"Os rumores sobre suposta desconsolidação e/ou projetos de valorização total ou parcial do ativo brasileiro são inferências infundadas”. É o que lemos no comunicado de imprensa divulgado esta manhã por Telecom Itália, a pedido da Consob, para desmentir os boatos veiculados nos últimos dias sobre a possível venda da subsidiária no Brasil.
A empresa refere ainda que não existem contactos em curso com potenciais compradores e não foram recebidas quaisquer propostas de compra. O grupo italiano de telecomunicações reitera, portanto, como Marco Patuano já o tinha feito, o caráter estratégico “do investimento na Tim Brasil”.
Quanto à opinião do Cade, a Autoridade brasileira que, no que diz respeito à modificação dos acordos Telco-Telefónica, propôs uma multa ao grupo espanhol e a venda de ações da Telco, Telecom "neste momento abstém-se de comentar um processo administrativo ainda em as suas fases iniciais, das quais é objeto, e não parte ativa, e que, aliás, está a acompanhar atentamente, em linha com as recomendações também da Comissão de Controlo e Risco”.
A mesma Comissão nomeou um assessor jurídico independente para acompanhar a evolução das possíveis consequências para a empresa decorrentes dos acordos entre os accionistas da Telco e "pediu para se pronunciar sobre o assunto no CA convocado para o dia 5 de Dezembro próximo, face à assunção de quaisquer determinações que se afigurem oportunas", conclui a nota.
Na abertura de hoje na Piazza Affari, as ações da Telecom Italia caíram 2,4%, depois de terem obtido o melhor desempenho entre as blue chips na semana passada: +4,51%, a 0,718 euros, na sequência de rumores segundo os quais uma amostra de fundos estrangeiros , com aproximadamente 0,5% do capital, seria mais de 70% em apoio do Conselho de Administração em vista da reunião. Segundo um especialista, isso pode ser interpretado pelo mercado como um suporte às posições da Telefonica. O HSBC promoveu a ação para “overweight” de “neutral”, com um preço-alvo de € 1,05.
