David contra Golias: 69 começam, mas apenas um será capaz de prevalecer no Blue Monster, o mítico campo de golfe Trump National Doral em Miami. Começa hoje e termina no domingo o WGC Cadillac Championship, um dos 4 campeonatos do mundo, envolvendo os 50 melhores classificados do ranking e os melhores jogadores das várias federações internacionais. Pela primeira vez, todos esses magníficos 50 estão presentes, incluindo Matteo Manassero e Francesco Molinari, que tentarão levar para casa um prestigioso e riquíssimo troféu, que está distribuindo 9 milhões de dólares, dos quais 1,530 milhão para o primeiro. Um desafio ao mais alto nível, com muitas incógnitas.
O primeiro mistério é: como está Tiger Woods? Sua participação estava em dúvida até ontem, mas o Tigre finalmente dissolveu os reservas. Aparentemente, os "espasmos" nas costas, que o obrigaram a se aposentar no domingo passado em Palm Beach Gardens, foram controlados em três dias, com anti-inflamatórios e tratamentos diversos. O grande campeão treinou um pouco no jogo curto e hoje está de volta à pista para defender o título conquistado no ano passado, sem sequer uma volta de treino. É verdade que o Tigre já domou o Monstro Azul quatro vezes, mas este ano o pelotão é diferente e a volta de avistamento foi confiada apenas ao caddie Joe LaCava. O número um do mundo terá 72 buracos?
O segundo mistério é a nova cara do "monstro azul". O percurso é um par 72, 6700 metros, projetado há 52 anos por Dick Wilson, totalmente reformado nos últimos meses segundo indicações de Gil Hanse, o arquiteto do percurso brasileiro para as Olimpíadas de 2016. A reestilização custou a Donald Trump 200 milhões de dólares e o WGC Caddillac é a ocasião escolhida para apresentar ao mundo o trabalho feito: mais água, buracos mais longos e ondulações visando animar um percurso plano e melhorar a visibilidade dos buracos pelo público. Segundo Hanse, é “praticamente um campo totalmente novo”. Até o lendário 18, o par 4 mais difícil do mundo segundo Jack Niklaus, foi retocado. Será que vai fazer jus ao seu hype? Trump está convencido disso e todo o Doral, um complexo de vilas, resorts e 5 campos de golfe, está sendo relançado. A conta, para quem quiser experimentar, pode ser bem cara: só o green fee no Blue Monster pode chegar a custar 450 dólares.
Uma terceira pergunta é: Adam Scott será capaz de se tornar o número um do mundo? O australiano espera por isso e para isso se inspira em seu compatriota Greg Norman, o Tubarão Branco, que na década de 80 ocupou o topo do Ranking por 331 semanas. Para atingir essa meta no fim de semana, o campeão do Masters 2013 deve vencer o WGC Cadillac, enquanto Tiger Woods deve terminar além da sétima posição. Um cenário credível.
Como se sabe, porém, Adam Scott não é o único jogador que quer subir posições no ranking mundial. Rory McIlory é sem dúvida um dos grandes favoritos desta nomeação e o jogador em melhor forma neste início de temporada, embora em três ocasiões não tenha conseguido o sucesso esperado: no Dubai, no Marana e na semana passada no o 'Honda Clássico.
A Cadillac também pode reservar outras surpresas, a começar por Victor Debuisson, o simpático francês de 23 anos que venceu na Turquia e estrelou o WGC Accenture Match Play. Matteo Manassero também se sente pronto para vencer um torneio em solo americano, até mesmo um major, passando, porque não, um mundial. Se é a hora de Manny ou Chicco?
Todas as tríades devem ser seguidas. O mais prestigiado é obviamente o de Woods, Scott e o vencedor da Fedex em 2013, Henrik Stenson. Rory, nos dois primeiros dias, joga com Phil Mickelson e o australiano Jason Day, vencedor no Arizona após um confronto direto com Debuisson. Francesco Molinari confronta Bill Haas e o grande Ernie Els; Matteo Manassero com o atual líder da Fedex Jimmy Walker e com o inglês Lee Westwood.
Graças à vitória da semana passada, Russel Henley também participará da partida como número 48 do mundo, que dividirá os tee times dos dois primeiros dias com o espanhol Miguel Angel Jimenez e o sul-africano Richard Sterne.
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