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Prometeia: PIB da Itália -6,5% em 2020, dívida em 150%

Segundo o último Forecast Report do centro de estudos, a Itália corre o risco de se encontrar em 2022 com um PIB ainda 2% inferior ao de 2019 - "Nenhum país consegue sozinho: sem Eurobonds, o projeto europeu está em risco"

Prometeia: PIB da Itália -6,5% em 2020, dívida em 150%

A crise desencadeada pelo coronavírus colapso do produto interno bruto italiano em 6,5% em 2020. Ao mesmo tempo, a relação déficit/PIB disparará para 6,6%, elevando a dívida até 150%. Não só isso: nos próximos dois anos – como aconteceu após a crise de 2008-2009 – só conseguiremos recuperar parcialmente o que perdemos este ano, com um crescimento 3,3% em 2021 e dell '1,2% em 2022. Estas são as estimativas contidas no último Relatório de previsão da Prometeia, um dos três institutos que integram a mesa da Casa Parlamentar de Orçamento.

Em detalhe, a Prometeia estima para os dois primeiros trimestres de 2020 uma redução do PIB superior a 10% face à situação pré-crise, com diferenças setoriais muito amplas: de -10% do fabricar a -27% dos serviços relacionados com turismo, até -16% dos serviços frete e atividades relacionadas comDiversão.

Haverá recuperação, mas não será suficiente para compensar as perdas: no cenário base que emerge da análise, a Itália se encontraria em 2022 com um PIB ainda abaixo do nível de 2019 em mais de 2 pontos percentuais, com uma dívida soberana cravada nos 150%.

Segundo a Prometeia, a Itália está entre os países mais expostos por razões estruturais:

“No contexto da mais profunda recessão global desde a Segunda Guerra Mundial – lê-se no Relatório – a Itália, com um setor de serviços e turismo caracterizado por pequenas e médias empresas, e um setor público com uma dívida já elevada, corre o risco de estar entre os mais frágil".

Em geral, a Prometeia acredita que uma intervenção extraordinária é necessária para ser coordenada rapidamente a nível da UE. Neste contexto, o centro de previsão considera o lançamento do Eurobonds (ou Coronabonds), em que embora o Conselho Europeu ainda está profundamente dividido.

“Nenhum país conseguirá sair disso sozinho – conclui Prometeia – O financiamento das despesas com emissões de títulos europeus permitiria reduzir o peso dos orçamentos nacionais e também dar um passo em frente na criação daquele ativo continental seguro que poderia favorecem a diversificação do risco dos sistemas financeiros. Não prosseguir por este caminho arriscaria enfraquecer o projeto europeu, pondo em risco o seu futuro".

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