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Pensões, abolindo Fornero como quer a centro-direita? Precisamos de 350 bilhões

O pedido do líder da Liga Norte, Matteo Salvini, foi aprovado na cúpula do Arcore. Mas ninguém diz quanto custaria a medida proposta: aqui estão as contas da Contabilidade, estão em jogo cifras exorbitantes

Pensões, abolindo Fornero como quer a centro-direita? Precisamos de 350 bilhões

Abolir a lei Fornero que reformava as pensões: este parece ser o trunfo com que a centro-direita pretende obter o consentimento dos eleitores. E se o M5S propõe uma saída gradual de Fornero ao longo de cinco anos, o líder da Liga Matteo Salvini quer tudo imediatamente: longe de Fornero em cinco meses. A proposta foi aceita na cúpula da Arcore no domingo, Salvini se alegrou com um tweet, mas não disse onde estariam as capas para uma limpeza que custaria ao Estado de 140 a 350 bilhões de euros até 2060.

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Os cálculos, no entanto, foram feitos pela Contadoria do Estado. E de acordo com o Escritório de Contabilidade o cancelamento da lei Fornero tem um custo estimado em cerca de 140 bilhões de euros. Mas este valor aumenta se considerarmos a poupança acumulada (e que se perderia) até 2060: neste caso cancelar a lei de Fornero significa abrir mão de 350 bilhões de euros. Não só isso: a maior parte do buraco seria realizada no médio prazo, ou seja, na década 2020-30: nesse período, o cancelamento do Fornero absorveria cerca de 17 bilhões de euros por ano, ou o equivalente a 1 ponto do PIB com máxima de 1,4 pontos em 2020, ou 23,8 bilhões em dois anos. Que cortes ou impostos mais altos cobririam esse custo? O programa de centro-direita não especifica isso.

De qualquer forma, uma consideração deve ser adicionada a tudo isso: a saber, que em abril-maio ​​a Itália terá que enfrentar a verificação das contas públicas pela comissão da UE e que, de qualquer maneira, a manobra de 2019 está pesando 10 bilhões em cortes necessários para cancelar o aumento do IVA que foi adiado em 2018 mas que reaparece regularmente como cláusula de salvaguarda solicitada por Bruxelas.

Números exagerados? Alarmismo mal colocado? Não parece. Vale lembrar os relatos feitos por O presidente do INPS, Tito Boeri, em audiência na Câmara antes da aprovação da Lei Orçamentária. Naquela ocasião, Boeri havia estimado em aprox. 10 bilhões de euros até 2019 o custo de introduzir uma modificação muito mais branda no Fornero, ou seja, a introdução do chamado 100 share: um mecanismo que propunha a aposentadoria do trabalho assim que a soma de idade e anos de carreira atingisse o nível de 100. Por exemplo, ao se aposentar uma vez o 62 anos desde que eu tenha sido alcançado 38 anos de contribuições.

O governo, como sabemos, julgou a hipótese muito onerosa e teve de se contentar com bem menos. Mas ainda tentou intervir bloqueando o gatilho acima de 67 para quem exerce atividades extenuantes (perfazendo assim 15 categorias de trabalhadores envolvidos) e ampliando o Ape social para 4 novas categorias de trabalhadores. (Leia aqui todas as novidades da manobra de 2018)

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