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Pagamentos eletrônicos, boom no Brasil: o Pix superou o cartão de crédito

No país sul-americano, depois de quatro anos de governo de direita, é o uso de dinheiro que é fortemente desencorajado: o pagamento eletrônico instantâneo foi introduzido em 2020, com custo de comissão zero. E rapidamente se tornou um fenômeno de massa.

Pagamentos eletrônicos, boom no Brasil: o Pix superou o cartão de crédito

País que você vai, certo que você encontra. Se na Itália o governo Meloni - com o manobra orçamentária 2023 – pense em desencorajar o uso de pagamentos eletrônicos (embora com meia reversão do primeiro-ministro), os governos de direita não se caracterizam por esse tipo de escolha em todos os lugares. Um exemplo disso é o Brasil, um dos países do mundo onde menos se gasta dinheiro em espécie e ainda governado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pagamentos eletrônicos: boom no Brasil. o que é pix

Ainda na presidência do soberano amigo de Matteo Salvini, aliás, o Brasil foi um dos países a introduzir o chamado Pix, ou seja, pagamento eletrônico instantâneo, sem comissões e sem limite de gastos, nem mínimo nem máximo. Literalmente, o Pix também pode ser usado para pagamentos de 1 centavo de real (o equivalente a 20 milésimos de euro): tudo menos um limite de 30 ou 60 euros. No mundo, onde de qualquer forma ainda não existe um sistema internacional único, então essa novidade depende de país para país, já usam Pix ou similar EUA, Reino Unido, Japão, e um punhado de países europeus, como República Checa, Bulgária, Islândia. L 'Itália em vez disso, parece querer ir na direção oposta. 

Pix: pagamentos instantâneos sem custo

Já o Pix é uma ferramenta ágil: para transferir dinheiro instantaneamente sem custo basta comunicar o número de telemóvel associado à conta, ou o email, ou o código fiscal (ou NIF). Justamente por isso já é o meio de pagamento preferido dos mais novos e das grandes cidades, mas não só: lançado em 2020, em pleno Governo Bolsonaro (embora a reforma tenha sido preparada por seu antecessor Michel Temer, chefe de um governo interino de transição), em apenas dois anos o Pix superou Cartões de débito e crédito, que também são bastante difundidos mesmo para valores baixos, estabelecendo-se como o método de longe o mais utilizado em termos de número de transações, e em constante crescimento.

Pagamentos eletrônicos no Brasil estão crescendo rapidamente

Em outubro de 2022, segundo dados do Banco Central do Brasil, as transações mensais ultrapassaram 2,5 bilhões, enquanto em todo o segundo trimestre deste ano as transações ficaram próximas a 5,5 bilhões, contra quase 4 bilhões para cartões de crédito e 3,7 bilhões para cartões de débito. Utilizado sobretudo para gastos de pequenos valores, o Pix não está ao contrário em primeiro lugar em termos de valor total de transações, mas em outubro já subiu para o segundo lugar, ultrapassando os mil bilhões de reais repassados ​​(cerca de 200 bilhões euros), atrás apenas do Ted, que é o protótipo do Pix, só que prevê um limite máximo (4.999 reais, cerca de 1.000 euros), não é instantâneo (leva horas ou dias para concluir a operação) e impõe custos de comissão (do equivalente a 1 euros até 4 euros). 

Brasil: difícil usar dinheiro

Utilizado sobretudo para pequenas operações diárias, o Pix é, portanto, um ferramenta rastreável que permite não só evitar a evasão fiscal, mas também trazer à tona uma parte da economia "fisiologicamente" subterrânea, como por exemplo o comércio itinerante: no Brasil também na economia por assim dizer informal é muito dificil usar dinheiro, por razões culturais e provavelmente em muitos casos para a segurança dos próprios comerciantes. Isso significa que, enquanto na Itália os comerciantes podem recusar o Pos, no Brasil (sob um governo da mesma cor política) é o uso de dinheiro que é fortemente desencorajado.

Hoje no Brasil até o Bancomat parece ultrapassado: uma em cada três operações, novamente segundo i dados oficiais do Banco central do Brasil, ocorre por meio do Pix, sendo 75% igualmente distribuídos em transações p2p ou b2b, portanto tanto em transferências entre pessoas físicas quanto jurídicas. São 132 milhões de brasileiros que já usaram o sistema Pix pelo menos uma vez, seja para pagar ou para receber dinheiro, e 70% deles têm menos de 40 anos. É nessa direção que o mundo está indo.

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