O caso Repsol Ypf será amplamente discutido. Se na Argentina a maioria da opinião pública e 21 dos 24 governadores apoiam a decisão da primeira-ministra Cristina Fernandez de Kirchner de nacionalizar a petroleira, anteriormente controlada pelo grupo espanhol Repsol, o mundo ocidental treme com tal reivindicação de soberania estatal. Na linha da frente da defesa da posição espanhola, que apoia a Repsol no pedido de indemnização de 8 mil milhões de euros, está a Comissão Europeia.
O Comissário Karel de Gucht afirmou hoje que a União não descarta abrir um processo na OMC contra as "restrições comerciais" impostas pela Argentina. A expropriação de 51% da Repsol pelo governo argentino é "um motivo de grande preocupação", diz uma carta de de Gucht à Casa Rosada. O comissário disse que a Comissão tudo fará para apoiar o governo espanhol de forma a obter "compensação integral". O recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC) é um dos procedimentos mais rápidos e utilizados para a resolução de litígios internacionais.
