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Saipem, contas ok mas metas reduzidas: bolsa não gosta e ação cai abaixo dos 18 euros

A Saipem fechou o segundo trimestre com lucro líquido de 75 milhões de euros, alta de 23% em relação aos 61 milhões dos primeiros três meses do ano e contra prejuízo de 440 milhões no período correspondente de 2013 – Mas a orientação decepciona os investidores: ações ko na Bolsa de Valores.

Saipem, contas ok mas metas reduzidas: bolsa não gosta e ação cai abaixo dos 18 euros

A Saipem encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido de 75 milhões de euros, 23% acima dos 61 milhões nos primeiros três meses do ano e contra um prejuízo de 440 milhões no período correspondente de 2013. As receitas totalizaram US$ 3,07 bilhões, um aumento de 6,4 % sequencialmente e 36,5% ano a ano. O resultado operacional melhorou para 166 milhões de 127 no primeiro trimestre e contra uma perda de 428 milhões no ano passado. Os pedidos adquiridos no primeiro semestre somaram 13,13 bilhões, quase o dobro em relação aos 6,7 milhões no mesmo período do ano passado: +9,23 bilhões os adquiridos no segundo trimestre (3,9 bilhões nos primeiros três meses).

2014 para a Saipem “ainda será um ano de transição”. Isso foi afirmado pela empresa ao anunciar que revisou a orientação para o ano atual. A "previsão anterior de receitas entre 12,5 e 13,6 mil milhões de euros foi fixada em 13 mil milhões". Adicionalmente, “o gap relativo ao EBIT, que se estimava entre 600 e 750 milhões de euros, foi reduzido para um patamar entre 600 e 700 milhões de euros”, enquanto “o lucro líquido entre 280 e 380 milhões de euros está agora previsto entre 280 e 330 milhões de euros”.

“O caminho bem definido para trazer a Saipem de volta à normalização ainda não foi concluído, mas já criamos as bases para a recuperação que nos levará a realizar todo o potencial da empresa no médio prazo”, comentou Umberto Vergine, CEO da Saipem, na nota.

As metas de ebit e lucro, especifica-se, “foram impactadas por alguns elementos que surgiram durante o trimestre, como a desaceleração no arranque de alguns novos projetos, a suspensão pela Statoil do Scarabeo 5 de outubro de 2014 a janeiro de 2015 , e a extensão da parada de manutenção do Scarabeo 7”.

A esses fatores deve-se acrescentar o ocorrido no Brasil no projeto P55, considerando também que “o efeito das novas normas contábeis Ifrs 10 e 11 que regem a consolidação de joint ventures afeta a orientação anterior”. A Saipem alterou também as previsões para 2014 sobre a dívida líquida, que passa de 4,2 mil milhões de euros para um “intervalo entre 4,2 e 4,5 mil milhões”, refletindo “a incerteza quanto aos prazos de pagamentos associada à conclusão positiva das negociações em curso sobre os baixos contratos de margem”. Por fim, a empresa “está confiante na melhora do capital de giro em relação aos níveis atuais”.

O mercado de ações não gosta do desempenho, especialmente em perspectiva: a ação Saipem cai fortemente no meio da tarde na Piazza Affari (em contraste com a tendência do Ftse Mib que ganha mais de um ponto percentual), onde perde 3,2 , 18% ao cair abaixo do limite de XNUMX euros a 17,83 euro.

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