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Peugeot mira Opel e procura Merkel

Número um do PSA, Carlos Tavares, quer pedir a Merkel uma reunião rápida para explicar que a Peugeot pretende "uma aliança" com a Opel - O problema é político: Berlim não pode permitir que postos de trabalho sejam postos em risco poucos meses depois das eleições.

Peugeot mira Opel e procura Merkel

Peugeot é sério: a montadora francesa quer se encontrar com a chanceler em breve Angela Merkel falar com ela sobre um possível aquisição da Opel (empresa alemã que, no entanto, pertence ao grupo americano General Motors). A notícia foi noticiada pelo jornal alemão Bild, que cita fontes francesas.

O número um do PSA, Carlos Tavares, quer pedir a Merkel uma reunião rápida, dizem as fontes, para explicar que a Peugeot está buscando "uma aliança" com a Opel. Tavares também pretende entrar em contato com os sindicatos alemães o mais rápido possível.

O jornal também cita o especialista da indústria automobilística Ferdinand Dudenhoeffer, diretor do Car research Institute, que vê "sobreposições" em termos de pessoal nas fábricas europeias da Opel e PSA. A empresa alemã emprega pouco menos de 19 pessoas nas fábricas de Ruesselheim, Kaiserslautern e Eisenach.

Complicar o resultado da operação pode ser ohostilidade política. A fusão com um parceiro europeu, de facto, terá um impacto significativo noocupação da Opel, aliás alguns meses antes das eleições alemãs. Não é por acaso que o Land da Renânia-Palatinado, onde estão localizadas importantes fábricas da Opel (Eisenach e Kaiserslautern ed.), pediu ao grupo PSA "um claro compromisso com a marca alemã e as instalações alemãs" da Opel.

A disponibilidade do GM para o diálogo pode ser explicada por as perdas de sua subsidiária europeia: 257 milhões de dólares em 2016, contra 813 milhões em 2015. Nos últimos sete anos, o ralo foi de 8 bilhões de dólares, o suficiente para convencer o gigante de Detroit a jogar a toalha. A PSA, ao contrário, há muito procura uma fusão que aumente a massa crítica do grupo franco-chinês.

Entretanto as ações na bolsa de valores da FCA, depois de ganhar 2,4%, a meio da manhã subia 0,8%, para 10,90 euros. Ontem, as ações da Fiat Chrysler haviam subido +4,1% em Milão e +4,39% em Wall Street em vista de uma próxima consolidação do setor.

Fca há muito era candidato à integração com a Opel, mas tanto Sergio Marchionne quanto John Elkann rejeitaram os avanços, aspirando a se fundir com a GM. Analistas argumentam que se a gigante automobilística norte-americana se livrasse da Opel e da Vauxhall, o jogo poderia reabrir, pois não haveria mais problemas de sobreposição de produtos na Europa para impedir a fusão.

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