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S&P corta o rating de 7 bancos italianos e a Bolsa de Valores de Milão descontrola-se imediatamente

Piazza Affari abre em forte baixa após rejeição de sete bancos italianos pela S&P, mas também pesam as tensões políticas que fazem o Governo vacilar os mercados – Btp-Bund spread no máximo: atinge o pico de 413 bps e permanece acima de 400

S&P corta o rating de 7 bancos italianos e a Bolsa de Valores de Milão descontrola-se imediatamente

S&P CORTA O RATING DE SETE BANCOS ITALIANOS
EM TODAS AS 15 INSTITUIÇÕES SÃO "OBSERVAÇÕES ESPECIAIS"

A Standard & Poor's rebaixou sete bancos italianos, incluindo Intesa Sanpaolo e Mediobanca, e decidiu alterar a perspectiva de rating de 15 instituições de crédito para "negativa", o primeiro passo para um possível rebaixamento subsequente do rating. É consequência da descida da notação da dívida italiana que se faz acompanhar da perspetiva de nova deterioração, porque a decisão, refere uma nota, "não contempla a revisão de uma potencial maior deterioração da conjuntura operacional e económica da do setor bancário italiano". “Condições operacionais fracas podem afetar nossa visão dos riscos econômicos e industriais que afetam o sistema financeiro italiano, que analisamos como parte da avaliação de risco do país do setor bancário (bicra) e, portanto, provavelmente, a qualidade de crédito dos bancos italianos aos quais damos o classificação”, conclui o boletim. 
Os bancos que passaram pelo rebaixamento são: Intesa San Paolo, Mediobanca, Findomestic, Banca Imi, Biis, Cassa Risparmio di Bologna e Bnl. As instituições passam de A+ para A. Os ratings de curto prazo permanecem inalterados em A-1. Os colocados em perspectiva negativa são: Fideuram, Agos-Ducato, Credito Sportivo, Cr Parma e Piacenza, Unicredit e as subsidiárias Unicredit Bank ag, Bank Austria e Unicredit Leasing. Os ratings de curto prazo permanecem inalterados em A-1. O rating do BNL também foi reduzido para A+/A-1.
Na Piazza Affari, os bancos fecharam com uma queda repentina e maciça após uma sessão positiva. Intesa caiu 3% (ganha 0,3% à tarde), Unicrédito -2,8%. Mediobanca também caiu -3,2% após os resultados do exercício 

A ECONOMIA DOS EUA ESTÁ "ANÊMICA". PALAVRA DE BEN BERNANKE
COM O NÃO DOS REPUBLICANOS, A OPERAÇÃO TWIST FOI INICIADA

A economia dos EUA é "anêmica". “O crescimento continua baixo, os indicadores mais recentes sinalizam que o estado de fragilidade do mercado de trabalho se mantém, enquanto o desemprego continua alto”. Além disso, “o consumo das famílias continua baixo”. A declaração do Fed não mede palavras para sublinhar a gravidade da desaceleração da economia. Em síntese, existem “sérios riscos de revisão em baixa das perspetivas de crescimento”. Para corrigir o rumo, o Fed, como já previsto, deu assim a Operação Twist, uma grande reedição da manobra que em 1961 acompanhou a recuperação sob a presidência de Kennedy.
Até junho, o banco central vai comprar títulos do governo com vencimentos de 6 a 30 por um valor de 400 bilhões de dólares. As vendas de títulos de curto prazo serão distribuídas por três anos. Dessa forma, o Fed espera reduzir o custo do dinheiro em benefício dos investimentos e da recuperação do emprego. No mercado de títulos, o movimento já produziu seus primeiros frutos: os títulos de dez anos caíram nove pontos, para 3,01%, a mínima histórica, enquanto os títulos de dois anos subiram 4 pontos-base, para 0,20%. O título de 1,87 anos caiu para seu rendimento mais baixo de todos os tempos, de XNUMX%.
A oposição, dentro e fora do Fed, influenciou os dois dias do FOMC, o que sem dúvida limitou o raio de ação de Bernanke. No Comité Aberto, o presidente do banco central recebeu, tal como em agosto, o voto negativo de três dos dez membros, nomeadamente os falcões Charles Plosser de Filadélfia, Richard Fisher de Dallas e Narayana Kocherlakota de Minneapolis. Mais relevante é a pressão dos republicanos que clamam para que Bernanke cesse todas as intervenções nos mercados. Em um movimento sem precedentes, a equipe do partido (o presidente da Câmara, John Boehme, o líder do Senado, Eric Cantor, o chefe de negociações do orçamento federal, Mitch McConnell, e o senador John Kyl, do Arizona) pediram a Bernanke que não tomasse a iniciativa. “Receamos – lê-se numa carta enviada à Fed – que novas intervenções possam piorar o estado da economia”. A resposta de Barney Frank, um dos democratas mais influentes, foi imediata. "É um dos ataques mais sérios à independência do banco central em nossa história." De qualquer forma, é o sinal de que a margem de manobra do helicóptero Ben é muito estreita. 
 

O FED DESAPONTA WALL STREET: -2,5% PARA O DOW JONES
MOODY'S HATX ACONTECE COM CRÉDITO DOS EUA

A agência de rating Moody's rebaixou o Bank Of America -7,5%, Citigroup e Wells Fargo -3,9% porque "é menos provável que o Estado tenha meios para operar um resgate em caso de necessidade". O Goldman Sachs, enquanto isso, cai abaixo de US$ 100 pela primeira vez. Isso também explica a reação muito negativa de Wall Street após as decisões amplamente anunciadas vindas do Fomc: o Dow Jones perdeu 2,5%, o Nasdaq 2. A queda mais marcante diz respeito ao Standard & Poor's 500 abaixo de 2,9%. As ações de energia, matérias-primas e automóveis caíram (-4% em média), as financeiras pioraram (índice do setor -5%). Por que uma resposta tão drástica? "Em Wall Street - brinca um guru do calibre de Barton Biggs - havia a esperança da chegada de uma pílula mágica capaz de curar como um resfriado uma economia anêmica". Ou, de forma mais prosaica, muitos esperavam um renascimento da flexibilização quantitativa. Mas Ben Bernanke, apesar do comunicado reconhecendo a gravidade da situação, não utilizou uma arma tão poderosa. Talvez, teme-se, porque agora ele tem pouca munição em seu cano. Como a Casa Branca, se o julgamento de Moody's se aplicar. Acima de tudo, porém, pesa o julgamento extremamente preocupado sobre a economia. 

AS LISTAS DE PREÇOS ASIÁTICOS EM VERMELHO ESCURO
O JULGAMENTO DE BERNANKE SOBRE OS PESOS DA CRISE

A perspectiva negativa que emergiu da reunião do FOMC provocou uma reação imediata nas bolsas asiáticas. O índice MSCI Asia Pacific, que mede a performance das bolsas do continente, excluindo o Japão, perdeu 2,4%, agora a um passo dos mínimos do ano. O índice Nikkei 225 em Tóquio caiu, uma hora após o fechamento, em 1,8%. Na queda geral, destaca-se o desempenho negativo das ações financeiras: a Mitsubishi Financial perde 2,4%, em Sydney o grupo Macquarie perde 3,1%. A queda das ações da mineradora foi significativa: a Bhp Billiton caiu 3,7%, a Rio Tinto 5,2%. 

NAGEL: MEDIOBANCA CAPITAL É "CONFORTÁVEL"
HOJE NO EXECUTIVE GENERALI A JV RUSSA COM VTB

Lucro líquido de 396 milhões (401 milhões no ano anterior) após ajustes de 238 milhões na carteira, parte referente à ação Telco-Telecom (120 milhões), parte a títulos gregos (100 milhões), dividendo inalterado. Aqui fica um resumo das contas do Mediobanca que serão submetidas a votação dos accionistas no dia 28 de Outubro. Na ocasião também votaremos o novo conselho, quase uma fotocópia do atual que está prestes a expirar. 
Para a cota C, a ex-presidente da French Railways Anne-Marie Idrac substitui Antoine Bernheim, enquanto Pierre Lefevre, presidente da Groupama Italia, assume o lugar de Jean Azema, número um do grupo. Os sócios industriais escolheram a independente Elisabetta Magistretti, diretora da Pirelli & C. A teleconferência com os analistas foi realizada antes do anúncio do rebaixamento do rating pela S&P. Alberto Nagel sublinhou no entanto na ocasião que o banco, graças a um rácio Tier 1 de 11,2% no final de Junho, encontra-se numa posição "confortável" em termos de capital. Nenhum aumento, portanto, no horizonte. Hoje, o comitê executivo da Generali se reunirá em Veneza. Em pauta está a joint venture russa com a Vtb, da qual o Lion participará com a Generali-Ppf constituída em conjunto com Petr Kellner (e destinada a se fundir à Generali com o exercício da opção de venda). O comitê de investimentos da empresa também será realizado durante o dia. 

A MANOBRA É SUFICIENTE. PALAVRA DE TESOURO
MAS O BTP/BUND SPREAD UM PASSO DE 400

Pela primeira vez na história, o rendimento dos bunds alemães de dez anos, ofertados ontem em leilão, caiu abaixo de 2% para 1,80%. Isso também, aliado ao aumento do yield dos BTPs para 5,71%, ajudou a trazer o spread BTP-Bund de volta para 399 pontos base. Os boatos, posteriormente desmentidos, sobre uma nova manobra, a terceira em poucos meses, sendo estudada pelo governo por um valor de dez bilhões não ajudaram. O Ministério da Economia exclui a necessidade de uma nova manobra corretiva apesar de se preparar para reduzir as estimativas de crescimento económico.
Nesse sentido, o Tesouro diz em nota que a manobra de 54 bilhões é "plenamente suficiente" para alcançar o equilíbrio orçamentário em 2013. Por ocasião da apresentação do Def, o Tesouro reduzirá a estimativa de crescimento econômico para 2011 para +0,7% de +1,1% indicado em meados de abril. Os temores de que a Grécia não consiga cumprir seus compromissos ressurgiram entre os investidores, impossibilitando o desembolso da próxima parcela da ajuda em meados de outubro. Sem esse dinheiro, o Estado grego teria que declarar falência. O governo grego anunciou que vai lançar novas medidas de austeridade, mas existem agora fortes dúvidas sobre a capacidade de as implementar. 

O DIA DOS REEMBOLSOS. MOODY'S BLOWS FIAT
S&P TERNA SIZE. APENAS A ENEL PASSOU NO EXAME

À espera do Fed e sob a pressão das notícias alarmantes vindas de Atenas, as bolsas aceleraram sua queda durante a tarde. Em Milão, o índice FtseMib caiu 1,6%, Londres perdeu 1,7%, Paris -1,5%, Frankfurt -2,4%. Foi o dia das avaliações: confirmou a da Enel pela Standard & Poor's. A Standard & Poor's confirmou a classificação da Enel no nível A- para longo prazo e A-2 para curto prazo. Um excelente resultado, dado o rebaixamento da empresa italiana.
“Continuamos a considerar a Enel como uma entidade ligada à administração estatal, mas agora consideramos a ligação entre o crédito soberano da Itália e a Enel como 'limitada' e não 'forte', porque, em nossa opinião, as pressões econômicas poderiam induzir Roma a dar um menor prioridade para fornecer qualquer tipo de suporte extraordinário à Enel, se necessário.
Pelo contrário, a S&P cortou sua avaliação da qualidade de crédito da Terna para 'A' de 'A+', deixando inalterada a avaliação negativa das perspectivas. Mas a queda mais pesada foi a da Fiat que perdeu 6,2% depois que a Moody's anunciou o corte do rating para BA2, confirmando perspectiva negativa (julgamento sobre perspectivas futuras). A provisão já está refletida no custo dos CDS de 5 anos indicado em 950 pontos-base, não muito longe dos picos de 1.000 pontos alcançados há poucos dias (face a 400 pontos em junho). Entre outras coisas, o grupo não precisa refinanciar sua dívida com novas emissões de títulos no curto prazo, após o sucesso do título emitido em abril (1 bilhão de euros a uma taxa fixa de 6,375%) e depois que a Chrysler refinanciou a própria dívida posição em maio passado. Excelente dia em vez de dia para a Fiat Industrial.

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