim".

A disputa ocorre após a Consob desafiar a Vivendi controle de fato sobre Tim, objetando, entre outras coisas, que o Comitê de Estratégia e o Comitê de Nomeações e Remunerações, bem como o Comitê de Controle e Risco, se caracterizavam pela presença majoritária de conselheiros provenientes da lista da Vivendi. Desde quinta-feira, no entanto, o Conselho decidiu confiar a Giuseppe Recchi a presidência do Comitê Estratégico, deixando sua composição inalterada.

“Temos uma visão clara de longo prazo: queremos trazer a TIM de volta às suas próprias glórias, dando uma contribuição decisiva para a digitalização do país, para a criação da Itália Digital, por meio de investimentos e pessoas. A TIM deve ter uma colaboração construtiva com as instituições e autoridades: criar valor para a TIM significa criar valor para o país", comentou Arnaud de Puyfontaine. “Nosso objetivo é transformar a TIM em uma verdadeira Telco Digital” acrescenta Amos Genish que então expôs sua ideia de DigiTim em carta aos funcionários.

Assim, confirmam-se os rumores que indicam a nomeação de Genish como CEO à frente da Telecom ao lado de Arnaud de Puyfontaine, um homem forte da Vivendi que goza da total confiança do acionista Vincent Bolloré. O presidente executivo dá a Genish apenas os poderes sobre estratégia de marca e mídia, de resto, a estrutura de governação no topo é confirmada pelo conselho de administração com maioria de votos, conforme refere o comunicado de imprensa. O que sugere que os conselheiros independentes – que também votaram pela nomeação de Genish – não deram seu consentimento formal para a distribuição de procurações.

Até 2016, Genish foi CEO da Telefonica Brasil/Vivo, principal operadora integrada de telecomunicações do país com mais de 90 milhões de clientes e cuja oferta inclui fixo, móvel, serviços e entretenimento. De janeiro a julho de 2017, Amos Genish ocupou o cargo de Chief Convergence Officer da Vivendi, com a responsabilidade de desenvolver a estratégia de convergência do Grupo em conteúdo, plataformas e distribuição. "Genish se qualifica como diretor executivo não independente - especifica o comunicado de imprensa da Tim - e, a partir de hoje, não possui ações da Telecom Italia SpA".

O conselho de administração aprovou por maioria "o princípio da criação de uma joint venture com o Canal+, destinada a permitir uma aceleração significativa dos projectos de convergência entre telco e media", operação que se traduz por "uma operação com uma parte relacionada ( sendo Canal+ subsidiária da Vivendi SA, que a Consob qualificou como controladora de fato da TIM)” conclui o comunicado da companhia telefônica nacional.  

Atualizado sexta-feira, 30 de setembro, às 9,30hXNUMX

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