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Petróleo subindo vertiginosamente, mas o ouro e o dólar também estão subindo

Ataque aos campos de petróleo da Arábia Saudita faz disparar os preços do petróleo. Brent sobe 105 e ultrapassa 66 dólares o barril – Grandes expectativas para os próximos movimentos do Fed após a bazuca de Draghi

Petróleo subindo vertiginosamente, mas o ouro e o dólar também estão subindo

Petróleo sobe, retomada da corrida por ativos portos-seguros e dados fracos da economia chinesa abrem espaço para novos cortes de juros às vésperas da reunião do Fed e de muitos outros bancos centrais, a começar pelo Japão. Eis os principais elementos de uma semana que promete ser repleta de compromissos também no front corporativo e na política interna. Um aniversário digno do colapso do Lehman Brothers, que há dez anos marcou o início da grande crise.

Mas as manchetes só podem preocupar hoje que a situação realmente quente no Golfo Pérsico, após o ataque com drones a duas das mais importantes usinas de petróleo da estatal saudita Aramco que derrubou, provavelmente por semanas, os 5 por cento do petróleo mundial produção de óleo.

BRENT SHOTS PARA 66 DÓLARES (+10%)

O petróleo Brent está em alta de quase 10%, para 66,1 dólares o barril, apesar de, para acalmar a alta dos preços, os EUA terem decidido abrir as torneiras de estoques estratégicos. Mas a perspectiva de retaliação também pesa no mercado. O Irã negou qualquer envolvimento na ação militar, que, no entanto, parece muito complexa e sofisticada para ser atribuída apenas aos rebeldes xiitas Houthi do Iêmen. O secretário de Estado Michael Pompeo acusou abertamente o governo de Teerã de organizar e realizar a operação que colocou fora de ação a usina de Abqaiq, que possui a maior usina de processamento de petróleo do mundo e a de Khurais.

Nesse contexto, a recuperação dos juros em ativos portos-seguros e moedas fortes é inevitável.

O ouro subiu 1%, para US$ 1.506 a onça.

O dólar valorizou-se face ao won sul-coreano em 1.184 (+0,7%), face à rupia indonésia (+0,5%) e face à indiana (+0,8%).
O iene japonês se fortaleceu em relação ao dólar para 107,8. O euro está estável em uma alta de três semanas.

LI KEQUIANG: DIFÍCIL CRESCER MAIS DE 6%

As bolsas asiáticas estão mistas, Hang Seng de Hong Kong perde 1% após o décimo quinto fim de semana de protestos, Kospi de Seul ganha 0,5%.

O mercado de ações de Xangai está no mesmo nível. Em entrevista, o primeiro-ministro Li Kequiang argumentou que “será muito difícil manter uma taxa de crescimento de 6%. Novas medidas expansionistas estão surgindo: Morgan Stanley espera um crescimento de 6-6,2% para o terceiro trimestre.

O banco central chinês antecipou que Pequim reduzirá o custo dos empréstimos no final do mês, o primeiro de uma série de cortes para se alinhar com as principais instituições do mundo. A crise da carne suína está se encarregando de afrouxar as linhas de crédito. A peste suína está causando mais de um milhão de vítimas entre os porcos do Império Celestial com forte impacto na inflação. O efeito nas tarifas também é perceptível: Pequim voltou a comprar soja, como queria Donald Trump.

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou hoje. O banco central está estudando, antes de sua próxima reunião em 19 de setembro, uma forma de reduzir ainda mais as taxas de juros já negativas.

CORTE DO FED EM ANDAMENTO, PARE A BÓIA

É neste quadro que, após a reunião do BCE, os restantes bancos centrais preparam-se para rever a política de custo do dinheiro.

O conselho do Federal Reserve deve aprovar um novo corte de juros na quarta-feira: um quarto de ponto, segundo as previsões, que será seguido por outro do mesmo valor em outubro e um terço no início de 2020, talvez não o suficiente para apaziguar a raiva de Donald Trump.

Os chefes do banco central suíço, do Banco da Inglaterra e os da Noruega, Brasil, Gana e África do Sul também se reunirão durante a semana.

Há muitos compromissos europeus. Hoje Boris Johnson terá uma discussão com Jean-Claude Juncker em Luxemburgo, enquanto os trabalhistas e a oposição liberal-democrata vão ao congresso.

LIBRA (FACEBOOK) E MAÇÃ NA BARREIRA

Hoje, os grandes nomes da nova economia e as autoridades travam dois confrontos delicados. Libra, a moeda virtual do Facebook, passará hoje pelo escrutínio das autoridades monetárias internacionais. A Apple, por outro lado, enfrentará o tribunal da UE para pedir a anulação da multa de 14 bilhões imposta pelas autoridades antitruste.

ATLANTIA NO VISOR DA PIAZZA AFFARI

Na Itália, hoje, a formação do novo executivo se completa com o juramento dos subsecretários.

Na pauta, destaca-se o dossiê da Alitalia, que já passou para as mãos dos novos ministros Stefano Patuanelli (Desenvolvimento Econômico) e Paola De Micheli (Infraestrutura e Transportes). Aguarda-se novo adiamento para 15 de outubro para a apresentação da oferta vinculativa e do plano de negócios. Mas nesse ínterim, após a intervenção do judiciário, o caso explodiu Atlantia, agora engajada em um conselho de administração que promete ser mais do que dramático.

Na frente macro, a preparação da manobra ocupa o centro do palco.

O ministro da Economia, Roberto Gualtieri, participando do Ecofin em Helsinque, afirmou que "uma manobra restritiva seria contraproducente", instando à implementação de uma política orçamentária expansiva a nível continental. Mas as margens, a julgar pela resposta dos parceiros da UE, parecem muito pequenas.

Gualtieri também definiu como "irrealista" o plano de venda das participações estatais por 18 mil milhões, estudado pelo anterior executivo.

DIVIDENDO ADIANTADO PARA STM, TRÊS BRUXAS EM WALL STREET

Em pauta na Piazza Affari a distribuição do dividendo trimestral da Stm (0,06 euros).

Pela manhã, será anunciada a atualização do valor da inflação e a atualização do valor da dívida pública.

Em Wall Street, enquanto se aguarda o vencimento das "três bruxas" na sexta-feira, a nomeação mais aguardada diz respeito às contas da Netflix, às voltas com a crescente concorrência da Apple e da Walt Disney, cujo CEO, Bob Iger, renunciou ao conselho de streaming empresa agora um grande concorrente em streaming.

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