Colapso do produto interno bruto devido ao coronavírus. De acordo com as últimas estimativas de crescimento apresentadas pelo Comissário Europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, PIB em 2020 na Itália registrará queda de dois dígitos: -11,2% (de -9,5% em maio), a pior queda em toda a União Europeia. Será melhor no ano que vem, quando o PIB deve se recuperar em 6,1%. A previsão está de acordo com emitido pela OCDE no último dia 10 de junho.
A pandemia de Covid-19 e os consequentes encerramentos provocaram uma "profunda contração" da economia e o congelamento da produção vai impactar a atividade econômica “ainda mais forte no segundo trimestre” do que no primeiro, explica a Comissão no seu relatório.
Já no terceiro trimestre, porém, se nosso país conseguir evitar uma segunda onda, a atividade económica vai retomar “ajudada pelas políticas” do Governo. A produção industrial vai recuperar “mais rapidamente”, enquanto o turismo e todas as atividades associadas vão precisar de mais tempo para recuperar.
Os gastos do consumidor devem aumentar a partir de meados do ano, e o apoio de demissões ou outros esquemas deve reduzir o impacto da crise nos salários, continua a Comissão. Mas investimento corporativo “continuará deprimido este ano, dada a elevada incerteza do lado da procura e a necessidade de as empresas conservarem liquidez”, apesar dos empréstimos garantidos, créditos fiscais e outras formas de apoio. Para a Itália, conclui Bruxelas, "as estimativas de crescimento continuam sujeitas a riscos negativos, e um colapso prolongado do mercado de trabalho, uma vez que as medidas de emergência terminarem, pode frear a recuperação esperada".
Expandindo a análise para o todo zona euro, em 2020 o PIB vai cair -8,7% (de -7,7% em maio) para subir novamente em 2021 para +6,1%.
Além da Itália, as maiores repercussões serão sentidas na Itália Espanha (-10,9%) e na França Brasil (-10,6%) "Limitar o dano" em vez Germania, onde o PIB cairá 6,6% em 2020, para depois subir novamente 5,3% em 2021. Para Bruxelas, isso é “uma recessão ainda mais profunda” do que o esperado, e com “divergências mais amplas”.
“As previsões econômicas de verão nos mostram que o caminho para a recuperação ainda está cheio de incertezas”, explicou Gentilioni, também porque "a pandemia atingiu a economia europeia com mais força do que o esperado, mesmo que uma recuperação cautelosa esteja começando". Em 2020 “prevêem-se contrações relativamente fortes em Itália, França e Espanha, enquanto se prevêem contrações menores na Alemanha, Holanda e Polónia”, explicou Gentiloni, sublinhando que “as diferenças entre os países, tanto na recessão como na recuperação, são vinculou os diferentes prazos e rigores dos bloqueios e a estrutura econômica diferente”
Revistas descendentes também previsões de inflação: para Itália a estimativa é de 0% e +0,8% no próximo ano. Em maio, Bruxelas estimou -0,3% e +0,7%, respectivamente.