Antes de se pronunciar sobre a recondução ou não de Giuseppe Conte, que por enquanto não está liberado, o Italia Viva quer saber se as outras forças políticas vetam Matteo Renzi e seu grupo, qual maioria se fala e quais são os conteúdos políticos para enfrentar o três crises italianas, a sanitária, a econômica e a escolar. Foi o que disse Matteo Renzi ao presidente da República, Sergio Mattarella, na reunião-chave do segundo dia de consultas para resolver uma crise política que permanece em alto mar.
Renzi, que recebeu um longo telefonema do primeiro-ministro Conte antes de entrar no Quirinale, não vetou explicitamente e não lançou ultimatos, mas pediu respostas invertendo a ordem dos fatores: primeiro devemos decidir o que fazer e com qual maioria fazer e só no final decidiremos quem será o primeiro-ministro. E disse ainda a Mattarella que preferia verificar se há ou não condições para reformar um governo, preferia uma exploração confiada a uma personalidade institucional.
O líder do Italia Viva disse estar disposto a discutir tudo sem prejuízo dos desdobramentos da crise política, nem mesmo excluindo um governo institucional ainda que o político seja preferido, mas antes exige esclarecimentos. Renzi não deixou de estigmatizar a chuva de insultos que o Italia Viva recebeu e a "caça indecorosa" aos desertores implementada por Conte para ampliar uma maioria que por enquanto, sem a contribuição dos renzianos, não existe. Conte premier ou não só será discutido no final. Isso significa que a duração da crise não será curta e que aqueles que pensavam que tudo se resolveria com um novo cargo para o primeiro-ministro cessante até sábado devem reconsiderar.
Depois de Italia Viva, Mattarella recebeu a delegação do Pd que confirmou sua disposição de apoiar novamente um governo liderado por Conte, mas Zingaretti mais uma vez parecia deslocado pela mudança de Renzi e não concordou em responder às perguntas dos jornalistas, testemunhando o clima de tensão que dominava a crise política
