Em novembro, as taxas de hipoteca aumentaram na Itália pelo segundo mês consecutivo. Isso foi observado pela Associação Bancária Italiana em seu último relatório, explicando que o valor médio cresceu para 1,91% de 1,88 em outubro. A subida – escreve a ABI – está ligada “ao aumento do spread nas yields das obrigações soberanas”.
Em todo o caso, segundo Gianfranco Torriero, subdirector-geral da Associação, a subida das taxas "não causa preocupação", porque "nos encontramos numa situação em que as taxas de juro se encontram em níveis nunca antes registados, as mais baixas desde as pesquisas e provavelmente também de antes. Este é um dos resultados positivos da adesão da Itália ao euro”.
MAL EMPRÉSTIMOS ABAIXO DE 40 BILHÕES…
O relatório mensal da ABI também mostra que em outubro a inadimplência líquida dos bancos italianos caiu abaixo da barreira de 40 bilhões, para 38,288 bilhões. A tendência de queda continua, portanto: em setembro, a inadimplência totalizou 40,221 bilhões e no mês anterior, 40,49 bilhões. Face ao pico de 88,8 mil milhões registado em novembro de 2015, “a redução é superior a 50 mil milhões (cerca de -57%)”. Em outubro, acrescenta Palazzo Altieri, a relação com os empréstimos totais foi de 2,26%, ante 2,34% em setembro.
... MAS OS EMPRÉSTIMOS AINDA ESTÃO DEMORANDO
Apesar desta melhoria nos balanços dos bancos, o crescimento dos empréstimos a particulares e empresas continua a abrandar. Em novembro, de acordo com o relatório da ABI, o total de empréstimos aumentou 1,53% na comparação anual, uma desaceleração acentuada de +2,07% em outubro e +2,28% em setembro.
Em outubro, sublinha a Associação, o valor total dos créditos à habitação a particulares registou +2,3% face ao mês homólogo de 2017. Pelo contrário, a tendência do crédito total à economia abrandou: +1,25% em novembro, face a +1,76% em outubro.
No mês passado, acrescenta o Palazzo Altieri, o valor dos empréstimos foi de 1.727 bilhão, “cerca de 25 bilhões acima do montante captado (1.702 bilhão)”.