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#História: a Pirâmide de Quéops e seu mistério

#História: a Pirâmide de Quéops e seu mistério

Quanta curiosidade está ligada às pirâmides de Gizé, no Egito, e sobretudo à grande pirâmide do faraó Khufu, chamada pelos gregos de Quéops.

Erguida há cerca de 4.500 anos, continua sendo a maior obra de arquitetura já construída pelo homem, com seus 2.300.000 blocos de pedra, pesando 50 toneladas cada, e 146,5 metros de altura - acima do deserto -.

Os blocos de pedra foram cortados e dispostos com perfeita precisão, a ponto de se encaixarem perfeitamente sem deixar espaço, nem um milésimo. Para esta precisão surgiram várias hipóteses, uma das quais é que foi construída por inteligências superiores, talvez vindas sabe-se lá de onde ou que ali se fizeram profecias, ou seja, que a pirâmide foi um monumento erguido em memória de sabe-se lá que cataclismo , ou que nele deve ter sido mantido um sistema universal de medidas para determinar com precisão o tempo, a luz e os planetas.

Enfim, toda uma série de bobagens, mas apesar das fantasias e das pesquisas realizadas, muitas questões permanecem sem resposta certa.

Mas se os antigos egípcios não usavam a roda e rebocavam animais, nem conheciam roldanas e guinchos, como poderiam ter erguido um edifício tão perfeito? A pedra utilizada é o arenito vermelho típico do planalto onde fica a pirâmide, o calcário para o revestimento vem da margem direita do Nilo. Enquanto o granito para as galerias e câmaras vem de Aswan, a mil quilômetros de distância. Cada bloco foi trabalhado por pedreiros que tornaram a pedra perfeitamente lisa usando abrasivos de quartzo.

O historiador grego Heródoto, durante sua visita a Gizé, relatou ter sido atropelado por uma estrada elevada entre a margem do Nilo e o local onde teria surgido a pirâmide. Ainda de acordo com Heródoto, que provavelmente recebeu informações dos sacerdotes do templo, foram necessários dez anos para construir a estrada e vinte para a pirâmide, com o emprego de 100 homens que tiveram que ser substituídos a cada três meses. Mas os egiptólogos objetam que Quéops reinou por apenas 23 anos e, se ele tivesse morrido antes da conclusão da pirâmide, talvez esta tivesse permanecido inacabada como as outras?

Ainda segundo relata Heródoto, as pedras foram trazidas para níveis mais altos com alavancas feitas de vigas curtas de madeira, mas esta versão também não se confirma, pois se assim fosse levaria mais anos.

Portanto, resta a hipótese de que os blocos foram arrastados apenas com os braços ao longo de uma grande rampa feita de tijolos, terra e entulhos. Afinal, essas rampas ainda podem ser vistas ao lado de outras pirâmides. No caso da Grande Pirâmide, a rampa tinha que ter pelo menos um quilômetro e meio de comprimento, mas havia tanta mão de obra assim? E, então, por que tantos sacrifícios?

Segundo os antigos egípcios, a pirâmide foi construída porque na vida após a morte o falecido teria vivido como durante sua existência terrena, portanto era necessário reconstruir as mesmas características. E o corpo para continuar desfrutando das mesmas alegrias tinha que permanecer intacto, por isso os egípcios desenvolveram a técnica do embalsamamento. E se isso não desse certo, era necessário ter estátuas e retratos que dariam uma nova vida ao falecido com fórmulas mágicas gravadas. E é pela mesma razão que seus túmulos deveriam conter todos os bens materiais possíveis, desde roupas até alimentos. Tudo isso deveria ser encerrado, com o corpo, em uma tumba impenetrável cercada por templos dedicados e supervisionada por sacerdotes.

A princípio Quéops não teve muitas necessidades, e a primeira fase de construção de sua tumba foi bem modesta, depois conforme suas ambições foram crescendo mandou ampliar a sala, chamada de Câmara da Rainha e, não só isso, nem construiu uma ainda maior um, a câmara do rei 40 metros acima do solo, ou seja, quase no centro da pirâmide.

Em 820 DC, o califa muçulmano Abdullah Al Mamun entrou na pirâmide, para procurar manuscritos astrológicos que se acreditava estarem guardados, eles entraram por uma passagem que os conduziu, no entanto, primeiro à primeira câmara que permaneceu inacabada, então eles perceberam o existência de uma passagem ascendente que os levou à Câmara da Rainha, também vazia, e depois à do Rei, mas nada encontraram.

Em 1763 foi descoberto outro túnel de cerca de 60 metros que saía da Câmara do Rei, acredita-se que foi construído pelos trabalhadores sem o conhecimento de Quéops, para que pudessem sair depois de colocados os blocos de pedra. A essa altura, ladrões de túmulos podem ter usado essa rota para roubar qualquer bem.

Mas, então, para onde foi o tesouro? Havia também a hipótese de que Quéops mandou construir essa pirâmide, mas depois optou por outra onde teria colocado todo o seu tesouro… uma pirâmide isca para ladrões?

Em 1954, sob a areia, no lado sul da pirâmide, foi encontrado um magnífico navio de madeira de cedro, com mais de 40 metros de comprimento e uma cabine dourada que se acredita ser o "barco solar" de Quéops, com o qual o faraó poderia saíram da sepultura para participar de ritos religiosos.

Desde então, as escavações e descobertas sucederam-se... e se houvesse também o "barco da lua" no lado oriental? É claro que, a essa altura, ele ainda poderia ser útil para Quéops se algum dia acordasse, mas não seria mais o primeiro a conquistar a lua.

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