comparatilhe

Plano de carros: de incentivos para energia elétrica a contratos, medidas para 1,5 bilhão estão a caminho

O Governo está a estudar um plano para reanimar o sector automóvel que atravessa uma profunda crise. Os sindicatos: "73 empregos em risco". Aqui estão as medidas na mesa

Plano de carros: de incentivos para energia elétrica a contratos, medidas para 1,5 bilhão estão a caminho

O governo prepara um plano de apoio ao setor automobilístico enfrentando uma crise profunda que ameaça explodir mais de 70 empregos nos próximos anos. Estão a caminho novos incentivos à compra de veículos elétricos, mas também novos contratos de desenvolvimento e acordos de inovação. Todos os temas estão no centro da reunião realizada ontem, quarta-feira, 9 de fevereiro, no Palazzo Chigi entre os ministros competentes do governo Draghi. O objetivo do encontro foi justamente identificar um pacote de medidas de apoio à indústria automóvel para constar de um decreto que poderá chegar na próxima semana à mesa do conselho de ministros. 

Os problemas do setor automotivo

2021 foi um ano muito difícil para o setor automobilístico europeu. A crise internacional do chip se somou aos obstáculos causados ​​pela pandemia. O resultado foi uma queda de 2,4% nas vendas de carros novos na UE em comparação com 2020, enquanto em comparação com a pré-pandemia de 2019, a Europa Ocidental a queda foi de até 25,5%. Infelizmente, a Itália não foi exceção: 2021 para o nosso país terminou com 23,9% menos inscrições do que em 2019. 

2022 também começou mal: em janeiro, segundo dados do Ministério dos Transportes italiano, foram matriculados 107.814 carros, com queda de 19,7% em relação ao mesmo mês de 2021.

Dados que já não podem ser ignorados, sobretudo se tivermos em conta os importantes desafios que terão de ser enfrentados com vista a 2035, ano a partir do qual toda a União Europeia não será mais possível produzir carros a gasolina e diesel. Há também outro problema - não pequeno - que a Itália terá de remediar. O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, já o denunciou várias vezes: no nosso país os custos de produção nas fábricas por unidade montada, eles são muito mais altos do que nas fábricas de outros países europeus, apesar do fato de os custos de mão de obra serem significativamente mais baixos.

O alarme dos sindicatos do setor automobilístico

Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Federmeccanica, juntamente com Fim, Fiom e Uilm, solicitaram ao governo "uma reunião urgente avaliar em conjunto as condições e possíveis iniciativas a serem acionadas” no setor automotivo. “O risco da desindustrialização de um setor-chave da economia italiana – sublinharam os sindicatos – é concreto. É preciso colocar em prática todas as ações defensivas necessárias e sobretudo olhar para a oportunidade de relançar e desenvolver o setor”.

De fato, de acordo com empresas e associações comerciais, sem intervenções direcionadas, eles poderiam na Itália pule 73 empregos, dos quais 63 mil no período 2025-2030. “Já hoje os dados sobre a evolução da utilização das redes de segurança social fornecidos pelo INPS indicam a tendência: em 2019 foram utilizadas 26 milhões de horas de layoff, em 2021 quase 60”, sublinham.

O plano de carro do governo Draghi

Na quarta-feira, uma reunião que durou cerca de uma hora e meia e presidida pelo subsecretário da presidência do Conselho de Ministros Roberto Garofoli na presença dos ministros Daniele Franco, Enrico Giovannini, Giancarlo Giorgetti e Roberto Cingolani, tentou fazer um balanço o problema. Tema central: as medidas a serem tomadas para lançar um “estratégia comum” capaz de evitar o colapso do setor automobilístico. 

Em cima da mesa, segundo os primeiros rumores, estaria um plano que vale cerca de mil milhões e meio de euros contendo incentivos à compra de carros elétricos, mas também um conjunto de medidas destinadas a ajudar a indústria automóvel: contratos de desenvolvimento, acordos de inovação, medidas de transferência de tecnologia, fundos Pnrr para investigação e IPcei, projetos de interesse comum europeu, intervenções na segurança social redes. 

Já haveria outras reuniões em pauta para definir os detalhes do plano. O objetivo é fechar o mais rápido possível e atuar para reanimar um dos principais setores da economia italiana.

LEIA TAMBÉM: Carros híbridos, boom na Europa

Comente